Capítulo 36

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- Está dormindo? – escuto a voz de Steve meio distante e me inclino para acender o abajur ao lado da cama, observando que o relógio marcava duas da manhã

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- Está dormindo? – escuto a voz de Steve meio distante e me inclino para acender o abajur ao lado da cama, observando que o relógio marcava duas da manhã.

- Tentando – reprimo um bocejo e viro para o lado dele – O que foi?

- Você sabia que James é o nome do Bucky e que pouquíssimas pessoas sabem disso? – ele comenta com um sorriso travesso e meu cérebro sonolento leva alguns minutos para processar o que o mesmo estava insinuando.

De repente o sono parecia ter se esvaído de nós dois, sento na cama e ele faz o mesmo. James era o nome de Bucky e ninguém resolveu comentar, sem falar que o nome tinha sido escrito por Maria Hill, que com certeza tinha algumas coisas para me explicar. Eu não sei em que exato momento pegamos no sono, mas conversamos, ou fofocamos, sobre isso por um bom tempo. Podia ser só uma coincidência estranha, ou minha melhor amiga realmente tinha voltado a conversar com o melhor amigo do meu namorado.

Acordo com alguns raios de sol batendo na minha cara e amaldiçoo meu eu do passado por ter esquecido as cortinas abertas. Passo a mão no lado direito da cama e me surpreendo por encontra-lo vazio. Apesar de querer dormir por mais algum tempo, paro de enrolar e levanto da cama, visto uma blusa larga e a calça moletom, que era a única que cabia em mim ultimamente. Eu precisava comprar roupas logo ou teria que começar a sair de casa usando um roupão.

Escuto vozes vindas da cozinha e por isso me dirijo até lá. Steve estava "morando" com a gente durante essas duas semanas de repouso, que felizmente estavam perto de terminar. Se dependesse do meu namorado eu não levantaria da cama por nada e isso rendeu algumas discussões, até chegarmos ao impasse de que eu pegaria leve e não me esforçaria tanto, assim como ele ia largar do meu pé e relaxar.

- Bom dia – Wanda é a primeira que me vê. Eu respondo bom dia de volta e vou sentar-me à mesa ao lado da Hill depois que troco um selinho rápido com Steve, que dessa vez estava fazendo panquecas para o café da manhã.

- Ei, quanto tempo ele vai ficar com a gente? – Maria sussurra – Porque ele cozinha melhor que qualquer uma de nós três, nunca fui trabalhar tão feliz como nessa última semana.

- Só até o repouso acabar – ela faz uma cara desapontada e eu reviro os olhos – O que você achou do nome escolhido para o bebê?

- É fofo – responde com um dar de ombros – Combina com os sobrenomes de vocês.

- Sabia que é o nome do Barnes? – por uma fração de segundos o olhar dela desvia do meu – Okay, pode ir falando, o que está acontecendo entre vocês dois?

- De jeito nenhum – reclamo dizendo que ela não pode negar o pedido de uma mulher grávida, mas não surte efeito.

- Só para constar, você não está chateada por não ser a madrinha, certo? – acho que era a terceira vez que perguntava aquilo para ela.

- Pela milésima vez Natasha, não – Maria põe a xícara com café sobre a mesa e segura uma das minhas mãos – Eu vou ser a tia mais legal que essa criança vai ter, vou cuidar dela quando você e o bonitão ali não aguentarem mais, ou simplesmente precisarem de um pouco de sexo. Mas se alguma coisa acontecer com vocês, não quero ser responsável por cuidar dela, não como mãe. Quando ele for adolescente vou leva-lo para fazer a primeira tatuagem, ensinar como ele deve tratar as garotas e até ensino a importância da camisinha se você quiser, mas mãe... de jeito nenhum.

- É um bom plano – aperto a mão dela e nós duas damos risadas.

- Posso saber o que é tão engraçado? – Steve pergunta enquanto senta de frente para mim.

- Não, mas pode continuar vindo fazer o café da manhã todos os dias. – Hill responde sem nem ao menos olhar para ele o que faz Wanda tentar segurar a risada.

- Você sabe que só faço isso por conta da Nat, não é? – ele responde e recebe um sorrisinho debochado da parte dela.

- Sabe que só gostamos de você por conta do bebê, não é? – é a resposta que ele obtém, resolvo interromper as duas crianças antes que aquilo virasse uma discussão séria.

Wanda é a primeira a levantar da mesa, em seguida Maria faz o mesmo e fico sozinha com Steve. Os três iam trabalhar e eu ficaria sozinha em casa, o que era extremamente irritante porque eu amava o meu trabalho. Até tentei convencer Pepper a deixar Morgan faltar aula para me fazer companhia, minha afilhada amou a ideia a mãe dela por outro lado não gostou tanto.

- Eu juro para você que se passar mais um dia trancada dentro desse apartamento vou enlouquecer – reclamo enquanto enrolo para tomar a única xícara de café que fui liberada para tomar – Sou uma mulher grávida, com vinte semanas completas e que precisa trabalhar Steve, não estou inválida.

- Eu sei, mas você sabe que não pisa naquela empresa até a médica te liberar. Ordens do chefe, que por sinal é seu irmão e padrinho do nosso bebê, então... – suspiro revirando os olhos, eu sei que parecia uma criança emburrada agora, mas não tinha importância – Que tal se eu tentar sair mais cedo e comprar uma caixa com seus donuts preferidos, aí você pode reclamar enquanto a gente come.

- Você não tem esse direito sabia? – faço uma careta e começo a levar a louça suja para a pia.

- Não tenho o direito de te comprar algumas rosquinhas? – a voz dele soa atrás de mim e o mesmo envolve os braços na minha cintura.

- Não idiota. Você não tem o direito de ser tão perfeito – a risada dele abafada contra meu pescoço causa arrepios que percorrem todas as minhas terminações nervosas – Você deveria ir embora, estou tentando não pensar em sexo e esses beijos no meu ombro não estão ajudando.

- Eu não vejo a hora de essa semana acabar – fico de frente para ele e o mesmo me beija de uma forma muito inapropriada para quem não poderia fazer o restante do serviço – Tchau. Devo desejar que você tenha um bom dia? – mostro a língua para Steve que ri do meu jeito emburrado, ele se abaixa até ficar da altura da minha barriga e deposita um beijo ali também antes de sair – Tchau para você também.

Era legal ter Steve ali quase o tempo inteiro. Era bom dormir e acordar ao lado dele. Era fofo vê-lo cantando e conversando com o bebê. Infelizmente, era temporário. Nós nos conhecíamos há muito tempo, mas nosso relacionamento ainda estava no inicio e eu morria de medo de que se apressássemos as coisas algo poderia sair dos trilhos.

Entretanto, eu também pensava como seria quando o bebê nascesse. Nós dois sem morarmos juntos acabaria que ele perderia algumas coisas, ficaria de fora de outras e isso não era justo, e não é algo que eu queira fazer.

- Está vendo James? – passo a mão na barriga de forma carinhosa – A vida adulta é muito complicada. 

 

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1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora