Capítulo 06

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Era por perguntas invasivas como aquela que eu nunca dormia com ninguém no meu apartamento, pelo menos não no meu quarto

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Era por perguntas invasivas como aquela que eu nunca dormia com ninguém no meu apartamento, pelo menos não no meu quarto... Desculpe Wanda... De qualquer forma, depois que o expulsei não resisti a tentação de pegar a primeira coisa que vi e atirá-la contra o espelho, o que resultou em diversos cacos de vidros espalhados no chão. Encaro a imagem distorcida no que restou do espelho vejo raiva em meus olhos e as lágrimas prontas para cair.

Visto um roupão e vou em direção a bagunça que fiz, pisando sobre alguns dos cacos sem me importar com o sangue que começava a escorrer ou com a dor da minha pele sendo perfurada. Batidas na porta me assustam, não acredito que aquele idiota voltou, grito para que o mesmo vá embora, mas as duas vozes que me respondem são femininas, aparentemente minhas amigas estavam de volta.

- Era o Rogers saindo do prédio com uma criança nos braços? – é a primeira pergunta que Wanda faz quando abro a porta minimamente – Por que o carro dele está na minha vaga? E... Meu Deus o que aconteceu com você?!

Olho para baixo e percebo filetes de sangue a mostra em meus pés, Hill me empurra para o lado e entra em meu quarto vendo a bagunça, o espelho quebrado e os estilhaços espalhados, as manchas de sangue por onde eu havia passado. Um silêncio profundo cai sobre o ambiente, ninguém sabia o que dizer, elas queriam uma explicação e eu não queria dá-la.

- Wanda, pode pegar o kit de primeiros socorros, por favor, acho que você vai precisar dar uma olhada nos pés dela – Maria fala sem desviar o olhar de mim em momento algum, observo Wanda saí de maneira apressada, era bem útil ter uma amiga enfermeira, para falar a verdade – Me deixa adivinhar, você dormiu com ele, esqueceu-se de esconder as sapatilhas o que gerou perguntas e um espelho quebrado.

Era impressionante como para Maria Hill eu não passava de um livro aberto, as únicas pessoas que conheciam todos os detalhes da minha vida, incluindo meu passado conturbado, era ela e Tony Stark. As outras pessoas do nosso círculo mais íntimo de amizade sabiam que eu havia passado por alguns problemas e complicações, inclusive por esses motivos foi que a família Stark me acolheu quando tinha treze anos, entretanto nenhum deles sabia mais nada além desses pontos gerais.

Quando tinha surtos de raiva, sempre descontava no espelho, ou dançava até não sentir meus próprios dedos, quando isso acontecia Hill me acalmava, e se ela não estivesse aqui, Wanda ligava para o Tony. Os dois conseguiam controlar meus impulsos e manias, conheciam cada parte de mim, desde a mais obscura até a garotinha assustada sem saber o que fazer.

Tenho plena consciência que já deveria ter contado a Wanda sobre isso, afinal nós morávamos juntas há um tempo considerável, mas não conseguia. A psicóloga disse que eu tenho dificuldade de me abrir e confiar nas pessoas, o que era um pouco óbvio, e por isso uso essa máscara de... Como eram mesmo meus apelidos na empresa?... Ah sim, demônio ruivo, megera, satã, rainha do país passivo-agressivo... Não que eu me importe de verdade com o que as pessoas falam de mim.

Um sorriso debochado surge na minha face ao lembrar-me da cara de assustado do Steve hoje de manhã, acho que ele pensou que realmente morreria e se serve de consolo para o mesmo eu também pensei que iria mata-lo. Incrível como os homens não conseguem entender que quando uma mulher transa com eles, não necessariamente significa que ela vá querer falar sobre seus sentimentos no dia seguinte, ou que você pode sair investigando o quarto dela querendo conhece-la melhor sem ter a permissão da mesma.

- Eu transei com Steve Rogers – sussurro encarando a parede, enquanto Wanda limpava meus ferimentos, dessa forma atraio a atenção das duas para mim – Durante a noite toda, e eu tomei a iniciativa... Eu transei com Steve Rogers e foi muito bom, e aparentemente vocês estavam certos sobre o tesão reprimido, mas não levem a sério nada do que eu falar aqui, pode ser que eu ainda esteja sobre efeito da tequila.

- Bom para você – Wands começa devagar ainda embasbacada com a confissão – Bem, meu plantão foi regado de pessoas vomitando em mim, um paciente quase morreu porque um interno estúpido não sabia fazer uma intubação direito e tive que aguentar alguns cirurgiões arrogantes. E você Hill como foi seu encontro?

- Você tinha um encontro? – olho para ela chocada – Um de verdade? Não só encontrou com alguém no bar e depois bum apareceu em uma cama estranha?

- Não quero falar sobre isso – a mesma deita na minha cama bufando de raiva – Por motivos como o dessa noite que eu não tenho encontros.

Uma troca de olhares rápida acontece entre mim e Wanda, e sabia que havíamos pensado a mesma coisa "coitado de quem foi o parceiro dela essa noite", deixamos isso de lado e quando minha amiga termina os curativos vou me arrumar para o trabalho, além de acordar Morgan para prepara-la para a escola. Hill trabalhava na mesma empresa e por isso sempre íamos juntas, ela desceu do carro e eu não consegui fazer o mesmo, enfrentar Steve Rogers e sua imensa curiosidade não faziam bem para minha saúde mental. Fiquei parada ali observando a fachada, meus pés ainda doíam e se Tony ficasse sabendo ele me daria um sermão daqueles.

"Mais uma vez Natália...Isso está horrível...Por que não está praticando Natália", os flashes vinham em minha mente causando arrepios nada bons, balanço a cabeça espantado os fantasmas do passado e sigo em direção ao trabalho. Ia ser um longo dia...

 Ia ser um longo dia

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1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora