Capítulo 33

1.1K 118 56
                                    

Meus amigos vão reversando com os de Natasha para entrarem no quarto e verem como ela está e os que sobram na sala de espera fica tentando me dar apoio dizendo que vai ficar tudo bem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Meus amigos vão reversando com os de Natasha para entrarem no quarto e verem como ela está e os que sobram na sala de espera fica tentando me dar apoio dizendo que vai ficar tudo bem. Wanda falou que provavelmente amanhã ela receberia alta se a pressão arterial dela mantivesse-se estável. Meus amigos e os dela estavam ali por nós dois, ou melhor, nós três, era bom saber que podíamos contar com ajuda.

Em determinado momento os pais de Natasha aparecem desesperados na sala de espera e tenho certeza que todos os presentes perceberam o clima tenso que ficou quando expliquei quem eles eram. Pepper me poupa do trabalho de ter que falar sobre o que aconteceu e diz que vai avisar ao marido que os dois estão aqui. Tento a todo custo não olhar para Howard Stark e quando parece que o mesmo ia puxar algum assunto lembro que eu tinha que avisar ao meu pai o que estava acontecendo e o porquê de não ter aparecido por lá ainda. Usando isso de desculpa vou até o lado de fora do hospital, precisava respirar antes de voltar para ficar no quarto com Nat e os pais dela.

- Ei pai – falo depois que percebo que ele atendeu ao telefone – Se importa de ficar com o Dodger mais uns dias? Preciso resolver uns problemas por agora.

- Você está bem? – percebo a preocupação no tom de voz dele. Todos ali já haviam me feito a mesma pergunta e eu respondi a mesma coisa "estou bem", mas ouvir aquela pergunta vinda do meu pai me fez desabar e sem que eu perceba estou chorando – Steve, o que aconteceu?

- Ela está grávida – faço uma pausa para ver se consigo me estabilizar novamente – Natasha. Lembra-se dela? Nós vamos ter um filho e ela aceitou ser minha namorada noite passada. Eu vou ter um filho, pai. Ela está com quase cinco meses e nós ainda não sabemos o sexo do bebê, provavelmente vamos descobrir hoje à tarde, mas...

- Isso é incrível filho – não preciso vê-lo para saber que o mesmo está sorrindo – Mas não é por isso que está chorando, vou repetir minha pergunta agora: Steve, o que aconteceu?

- Ela passou muito mal noite passada, tive que trazê-la para o hospital e parece que foi uma eternidade até receber a notícia de que os dois estavam bem, ela e o bebê – passo a mão no rosto no intuito de limpar os resquícios das minhas lágrimas – Eu estou tão assustado, pai. Não sei o que fazer na maior parte do tempo e morro de medo só em pensar como vai ser quando o bebê chegar. Eu quero ser um bom pai, como você foi para mim, realmente quero ser um bom pai, mas estou completamente apavorado. Só que, não posso ficar assim, porque Natasha precisa de mim, então não posso surtar. Eu amo ela, amo muito os dois e só preciso que eles fiquem bem. Não sei o que vou fazer se os dois não ficarem bem.

- É por coisas assim que eu tenho certeza do pai excelente que você irá se tornar – sorrio com a fala dele – Está tudo bem ficar com medo e não saber o que fazer. Quando você nasceu eu não tinha a menor ideia do que fazer em 98% do tempo. Tenho orgulho do homem que você se tornou e tenho certeza que minha nora e meu futuro neto também - dou uma risada nasalada ao ouvir a parte da nora, ele já vinha chamando Nat assim desde que a levei na antiga casa da minha mãe – Em que hospital vocês estão?

- No Presbyterian, mas está tudo bem, não precisa vir até aqui – saio de perto da parede e me preparo para entrar no hospital de novo – Eu ia leva-la aí hoje, para te contarmos sobre o bebê e para ela conhecer o Dodger também.

- Tenho certeza que ele vai amar conhece-la, não é difícil gostar dela – dessa vez deixo uma risada de verdade escapar, ele não sabia a quão complicada minha namorada podia ser, mas ele tem razão... era fácil se apaixonar por ela – Eu vou até aí, para ver você e ficar ao seu lado. Vou até aí para ver como está minha nora e agradecê-la pela oportunidade que está me dando de ser avô.

- Obrigado pai, de verdade.

- Sempre que precisar filho – escuto o clique indicando que a ligação foi encerrada, respiro fundo e sigo direto para o quarto onde Nat estava.

Wanda se encontrava em frente à porta do quarto da minha namorada, os braços cruzados e a preocupação estampada em sua face. Imediatamente associei que algo tinha acontecido com Natasha ou com o bebê e apresso o passo para chegar logo lá, mas sou impedido de entrar pela enfermeira. Só então escuto os gritos vindos de dentro do ambiente que mantinha a porta fechada, uma discussão séria estava sendo travada ali e mesmo com Wanda tentando me impedir entro lá. Qual foi o tamanho da minha surpresa ao perceber que a discussão na verdade era basicamente uma reunião de família. A ruiva estava sentada na cama e gritava com o pai que basicamente a rebatia no mesmo tom, Tony e a senhora Stark tentavam apaziguar a situação, mas deixou de ser necessário, pois assim que passei pela porta o silêncio caiu sobre todo o quarto.

- Você não deveria se estressar – digo olhando para Natasha e evitando encarar Howard.

- Está tudo bem, só estávamos esclarecendo umas coisas – ela diz como se fosse a coisa mais simples do mundo e não uma guerra que o hospital inteiro estava ouvindo.

- Natasha... – o pai dela começa, mas a mesma o interrompe.

- Não! – nunca tinha visto-a tão séria daquele jeito – Você não respeita as escolhas que fiz para minha vida, escolhas importantes papai e eu sinto muito por isso, porque nunca estive tão feliz. Então enquanto não se desculpar, e precisa ser sincero, não posso permitir que se envolva nisso. Eu amo você, muito, mas amo ele também. E juro que meu coração está doendo com tudo isso, mas você não me deu outra opção depois do que fez. Ele é o pai do meu bebê, meu namorado e merece respeito.

- O horário de visitas acabou e vocês precisam sair daqui porque a pressão dela está se alterando de novo, pode fazer mal para a criança – Wanda fala de forma tímida antes que mais alguém possa falar alguma coisa, após um suspiro derrotado Howard é o primeiro a sair, acompanhado da mulher e do filho.

Assim que eles saem Natasha deita na cama de novo sem dizer mais nada, simplesmente fica encarando o teto sento na beirada da mesma cama e seguro a mão dela bem apertado. Não sabia o que tinha acontecido, mas tinha uma ideia e aquilo com certeza não estava sendo fácil para ela. Faço um carinho rápido no rosto dela e com isso os belíssimos olhos verdes recaem sobre mim, ambos damos um sorriso fraco.

- Você não deveria brigar com ele só por minha causa – escuto a mesma bufar enquanto revira os olhos – Ele ama você, só está preocupado.

- Eu o amo também, mas... – observo-a morder o lábio como se pensasse nas palavras certas – Meus pais foram as únicas pessoas que sempre tiveram o poder de interferir na minha vida, mas isso não vai acontecer agora. Howard não vai se meter entre nós três, somos um time certo? – a mão dela descansava sobre a própria barriga e junto a minha lá também.

- Somos um time – deixo um beijo na testa dela para tranquiliza-la – Sabe, eu gosto muito da ideia de "nós três". 

 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora