Capítulo 39

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Um mês depois 

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Um mês depois 

Natasha batia os dedos contra a própria perna de forma nervosa. Seu olhar estava focado na janela do carro onde a mesma observava a paisagem que passava por nós, tão diferente da usual coberta de prédios o tempo todo. Uma risada baixa escapa de mim antes que eu possa controlar e logo aqueles belíssimos e sérios olhos verdes estavam me fuzilando.

- Não é engraçado – ela reclama e volta a olhar pela janela.

- Claro que é – pego a mão dela e deixo um beijo delicado, sem tirar os olhos da estrada – Você está nervosa porque vai conhecer um cachorro, admita que tem um pouco de graça.

- Não é qualquer cachorro, ele é como se fosse seu filho – ela fica um pouco de lado no assento para poder me encarar de verdade – Eu me sinto como uma... madrasta indo conhecer o enteado pela primeira vez.

- Madrasta é meio... – tento encontrar a palavra certa, mas nenhuma parecia ideal e pelo canto dos olhos vejo-a dar de ombros – Olha ele vai amar você, relaxe. Ele é meu e todos os Rogers são completamente apaixonados por você, então...

Pela primeira vez desde que entramos no carro ela me dá um sorriso lindo, capaz de iluminar tudo a minha volta. Uma das mãos dela agora deslizava pela enorme barriga de pouco mais de seis meses, a dra. Alisson disse que nosso menino estava muito bem e que estava orgulhosa por minha namorada está seguindo a risca cada recomendação dela. Inclusive a mesma finalmente voltou a fazer consultas regulares com uma psicóloga, o que estava ajudando-a muito apesar de ainda ser recente.

- Por falar em Rogers, esse aqui está muito agitado – era divertido sentir o bebê mexer, pelo menos para mim era.

No inicio era quase imperceptível e acontecia apenas em alguns momentos, agora dava para perceber nitidamente e sentir muito mais. Eu conversava com James todos os dias, Natasha também fazia isso quando achava que eu não estava olhando, uma vez a escutei cantando enquanto acariciava a barriga e podia jurar que era a cena mais linda que já vi, de qualquer forma, agora nosso filho sempre chutava em resposta. Eu falava muito mais com o bebê do que Nat, seguindo a lógica de que com certeza ele já nasceria completamente apaixonado por ela, então eu precisava ser pelo menos o cara que conversava com ele o tempo todo.

Estaciono o carro na frente da casa do meu pai, e logo escuto latidos vindos da parte de trás da residência. Sigo para lá com a mão entrelaçada com a de Nat e logo escuto a voz do meu pai enquanto tentava dar um banho em Dodger que aparentemente não concordava com a ideia e corria por todo lado espalhando espuma pelo quintal. Assim que me vê o mesmo corre em minha direção e rapidamente me abaixo para recebê-lo, sem me importar com suas patas enlameadas na minha blusa.

- Ei, amigão, eu estava morrendo de saudades – continuo fazendo carinho nele até que o mesmo nota a presença de Natasha ali – E eu trouxe alguém para você conhecer. Essa é a Nat, lembra que eu vivia reclamando dela? Então, as coisas mudaram um pouco e a gente gosta dela agora.

Ignoro o olhar acusatório vindo da ruiva e com um pouco de dificuldade ela se agacha perto de mim e Dodger, permitindo que o mesmo a cheirasse e conhecesse-a melhor. Eu sei que ele era um cachorro dócil, gostava de carinho, dengoso e mimado, mas mesmo assim não esperava que o mesmo simplesmente se jogasse sobre Nat como se a conhecesse há séculos. Ele a lambia e latia animado enquanto ela fazia carinho nele, a risada dela ecoava pelo quintal e era contagiante, levanto os olhos em direção a meu pai e o mesmo observava a cena com uma cara de bobo que provavelmente era igual a minha.

- Oi, Dodger! É tão bom finalmente poder te conhecer – ela falava com uma voz doce e continuou ali conversando com ele enquanto eu fui até meu pai.

Meu cachorro nem ao menos olhou para mim quando levantei. Como imaginava ele já estava completamente apaixonado por ela, rio enquanto faço um gesto de negação com a cabeça. Troco um abraço rápido com meu pai enquanto ficamos observando os outros dois completamente alheios a nossa presença.

- Eu sabia que namorar você tinha que ter alguma vantagem – Romanoff fala com um brilho brincalhão nos olhos – Ele é tão fofo e lindo, acho que estou apaixonada.

Ela continuava abraçada com Dodger e meu pai me da uma tapinha de leve nas costas enquanto ria e dizia que "eu tinha perdido minha namorada para o cachorro", acho que o cachorro em questão também havia me trocado.

- E então como estão as coisas? – meu pai pergunta assim que Nat se aproxima de nós e o cumprimenta – Como está meu neto?

- Cada dia mais saudável e inquieto – a última parte ela diz com uma careta e pega a mão do meu pai colocando-a sobre a barriga onde provavelmente James estava chutando.

Eu podia jurar que Joseph Rogers ia começar a chorar, mas preferi não comentar nada quando o mesmo subitamente mudou de assunto e nos chamou para entrar. A casa onde ele morava agora não era exatamente grande, mas o suficiente para um homem viúvo que recebia muitas visitas do filho. Eu sabia que meu pai morava sozinho e não era o fã número um de pedir ajuda, então qual foi minha surpresa ao ver uma mulher descendo as escadas que levavam para a parte superior do local, provavelmente tinha a mesma idade do meu pai, mas aparentava ser um pouco mais nova.

- Eles chegaram! – a mulher misteriosa subitamente abraça a mim e minha namorada, ambos trocamos um olhar confuso – Seu pai me falou muito sobre você.

- Bem, ele não me falou nada sobre você – deixo escapar sem desviar os olhos do meu progenitor que parecia um pouco desconcertado.

- Oi, sou a Natasha – a ruiva se apressa a quebrar o silêncio constrangedor, me repreendendo com o olhar.

- Emily – a estranha agora tinha um nome – Joseph me contou sobre você também, então... De quanto tempo está?

- Vinte e sete semanas – Nat tenta transparecer naturalidade e me avisava com o olhar para mudar a expressão séria em meu rosto, acho que não consegui obter sucesso – Sabem de uma coisa? Acho que ainda não passei tempo o suficiente com o Dodger. Vou mostrar para ele o presente que trouxe.

E assim eu descubro que meu pai não é mais tão sozinho quanto eu imaginava. 

 

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1. A Destiny Child - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora