Steve e Natasha trabalham juntos há quase cinco anos, apesar das constantes brigas e afirmações de ódio entre os mesmos são uma incrível dupla nos negócios. Após um convite inesperado, eles se vêem bebendo juntos e é quando um jogo surge com ele rev...
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Quatro meses depois
A pessoa que faz com que ter filhos pareça ser fácil nunca realmente criou um bebê, não é possível. Como uma criatura tão pequena consegue chorar tão alto? E como pode ter tanto fôlego? Sem contar com o fato de que ele simplesmente resolveu que não gosta de dormir a noite e que uma hora da manhã é o horário perfeito para um lanchinho. Mas, apesar de tudo isso, eu entendia o que as pessoas diziam quando falam que ter filhos é mágico. É como se todo o cansaço e exaustão valesse a pena no momento em que vê aquela coisinha pequena em seus braços.
Felizmente, parece que James vinha começando a regular o sono e acordava sempre nas mesmas horas para comer antes de voltar a dormir, o que dava a mim e Natasha tempo para dormir um pouco. Por falar nela, a mesma tinha ficado no quarto enquanto eu levava nosso despertador para o berço, mas ao abrir novamente a porta não a encontro em lugar nenhum. Olho para o relógio no criado mudo que indicava serem três horas, com um suspiro cansado ia sair pela casa atrás da minha noiva quando percebo a luz que escapava pela porta do banheiro.
Abro a porta ao perceber que a mesma não estava totalmente fechada e sorrio com a cena: Nat sentada no chão com a cabeça apoiada na banheira, que estava quase cheia. Eu não sabia se a mesma estava dormindo ou apenas de olhos fechados, mas continuo observando mais um pouco. Era comum me perder na beleza dela e pensar no quão sortudo eu era por tê-la em minha vida, por ter James e por finalmente parecer que meu coração estava no lugar certo.
- Pare de olhar para mim assim – escuto a mesma resmungar e meu sorriso aumenta um pouco.
- Eu achei que você estivesse dormindo – desligo a torneira que ainda despejava água na banheira e sento no chão ao lado dela, que deita a cabeça em meu ombro.
- Eu estou cansada demais até mesmo para dormir – solto murmúrios de concordância – Então, eu achei que um banho de banheira às... Que horas são?
- Pouco mais de três da madrugada – completo sem conseguir controlar o sorriso.
- Certo, então e achei que um banho de banheira as três e pouco da manhã poderia nos ajudar a relaxar, mas eu não conseguia me manter em pé então sentei aqui para esperar.
- Quer dizer que eu estou incluído nesse seu plano? – brinco com ela que me da um sorriso cansado.
- Fazer o que se você invade todos os meus planos, não custa nada te incluir de uma vez e poupar o trabalho de tentar argumentar – amava o fato de que mesmo depois de um filho e um pedido de casamento, nós não perdemos nossa essência, que incluía muitas provocações, de todos os tipos possíveis – Pode me ajudar a levantar?
- Sempre – fico de pé e estendo a mão para ela que aceita de prontidão.
Observo a mesma retirar o roupão que estava usando sem desviar os olhos verdes dos meus. Um sorriso preguiçoso surge nos lábios dela ao perceber o quanto meu corpo respondia ao dela. Está aí uma coisa que eu nunca ia cansar de admirar: o corpo da minha noiva. Ela era perfeita. Algumas cicatrizes, além daquelas da época em que morava com a mãe na Rússia, estavam espalhadas por sua pele e eu fazia questão de beijar cada uma delas, como um lembrete de que ela estava ali comigo. Aquele acidente poderia ter me tirado tudo, poderia tê-la matado e levado nosso bebê também, mas felizmente tudo o que sobrou foram algumas cicatrizes para mostrar a mulher incrível, forte e batalhadora que ela era, para mostrar que a mesma tinha sobrevivido a mais aquilo.