Capítulo 44

1K 112 68
                                    

Haviam se passado duas semanas desde que Natasha assinou definitivamente a escritura e a casa passou a ser nossa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Haviam se passado duas semanas desde que Natasha assinou definitivamente a escritura e a casa passou a ser nossa. Finalmente a reforma estava terminada e os móveis foram entregues, faltava agora montar algumas coisas e levar as caixas com nossas coisas, coisa que faríamos hoje. Com um time enorme composto por inicialmente dezesseis pessoas, sem contar as crianças, que incluía nossos amigos e pais, provavelmente terminaríamos tudo muito rápido.

Entretanto, algumas apresentações foram feitas e o número aumentou. Clint finalmente nos mostrou à namorada, Laura, que parecia ser uma pessoa incrível. Aparentemente os dois estudaram juntos e voltaram a se reencontrar recentemente, uma coisa levou a outra e agora os dois estavam em um relacionamento há meses. Os pais de Natasha estavam em êxtase após descobriram que não ganhariam mais um neto e sim dois, já que Pepper aproveitou que todos estavam reunidos para contar a novidade.

Tudo parecia perfeito. A casa estava linda, todo mundo estava feliz e parecia estar seguindo com sua vida. Loki recebeu uma proposta de emprego, segundo ele irrecusável, em Londres e o mesmo parecia estar muito feliz com a ideia de voltar em morar em seu país de origem. Carol e Valk finalmente se acertaram de novo, Hill e Bucky pararam de enrolar e começaram a namorar definitivamente, apesar de ela reclamar sempre que o mesmo fazia algum gesto fofo. Thor simplesmente resolveu que precisava de férias e assim que James nascesse iria fazer uma viagem pelo mundo. Sam, por incrível que pareça, estava namorando e por isso ainda não havia chegado, iria trazer a mulher misteriosa, que ainda tínhamos dúvida se realmente existia, para nos apresentar, pois supostamente a mesma não morava por aqui e ele tinha que ir busca-la no aeroporto.

Eu e Natasha... Bem, eu e Natasha estávamos mais que bem. Eu a amava com cada célula do meu corpo, com todo meu coração e toda minha alma. Aquela mulher era incrível e sim, nós ainda brigávamos de vez em quando, velhos hábitos são difíceis de perder, mas havíamos arranjado um jeito muito melhor de encerrar as discursões, sexo de reconciliação era melhor do que eu imaginava. James estava se desenvolvendo muito bem e faltava pouco tempo para finalmente tê-lo em nossos braços.

- Onde quer que eu ponha essa? - pergunto a Natasha enquanto mostrava a caixa em meus braços.

- No quarto de James – ela diz e começa a andar atrás de mim, ambos indo para o quarto que seria do nosso bebê – São as roupas dele, e ainda falta outra caixa com os brinquedos e coisas de pelúcia que ganhou. Essa criança vai ser muito mimada se eu não tomar cuidado.

- Como assim você e não nós? – levanto a sobrancelha e observo-a revirar os olhos.

- Você acha que eu não te conheço por acaso? Eu sei muito bem que você é o primeiro da fila para mimar essa criança Steve Rogers – ela me olha da forma mais ameaçadora possível antes de continuar – E ai de vocês dois se algum dia pelo menos pensar em armar um complô contra mim ou coisa parecida.

Antes que eu possa responder alguma coisa escutamos a voz de Sam lá embaixo e um silêncio estranho pouco tempo depois. Nós trocamos um olhar preocupado antes de nos movermos para descer as escadas novamente. A maioria dos nossos amigos estava na parte de baixo, Morgan e Cassie corriam pelo quintal brincando com Dodger, então não fazia sentido todo aquele silêncio, a voz de Carol era a única que se fazia audível.

- O que diabos você está fazendo aqui? – ela perguntava a alguém.

Eu achei que mais nada podia me surpreender, depois de tudo o que tinha acontecido em menos de um ano não faltava mais nada. Entretanto, era óbvio que eu estava enganado. Sharon Carter estava parada bem no meio da minha sala de estar. Minha antiga cunhada parecia surpresa ao encontrar minha prima ali, e meu melhor amigo, e meu pai, mas a cara que ela fez a me ver com certeza não era muito diferente da minha.

- Steve – a mesma sussurra, constrangimento misturado com surpresa.

- O que está fazendo aqui? – eu não conseguia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo, e era ainda mais doloroso o fato de ela ter os mesmos olhos da irmã.

- Então vocês já se conhecem? – Sam tenta quebrar a tensão, eu também podia sentir o peso do olhar de Natasha em mim - Não é surpresa para ninguém?

- Acredite em mim quando digo que não podia haver surpresa maior – Bucky resmunga, fora ele, Carol e meu pai, ninguém mais ali conhecia Sharon.

- Então... Como vocês se conhecem? – Laura pergunta, acho que o restante tentava raciocinar e processar o que estava acontecendo, eu só conseguia relembrar meus últimos e infernais meses em Portland há oito anos.

- Steve era... Ele era noivo da minha irmã – Sharon responde e suas bochechas recebem um leve tom rosado – Mas isso foi há muito tempo atrás. Eu não sabia que estaria aqui ou que era amigo do Samuel, eu sei que quis perder o contato com todos nós depois do que aconteceu e...

A voz dela morre e minha cabeça começa a girar. Eu precisava sentar, e precisava sair dali urgentemente e é isso o que faço. Pego a chave do carro que estava no centro da mesa e saio rapidamente pela porta ignorando todos os chamados. Eu paro na porta do carro tentando me acalmar, mas não conseguia. Uma raiva se instalava dentro de mim e eu odiava aquilo. Sinto uma mão delicada em meu ombro e encontro minha namorada atrás de mim, os olhos verdes não expressavam nada além de preocupação.

- Me dê a chave – ela tenta tirar o objeto da minha mão, mas não consegue – Me dê a maldita chave Steve, não vou te deixar dirigir assim.

Apesar de relutante entrego para ela e soco o carro com raiva. Por quê? Por que o passado precisava ficar voltando para nos assombrar? Por que eu não podia simplesmente seguir em frente e ser feliz? Estava preparado para ouvir um sermão que eu não deveria fugir assim, ou Natasha me convencendo a voltar para dentro, ou qualquer outra coisa menos o que realmente ouvi.

- Entre no carro, eu dirijo – olho para ela confuso e um sorriso mínimo despontando em meus lábios – Vamos tirar você daqui.

- Eu amo você – murmuro quando a mesma me abraça, sentia que podia começar a chorar a qualquer momento. Aquilo doía demais, não deveria doer tanto assim depois de terem se passado anos.

- Eu sei, eu amo você também – a ruiva diz e me dá um rápido selinho – Agora, anda logo Rogers! Vamos fugir daqui. 

 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora