Bee

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Acordou novamente sentindo o cheiro amadeirado que provinha do loiro. Sorriu e apertou-o mais ainda, sentindo o atrito entre as peles desnudas o arrepiar por inteiro. Lembranças da noite anterior invadiram a sua mente e sentiu-se corar profundamente.

Cedeu o controle para Uzumaki Naruto pela primeira vez. A sensação inebriante de tê-lo consumindo-o por dentro, dos toques sensuais em sua pele, dos beijos quentes em seu pescoço e das palavras maliciosas proferidas em seu ouvido. Tudo isso o tornava ainda mais apaixonado pelo dobe.

– Sasuke?

Aprendeu que a voz de Naruto era ainda mais linda quando resmungava com aquele tom de "recém-acordado", arrastado e rouco, chamando-o de forma manhosa.

– Hn?

– Tenho que ir em breve.

Sasuke ergueu uma sobrancelha e abriu os olhos de supetão. Naruto o olhava com um ar triste, como se não quisesse o revelar aquilo.

Quer dizer que depois de uma longa "noite" de sexo e declarações de amor, Naruto simplesmente acordava e dizia-o que tinha que ir embora. Que merda é essa?

– Nani?

– Tenho compromissos. Ainda estamos em guerra, Sasuke, e Madara está me esperando.

Sasuke passou a odiar ainda mais aquele maldito mascarado. Quem Madara pensava que era para mudar o mundo do modo que queria? O moreno apenas desejava que aquela guerra acabasse, Konoha fosse destruída, e aí ele poderia passar sua juventude e velhice ao lado de Naruto, com dois gatos e uma travessa de tomates frescos todos os dias.

Um futuro perfeito!

– Que me importa Madara. O que tem que fazer? – franziu o cenho.

– Não fique ciumento Sasuke, tenho que me encontrar com o jinchuuriki do Hachibi.

– Jinchuuriki do Hachibi? Está louco, usuratonkachi, nós o matamos.

Ou você o matou, realmente não importa; pensou Sasuke. Naruto estava ficando caduco ou não percebeu o corpo do jinchuuriki sem respiração, pálido e com os olhos revirados?

– Ele não morreu, teme. Não o matamos, ele escapou.

– Ahn? – ficou confuso.

– Eu o encobri e o ajudei a escapar. Acha mesmo que eu seria capaz de matá-lo? Nem tudo na Akatsuki é o que parece, todos eles tinham motivos para serem assim, incluindo Itachi ou Madara.

Surpreendeu-se. Naruto era mesmo impressionante, conseguiu forjar a morte de uma pessoa que ele nem conhecia, com o risco de ter uma kunai no pescoço, simplesmente por ela ter sofrido o que ele sofreu como jinchuuriki.

Suspirou. Ele é incrível.

– Que seja. – resmungou. – Onde o jinchuuriki está? Vou com você. – se levantou, nem se importando com o fato de estar nu.

– Você vai ficar escondido, teme. Eu tenho que ir sozinho. Posso convencer o jinchuuriki sozinho, você pode assustá-lo.

– Não confia nas minhas táticas de persuasão e amizade?

Certo. Nem Sasuke confiava em si mesmo. Talvez, só talvez, Naruto estivesse certo. O Uchiha chegou encima do jinchuuriki já com a katana, enquanto o Uzumaki ainda o salvou na morte.

– Sabe que eu te amo, não é? – beijou-o delicadamente. – Mas não, não confio nem um pouco.

– Hn. – corou levemente.

– O jinchuuriki vai me ajudar em algo entre eu e Kurama. Apenas ele pode fazer isso, espero que entenda, Sasuke.

Sasuke apertou-o num abraço forte. Depois de tê-lo àquela noite, parecia ainda mais possessivo em relação ao Uzumaki. Tinha medo de deixá-lo sozinho longe de sua presença. Ficava apreensivo, não queria perdê-lo.

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