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Eu olhei pros dois lados do corredor pra garantir que ninguém estava ali e suspirei aliviada. Corri até o andar do Baylor e arrumei minha roupa de empregada, garantindo que meu rosto estivesse coberto.

Entrei no quarto com a vassoura e o espanador e comecei a fingir limpar enquanto encarava cada canto do lugar pra achar a porcaria da câmera, até que encontrei ela escondida entre dois porta-retratos na mesinha de cabeceira. Suspirei passando o espanador até ter certeza de que ela caiu e corri até debaixo da cama, pegando a caixa com os arquivos e procurando o da Carly. Quando encontrei suspirei aliviada e coloquei a caixa no mesmo lugar, saindo do quarto e correndo até o do Finneas no último andar. Quando cheguei, nem reparei na mobília como quando vi do Baylor e da Billie a primeira vez, logo deixei o arquivo em cima de sua cama e procurei por um papel e uma caneta, assim que encontrei ja comecei a escrever.

"Essa e a verdade sobre a morte da Carly. Não foi sua irmã" e deixei ali em cima junto aos arquivos, saindo do quarto e descendo as escadas rapidamente até meu quarto.

Chegando lá tirei o uniforme das empregadas e corri colocar uma minha. Depois tinha que devolver essas roupas a lavanderia.

Respirei fundo e me deitei no quarto. Agora ta tudo resolvido, ainda bem.

BILLIE EILISH

- Billie, eu quero você no escritório agora - Finneas falou sério quando abriu a porta do meu quarto e eu apenas assenti, estranhando.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei confusa e ele suspirou.

- Só vem. - murmurou e saiu do quarto, batendo a porta em seguida.

Que porra aconteceu? Nós ficamos o dia inteiro no galpão resolvendo algumas coisas, e tínhamos chegado em casa a pouco tempo. Não tinha porque ele falar comigo agora, ele teve a porra do dia inteiro pra conversar.

Eu bufei me levantando e coloquei meu chinelo antes de sair do quarto. Assim que saí, fui até as escadas e desci rapidamente. Quando passei pelo quarto da Darya pensei em entrar. Ela tava muito quieta hoje, isso era de se estranhar.

Dei de ombros e voltei a descer o último lance de escadas e fui até o escritório. Quando entrei me surpreendi ao ver o Baylor sentado numa das cadeiras, e os dois sem trocar uma palavra sequer.

- Eu vou ser bem direto. E já digo que não gostei nada disso. - Finneas começou estreitando os olhos em nossa direção. Ele tirou algo da gaveta da mesa e jogou em cima da mesma, me aproximei mais pra ver o que era, e quando percebi do que se tratava, senti meu corpo inteiro gelar - Hoje esse arquivo apareceu no meu quarto junto com um bilhete - ele pegou um post it azul e leu - "Essa é a verdade sobre a morte da Carly. Não foi a sua irmã". Aí eu queria que vocês dois explicassem, que merda é essa? - ele apoiou as mãos na mesa encarando nós dois de forma muito séria.

- Eu posso explicar - Baylor começou - A Billie pediu pra eu escrever isso pra ela, por isso tem minha letra. - assim que ele terminou eu o encarei com ódio, ouvindo uma risada descrente sair da boca do Finneas em seguida.

- VOCÊ ACHA QUE EU SOU IDIOTA, PORRA? - ele berrou encarando o Baylor e derrubando tudo que tinha em cima da mesa. - Eu quero a porra da verdade!

- Finneas - eu o chamei e ele me encarou - A verdade é essa que você leu. Quem matou a Carly foi o Baylor. Eu jamais mataria ela e você sabe disso, no fundo, sempre soube. - eu falei calma enquanto sentia o olhar do Baylor queimar sobre mim.

- Vai ser assim então, é? Tu vai me foder? - Baylor levantou irritado me encarando com ódio no olhar e eu dei de ombros.

- Mais uma coisa - comecei e o Finneas voltou a me encarar - Eu matei o Patrick.

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