Capítulo 30

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Steve estava todo nervoso com o jantar, sem motivo nenhum já que em algumas horas ele havia conquistado completamente meus pais

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Steve estava todo nervoso com o jantar, sem motivo nenhum já que em algumas horas ele havia conquistado completamente meus pais. Demorou um pouco mais para Howard começar a se soltar e sair daquele personagem de pai ciumento que ele criou, mas depois de observar todo o cuidado que Steve tinha comigo e com o bebê, a forma como seus olhos azuis brilhavam ao falar da gente, até o imponente senhor Stark teve que admitir que ele fosse um bom homem.

É justamente por achar que estava tudo bem que me surpreendo quando meu pai pergunta para o Rogers se eles poderiam conversar, faço menção de levantar para ir junto, mas aparentemente ele queria falar a sós com o pai do meu filho. Tento não transparecer toda a tensão que se instalou dentro de mim, com um sorriso nervoso Steve deixa um beijo na minha bochecha e vai atrás dele.

Aquilo era ridículo. O pensamento se repetia na minha mente durante todo o tempo em que os dois ficaram fora. Tentava me distrair conversando com minha mãe e até brincando com Morgan, mas não podia deixar de pensar no quão toda aquela situação era estúpida. Não é como se eu fosse uma garotinha indefesa, podia muito bem me cuidar e escolher quem era melhor para mim. Chega um ponto que não aguentei e levanto de uma vez pronta para ir atrás deles, mas não preciso porque os dois voltam para a sala onde estávamos. Meu pai sorria e dava batidinhas no ombro de Steve, ele também sorria, mas o conhecia bem o suficiente para saber que era falso. Aparentemente ninguém mais percebeu e fiquei imaginando o quão ruim foi essa tal conversa, sem querer piorar a situação apresso em me despedir de todos, Tony e Pepper pegam a deixa para irem embora também.

Silêncio. Era isso que reinava no carro. Steve olhava fixamente para frente sem me dizer nada e eu não sabia como quebrar esse clima desconfortável. "Acho melhor ficar no meu apartamento hoje, quero levantar cedo amanhã para ir tomar café com meu pai", é a única coisa que ele diz e não tenho mais certeza se ainda estou convidada para o passeio. Limito-me a um aceno de cabeça e dirijo até o apartamento dele, quando chegamos lá ele me puxa para um beijo e por algum motivo parecia uma despedida. Eu não estava aguentando aquilo, ia explodir a qualquer momento.

- Boa noite, Nat – ele diz com um sorriso fraco e sai do carro. Leva um tempo para meu cérebro processar o que está acontecendo. Tempo o suficiente para Steve pegar o elevador e eu ficar parada no saguão do prédio dele tentando decidir o que fazer.

Quando dou por mim estou apertando a campainha da porta dele, aparentemente ele acabou de fechar a porta porque nem o blazer tirou ainda. Passamos um tempo apenas nos encarando, alguma coisa estava errada e isso era óbvio, em determinado momento o mesmo simplesmente desvia os olhos e me deixa entrar.

- O que aconteceu? – tento me aproximar e ele parece querer se afastar – Steve, por favor.

- Vai para casa Natasha, depois a gente conversa – a dor na voz dele era evidente. Meu coração estava apertado, parecia que alguém o esmagava.

- O que ele falou para você? – observo ele olhar para cima, não sei se para evitar gritar ou chorar.

- Vai para casa Natasha – é só o que ele repete, e vai em direção à sala onde pelo barulho que estava há alguns minutos antes os amigos dele ainda estavam.

- Não, não até resolvermos isso. – simplesmente continuo andando atrás dele, minha voz estava alterada e uma angustia tomava conta de mim – Você não pode me dizer o que fazer.

- Mas essa é a droga do meu apartamento e eu estou dizendo para você ir embora – um soco teria doído menos, as palavras dele me atingem e eu nunca tinha sido dispensada com tanta facilidade.

