Capítulo 19

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Três dias

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Três dias. Três dias que eu estraguei tudo com ela. Três dias que Natasha não ia trabalhar e eu estava morrendo de preocupação que algo tivesse acontecido.

Liguei para ela diversas vezes, mandei mensagens e até fui ao apartamento dela o que gerou um olho roxo já que Hill me deu um soco. Tentei de tudo para conseguir informações, só queria saber se ela estava bem, falei até com Tony e quase consegui outro machucado.

Era domingo de tarde, todos os meus amigos foram para meu apartamento e quando expliquei o que aconteceu Hope e Carol quase não terminam o sermão. Deus eu tinha uma boa razão para ter feito aquilo... Okay, não era exatamente uma boa razão, mas não estava em meu juízo perfeito naquele momento e só queria poder explicar a Natasha isso.

De repente alguém bate na porta do meu apartamento e ao olhar brevemente pela sala vejo que meus amigos faziam uma contagem como se conferindo à presença de todos ali. As batidas ecoam novamente, seja lá quem fosse estava com pressa e com raiva, Bucky levanta para ver quem era. Antes mesmo que ele pudesse falar alguma coisa Clint, o irmão de Thor e Wanda, aparecem na minha sala com caras nada boas.

- Você! – a garota grita apontando para mim – Eu não sei o que fez de errado, mas desfaça, agora.

- Eu vou acabar com ele – Clint faz menção de vir para cima de mim e levanto rápido do sofá onde estava sentado me afastando dele.

- Gente calma, calma – Carol tenta apaziguar a situação, e consegue depois de um longo tempo – Nós sabemos que ele é um idiota, estúpido e sem tato algum para lidar com as mulheres.

- De que lado você está? – murmuro – Sua traidora.

- Cala a boca Steve – ela olha para mim furiosa – Mas ele vem tentando falar com a Natasha e ela também não deixa o mesmo se explicar então...

- Honestamente? – Loki que estava calado até o momento resolve se pronunciar – Nós não ligamos para seu amigo, mas amamos a nossa. E ela está fazendo da vida de todo mundo um inferno com aquele mau humor desgraçado, satã veio para a terra e entrou no corpo daquela mulher. Toda essa carga emocional não está fazendo bem para o feto, e pedir para alguém como Natasha que se acalme e evite o estresse é a mesma coisa de pedir para o nosso presidente não fazer besteira, ou seja, impossível. Está entendendo o problema aqui? Por conta de algum erro estúpido que esse imbecil cometeu precisamos leva-la para o hospital porque ela quase perdeu...

A frase morre no ar quando ele percebe que falou mais do que deveria, não era necessário que o mesmo finalizasse-a, no entanto. Ela quase tinha perdido o bebê, e a culpa era minha. Da pessoa que deveria estar ao lado dela ajudando-a. De repente, as palavras de Pepper ecoam em minha mente "ela já passou por coisa demais e agora tem um bebê para lidar, se não quiser ajudar também não seja mais um peso em cima dela", precisava consertar essa situação e precisava ser rápido.

Pego meu casaco e saio do meu apartamento de forma apressada, eu iria fazer Natasha me escutar de um jeito ou de outro. Eu era pai daquele bebê, tinha o direito de saber o que acontecia. E se ela tivesse realmente perdido? Teria pelo menos tido a consideração de me avisar? Se eu queria resolver as coisas tinha que me acalmar, ou iriamos acabar brigando e piorando tudo.

Para não chegar de mãos vazias, e representando uma oferta de paz, compro uma caixa de donuts para ela. O porteiro libera minha subida após muita insistência, ele também me reconheceu do dia que vim com Cassie, mesmo assim fico preocupado com a segurança daquele prédio. Bato na porta rezando mentalmente para que Natasha atendesse, não estava com paciência para ter que convencer os amigos dela a deixarem a gente conversar. Por algum motivo o universo ouviu minhas preces e o olhar chocado no rosto da ruiva dura somente alguns minutos antes de transformar-se em raiva. Abro a boca para falar, mas ela bate a porta na minha cara primeiro.

- Eu trouxe rosquinhas para você – grito com a testa escorada na madeira, e me surpreendo ao ver que funcionou e ela está novamente a minha frente. Comemoro internamente, porém a alegria dura pouco já que Nat pega a caixa das minhas mãos e volta para dentro do próprio apartamento me deixando parado ali do lado de fora.

Ia ser mais difícil do que imaginei. Pensa Rogers, pensa.

- Você não quer me ver. Já entendi essa parte, mas isso não impede de me escutar – ainda sem sucesso, ia pedir desculpas, mas o que sai da minha boca é outra coisa – Você ia me dizer se tivesse perdido o bebê? Porque não importa se estava com raiva de mim ou não, ainda é meu filho, e eu tinha todo o direito de saber.

A porta se abre de repente, Natasha me empurra até que sinto a parede do outro lado do corredor em minhas costas. Ela cruza os braços enquanto me encara irritada, parecia haver certo arrependimento ali também, só não sabia de que.

- Qual deles te disse? – Nat pergunta e sua voz aparentava estar muito cansada.

- Você não respondeu minha pergunta – não sei o que era aquilo que se apoderou de mim, mas subitamente uma pequena chama de coragem me atingiu.

- E você não responde nenhuma das minhas, Rogers – ela deixa os braços caírem ao lado do corpo e grita comigo - Anda, qual dos meus amigos foi falar para você?

- Responda a droga da minha pergunta Romanoff – altero minha voz também - Se você tivesse perdido o bebê teria tido a decência de me contar ou teria descoberto por meio de outra pessoa? 

- Responda a droga da minha pergunta Romanoff – altero minha voz também - Se você tivesse perdido o bebê teria tido a decência de me contar ou teria descoberto por meio de outra pessoa? 

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1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora