1. A Destiny Child - Romanogers

Capítulo 02

- Já que eu fiz duas horas do seu trabalho, você bem que podia finalizar isso sem mim. Não acha? – ela me pergunta dando um sorriso com o canto da boca levantando uma de suas sobrancelhas

- E assim ficamos quites? – sento na lateral de sua mesa baixando minha cabeça para encará-la, ela continuava em sua cadeira me encarando de forma divertida

- Com certeza não – observo a mesma levantar aproximando seu corpo do meu, por um instante o pensamento louco de que ela iria me beijar passa por minha mente – Nunca ficamos quites, você sempre apronta alguma, agora se me dá licença preciso do meu celular.

Desgraçada, Natasha não era estúpida sabia do poder que tinha, usava e abusava dele, aquele momento era um exemplo disso, ela estava bem próxima, mas em vez de juntar seu corpo ao meu, estica o braço e pega o aparelho que estava atrás de mim, se afastando com uma risada.

- No dia que eu fizer o que estava passando por essa sua mente suja Rogers é porque não estou em meu juízo perfeito – okay, aquilo doeu – E então? Vai me cobrir no resto do turno?

- E por acaso eu sei dizer não para esse seu sorriso lindo Romanoff? – a forma como ela cora me faz comemorar internamente, ponto para mim – Divirta-se com sua afilhada. Até amanhã, dessa vez no horário certo.

- Tenho minhas dúvidas sobre você sendo pontual, mas dizem que milagres costumam acontecer – reviro os olhos com seu comentário ridículo – Até amanhã Rogers, tente não estragar tudo em que trabalhamos depois que eu for embora.

Era engraçada a forma como a sala perdia um pouco do brilho sem a presença dela, o perfume inconfundível ainda preenchia o ambiente, volto minha atenção para o trabalho sendo despertado de meu transe horas mais tarde com as batidas na porta.

- Está ocupado? – a cabeleira negra invade a sala, pela cara dela sabia que havia vindo me pedir algo

- Não exatamente, já estou terminando aqui – Valkyrie, sim minha amiga tinha um nome estranho, agora girava na cadeira em frente a mesa que me pertencia aquilo estava me dando nos nervos – Posso ajudar em alguma coisa?

- Achei que não iria perguntar – sabia que ela não tinha ido ali somente para ver como eu estava – Então, onde está a Romanoff?

- Saiu mais cedo – continuava a guardar minhas coisas, enquanto ela continuava a girar na cadeira – Quer parar com isso? Anda, fala o que você quer.

- Que grosseria, por isso que a Natasha não gosta de você – nego com a cabeça, um fato curioso sobre meus amigos, eles adoravam usar a ruiva como forma de me irritar

- Eu também não gosto dela – o riso de deboche vindo dela foi o estopim – Okay, chega para mim, estou indo embora, tchau para você.

- Só estava brincando, tinha esquecido que vocês continuam nesse jogo de negarem que na verdade todo esse ódio é tesão reprimido – olho para ela com fúria – Parei, então hoje eu e Carol estamos completando ano de namoro...

- Sério? Ela conseguiu te aguentar por mais de um ano? Estou chocado – saio da sala com Valk ainda em meu encalço

- Ah cala a boca, mas tinha prometido ficar com a Cassie hoje, não sabia que Carol iria conseguir chegar da viagem a tempo

- E agora você quer que eu cuide da pestinha para poder transar em paz? – meu olhar incrédulo cai sobre a mesma – Seu jeito de me pedir um favor é me irritando? Que interessante...

- Pode cuidar dela ou não? Anda logo Rogers, não tenho o dia todo – solto um suspiro antes de respondê-la

- Que horas eu preciso pegá-la? – Valk da pulinhos de empolgação

- Por isso que você é o meu favorito dos meninos – a falsidade, certeza que ela fala isso para todos nós – Tem que ir busca-la na casa da mãe, Hope já avisou que você está indo, a cadeirinha para o carro está na recepção.

- Falou com ela antes de eu te dar uma resposta? – fui tapeado

- Sabia que não ia me deixar na mão – ela joga um beijinho para mim antes de sair correndo de volta para sua sala, não acredito que fui enganado com toda aquela cena, pelo menos Cassie não dava trabalho, era mais fácil cuidar dela do que do Scott, tenho plena certeza que Hope concorda comigo, inclusive é uma dúvida que tenho que tirar com ela depois.

Finalmente o elevador chega, vou para o meu carro indo direto para a casa da mãe da princesinha, Scott era o único do nosso grupo que tinha filhos, ele e a ex-namorada ficaram juntos por apenas o tempo necessário para que Cassie nascesse, isso foi a sete anos atrás, apesar de tudo eles até que se davam bem, Scott e Hope se conheceram dois anos depois e estão casados a três, o casal mais improvável possível. Buzino levemente para avisar que havia chegado, a pequena Lang logo corre para fora da casa com seu ursinho inseparável, sua mãe vem logo atrás carregando a pequena mochila.

- Tio Steve – ela pula em meus braços com um adorável sorriso banguela – Eu tenho um monte de ideias sobre o que podemos fazer hoje.

- Mal posso esperar para ouvir, Dodger está com saudades de você sabia? – aperto ela em um abraço antes de colocá-la no chão - Ei Rae, como está?

- Tudo bem, Cas se comporte okay? – ela da um beijo na filha e se despede depois que a ajeito na cadeirinha – Se precisar de alguma coisa me ligue okay? Ou então para a Hope, em último caso, se estiver muito desesperado, você pode tentar o Scott.

- Okay, mas pode ficar tranquila, afinal não é como se fosse a primeira vez que tomo conta dela – rimos e entro no carro ouvindo tudo sobre o dia de Cassie, como sua melhor amiga era incrível, fora todos os planos que ela tinha para nós – Por que não começamos com o sorvete? Depois podemos ir ao cinema, o que acha?

- Acho que você é o melhor tio de todos, mas não conta para o tio Sam, tio Bucky e o tio Thor – ela contava nos dedos a medida que falava a lista dos "tios"

- Sou melhor que a tia Carol? – olho esperançoso para a mesma pelo retrovisor quando paro na sorveteria

- Aí você está forçando a barra – o modo como ela fala era exatamente igual a Hope, até a mão na cintura, o que me faz rir

- Vamos lá baixinha

Entramos na sorveteria estávamos na fila para escolhermos nossos sorvetes quando Cassie da um grito, assustando a mim e uma senhora que estava próxima

- Morguie – ela corre em direção as mesas e abraça uma garotinha um pouco mais baixa, ainda estava processando a cena quando gelo ao ver a ruiva que também observava as meninas com um pequeno sorriso, tento inutilmente chamar Cassie de forma discreta para que não fosse percebido quando escuto ela falar ainda mais alto se fosse possível – Eu vim com meu tio Steve, olha ele ali.

Minhas bochechas queimam, não tenho alternativa sem ser me aproximar de onde elas estão. O sorriso pertencente à Natasha que antes era fofo agora era de deboche, quase malicioso, me sentia como um cordeiro indo direto para a toca do leão.

- Mas será possível que nem aqui você me deixa em paz Rogers – não consigo evitar e acabo retribuindo o sorriso, aquilo ia ser interessante.