A conversa tinha parado, minhas bochechas estavam esquentando não sei se de raiva ou constrangimento. "Vai se foder Rogers", grito de volta e viro para sair. Ele passava a mão pelos cabelos desesperado, antes de pegar minha mão. Já ia puxar, mas o mesmo começa a me guiar em direção ao seu quarto. Livro-me dele e passo na frente furiosa resmungando que sei o caminho e não preciso de sua ajuda. Steve bate a porta depois que entra no quarto atrás de mim, eu e ele andamos de um lado para o outro os dois furiosos.

- Desculpa – é a primeira coisa que ele diz e esconde o rosto entre as mãos gemendo de frustração – Desculpa Nat, não deveria ter falado aquilo e não é verdade, não quero que vá embora, não quero ficar sem você. Mas...

- O que meu pai disse Steve? – tento me acalmar e é somente pensando no bem estar do meu bebê que consigo fazer isso – Eu não sou de implorar, você sabe disso, mas nesse momento estou implorando para que converse comigo. Por favor, eu não quero brigar. Não agora que as coisas estavam indo tão bem.

- Que eu não sou bom o suficiente para você, sugeriu que eu estivesse com você por interesse – arregalo os olhos e passo as mãos pelo meu cabelo desmanchando o coque que ainda estava ali – Até Peggy entrou no meio dessa conversa, aparentemente se não consegui cuidar da minha ex-noiva como conseguiria cuidar de você e do nosso filho?

Não podia acreditar em toda aquela besteira, primeiro que não precisava que ninguém cuidasse de mim, segundo eu conhecia meu pai e sei que ele não falaria só desse jeito. Howard sabia ser cruel quando queria, já o vi tratando algumas pessoas assim e de jeito nenhum Steve se deixaria abalar só com essas palavras. Tenho medo de como as coisas foram expostas dentro daquela sala e fico com mais raiva ainda ao saber que meu pai investigou a vida dele.

- Eu não disse nada para ele, Steve – ele me olha confuso – Sobre Peggy, eu não disse nada, juro e sinto muito que você tenha que ter passado por isso. Vou falar com ele.

- Não, não vai – ele fala rápido, mas eu já estou saindo do quarto furiosa, se tinha uma coisa que Howard Stark ia fazer agora era me escutar – Natasha!

Steve se mantém entre mim e a porta, tento passar por ele e obviamente obtenho sucesso, mas o mesmo simplesmente me pega no colo como fez meses atrás quando descobri sobre a gravidez. "Eu vou matar você seu idiota", era o que estava resmungando até ele me colocar sentada na cama e se ajoelhar diante de mim.

- Me escuta okay? – não conseguia encará-lo, estava envergonhada, afinal ele não merecia estar passando por tudo aquilo simplesmente porque a camisinha não funcionou – Ei, olha para mim. Eu sei que você não disse nada, confio em você Natasha. – e então deixo que meus olhos recaiam sobre as íris azuis – Eu sinto muito pelo o que eu disse antes, de verdade, precisava pensar e não queria que a gente brigasse. Falhei miseravelmente. Não quero que vá falar com seu pai, não quero que fique com raiva dele por minha causa. Ele ama você, e só quer te proteger.

- E isso não dá o direito dele se meter na nossa vida – um sorriso aparece no canto dos lábios dele – Eu não quero que me esconda às coisas Rogers. O combinado era sermos sinceros, era fazer o possível para isso funcionar e eu preciso ter certeza de que você quer isso tanto quanto eu, porque se a resposta for não... Não sei o que vou fazer, mas vou dar um jeito.

- Tenho certeza que sim, mas eu quero muito que a gente dê certo – ele ajeita uma mecha do meu cabelo – Eu prometo não esconder mais nada, tudo bem? – confirmo com um aceno de cabeça.

- Eu amo você – nós dois dizemos ao mesmo tempo após longos minutos de silêncio. Ambos arregalamos os olhos assustados, mas Steve se recupera primeiro e me beija de forma apaixonada.

- Eu amo muito vocês dois – a mão dele desce para minha barriga e o sorriso emocionado dele refletia o meu.

- Eu amo muito vocês dois – a mão dele desce para minha barriga e o sorriso emocionado dele refletia o meu

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