Capítulo 50

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- Eu quero meu bebê – reclamei com a médica mais uma vez

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- Eu quero meu bebê – reclamei com a médica mais uma vez.

Parecia um disco arranhado de tanto que repetia essa mesma frase, minha mãe estava sentada ao meu lado e acariciava meu ombro com a inútil tentativa de me acalmar. Qual a dificuldade das pessoas entenderem que eu precisava do meu bebê? James precisava da mãe, e eu precisava de James. Ainda não tinham me deixado sair desse quarto para vê-lo e já fazia uma semana desde que acordei. Steve estava me tratando com toda a paciência do mundo apesar do meu mau humor que me fazia parecer uma criança birrenta às vezes.

- E eu já te disse que em quanto vocês dois não estiverem fortes o bastante não posso transportá-los – a doutora Alisson responde com aquela calma inabalável – Natasha, eu sei que acha que James precisa de você agora, mas não se compara com o quanto ele vai precisar depois que saírem daqui. Ele precisa da mãe completamente saudável e recuperada para cuidar dele, que ainda é tão pequeno e frágil. Portanto, trate de se comportar e obedeça a fisioterapeuta nos pequenos exercícios que ela vem passando.

Odiava ser contrariada, odiava mais ainda admitir que estivesse errada... Mas porque eles não conseguiam entender que era difícil para mim também? James já tinha praticamente duas semanas de vida e eu ainda não o tinha visto pessoalmente uma única vez, não tinha segurado sua mãozinha para que ele sentisse que eu estava li com ele. Tudo o que eu havia conseguido foram chamadas de vídeo que Steve fazia para que eu pudesse conversar com nosso bebê, mas não era a mesma coisa. Ele parecia maior a cada dia, eu sei que isso era impossível, entretanto parecia mesmo que eu estava o vendo crescer através de uma estúpida tela de celular.

Sinto as lágrimas queimarem meus olhos após a saída da médica e jogo a droga do travesseiro que estava em minhas costas em direção a porta, com meu braço bom. Felizmente eu joguei o travesseiro e não algo mais pesado porque Steve atravessou a porta naquele exato momento para trocar o lugar de acompanhante com minha mãe.

- Eu vou supor que este não seja um bom momento para visitas – ele diz enquanto se aproxima da cama e eu reviro os olhos. Não queria chorar, e por isso simplesmente fecho a cara e foco em não permitir que as lágrimas caíssem.

- Eu vou avisar ao pessoal para voltarem mais tarde – minha mãe deixa um beijo em minha testa e abraça rapidamente meu namorado, ou melhor, meu noivo – Tente se acalmar criança.

- Eu não sou mais uma criança há muito tempo mãe – percebo o sorriso debochado, tão ironicamente parecido com o meu, surgir nos lábios dela.

- Então porque está agindo como uma? – é o que ela diz antes de se retirar.

- Ouch – Steve murmura enquanto ajeita o travesseiro em minhas costas novamente.

- Calado – replico e ele tenta, em vão, impedir um sorriso de surgir em seu rosto – Eu vou te bater Rogers.

- Que bom! Isso significa que a fisioterapia está fazendo efeito – porque tão perfeito meu Deus? A culpa me atinge, ele não tinha nada haver com meus problemas e eu tinha que parar de descontar nas pessoas erradas.

1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora