Reencontro

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A primeira missão dada para o denominado Time Taka era a de capturar o Hachibi, a Bijuu de Oito Caudas, e trazer seu jinchuuriki vivo para a extração com os demais membros da Akatsuki. Se eles fizessem isso, teriam total confiança da organização e assim poderiam ganhar seus anéis Akatsuki.

Naruto escondeu seu chakra como pôde e seguiu silenciosamente o quarteto, havia sido mandado para escoltá-los em segredo enquanto iam capturar o Hachibi. Madara não confiava totalmente nos Taka, e o Uzumaki também não.

Apesar de Naruto ser o melhor amigo de Sasuke – ou não –, ele não conseguia reconhecer o Uchiha de treze anos naquele garoto frio e sem coração a frente. O Uzumaki podia ver a mágoa e o ódio nos olhos do moreno. Podia ver aqueles sentimentos corrompendo seu coração.
Ele não podia deixar isso impune, realmente não podia.

Naruto descansava encostado em uma enorme pedra numa floresta nas fronteiras de Amegakure. Respirava fundo após treinar longamente num novo jutsu que combinava a transformação da forma e da natureza de seu elemento básico de chakra no Rasengan, jutsu esse que ele chamou de “Fuuton: Rasenshuriken”.

O novo jutsu necessitava da ajuda de dois bushins: um controlava a transformação da forma de chakra, e o outro a mudança da natureza de chakra para o fuuton. O Rasenshuriken possui a forma de uma shuriken feita de chakra fuuton, que pode ser atirada em longo, médio e pequeno alcance, porém o uso dele tem suas consequências.

Os danos do rasenshuriken são avassaladores. O atingido é perfurado por inúmeras lâminas de vento microscópicas, tanto que nem podem ser identificadas pelo Sharingan, que danificam o corpo a nível celular. As lâminas rompem todas as ligações nervosas do organismo, deixando-o incapaz para mover-se, além de atacar a rede de chakra, de modo que não pode ser reavida nem pelo mais forte ninjutsu médico e por isso é considerado um Kinjutsu de alto nível.

Naruto particularmente achou isso irado, mas Itachi deixou claro para não o usar constantemente.

– Você progrediu muito, Naruto-kun. – disse Itachi sentando-se ao seu lado. – Não é mais tão cabeça oca do que a três anos atrás.

– Eu sou um shinobi incrível, dattebayo. – fez bico. – E você é um ótimo sensei, Ita-nii, mas eu sinto falta do Kakashi-sensei, Iruka-sensei, da Sakura-chan...

– Você gosta, não é?

Naruto ergueu uma sobrancelha e virou o rosto para Itachi. A expressão do Uchiha nivelava entre sugestiva e indecifrável.

– Hum?

 – Dela. A tal Sakura-chan. Você gosta dela, Naruto-kun? – sorriu.

– Ah... – corou. – Da Sakura-chan? Eu era apaixonado por ela, mas agora nem tenho mais tanta certeza.

– O que quer dizer com isso, Naruto-kun? – perguntou, curioso.

Naruto ajeitou-se na pedra e tirou uma foto de dentro do manto Akatsuki. Amaciou as dobras da fotografia do antigo time sete. Sorriu para as lembranças daquele tempo. Era tudo tão mais fácil.

– Eu sempre achei que a amava. Seus sorrisos também eram os meus sorrisos, seus choros eram os meus choros, suas vitórias eram minhas vitórias. Sakura-chan nunca me notou ou ligou para meu amor, mas eu nunca desisti. – suspirou. – Até que ela me pediu para trazer Sasuke de volta para ela.

Itachi suspirou e abraçou Naruto de lado. O Uzumaki repousou a cabeça no ombro do Uchiha e fechou os olhos com o carinho em seus cabelos.

– Foi quando eu percebi que não conseguiria tê-la, e eu até aceitei. Eu iria trazer Sasuke de volta e faria Sakura-chan feliz. Se ela fosse feliz, eu também seria. Só que eu falhei. – grunhiu. – Falhei na minha promessa e não cumpri minhas palavras. Eu me senti inútil, sabe? Por que ela confiava em mim e eu a desapontei, novamente. E mesmo assim eu acho que posso trazer aquele teme para Konoha, nem que seja amarrado, mas eu cumprirei com a minha promessa.

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