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Eu desci as escadas com calma sentindo meu coração palpitar dentro do peito. Quando cheguei no último degrau, olhei pra frente e dei de cara com a Billie e o Finneas. Eu suspirei e fui até eles, tentando ignorar o olhar mortal que a Billie me mandava.

- Está pronta? - Finneas perguntou e respirei fundo, assentindo em seguida - Então vamos - disse ja se virando e indo em direção a saída.

Eu comecei a seguir ele, mas senti a Billie segurar meu pulso e me virei pra encara-la, eu sabia que ela estava quieta demais sobre isso.

- Darya, você ta fazendo besteira - ela falou em tom ameaçador e eu dei um tranco meu braço a encarando com raiva.

- Se eu estiver, eu lido com a minha consciência. Não me enche o saco. - falei entre dentes e ela suspirou.

- Eu só quero te proteger. - ela murmurou com a voz falha e eu ri cínica.

- Quando você deveria ter protegido, não protegeu. Agora lide com as consequências. - falei dura e me virei, começando a seguir pra fora da mansão.

Finneas foi em um carro e eu e a Billie fomos em outro. O caminho se seguiu em total silêncio, eu percebi que ela estava nervosa, mas não quis tocar no assunto pra não gerar mais confusão.

Eu entendo que ela se importe comigo e queira meu bem. Mas eu quero e preciso disso, eu sei que preciso. Eu sinto isso dentro de mim. Minha raiva só vai diminuir quando eu ver ele sofrer igual eu sofri.

Em poucos minutos chegamos ao mesmo galpão em que a Brianna estava presa, e assim que o carro parou, eu sai da mesma hora de dentro, praticamente correndo até a parte de dentro sentindo meu sangue ferver.

Billie logo chegou atrás de mim e segurou meu pulso, contendo meu anseio em chegar mais rápido. Eu segui com ela até a entrada da parte subterrânea e logo o segurança abriu a porta pra nós três.

- Eu vou ficar por aqui e cuidar dos carregamentos que estão pra chegar, você acompanha ela, Billie? - Finneas perguntou pra ela que assentiu - Ótimo, vejo vocês mais tarde - ele murmurou e caminhou pra outro lado, provavelmente pro seu escritório.

Eu desci em passos ansiosos até a parte debaixo e, chegando lá, me surpreendi ao ver na primeira sala a Sophie totalmente destruída e presa em uma cadeira. Fomos andando um pouco mais pra frente e logo avistei o Baylor. Ele tava com os olhos inchados, alguns cortes no rosto e no corpo. Senti minha raiva crescer dentro de mim e me soltei do aperto da Billie, praticamente correndo afrente dela e entrando na sala em seguida.

Assim que ele ouviu o barulho de porta sendo aberta, ele levantou os olhos. Quando seu olhar bateu em mim ele sorriu de forma cínica.

- Darya, que saudade que eu estava de você - ele disse ainda com aquele sorriso nojento. Eu travei meu maxilar na mesma hora e fui em passos largos até ele, virando um soco em sua cara. Ele riu e mexeu a boca, no intuito de ver se eu não havia deslocado seu maxilar e me olhou de novo - Como você está violenta.

- Você não viu nada - falei em um rosnado e senti a mão da Billie me puxar pra trás.

- Calma, amor. - ela sussurrou no meu ouvido - Não dê importância pras irônias dele, ele vai fazer isso pra te irritar. Não cai na dele. - eu respirei fundo e voltei a frente do Baylor, o encarando com um sorriso.

- Você ta preparado? - eu murmurei próxima a ele e o mesmo soltou uma risada.

- Pra que? Pra te estuprar de novo? - ele sorriu enquanto falava e eu respirei fundo, abrindo um sorriso ainda mais irônico em seguida.

- Pra isso. - eu peguei uma barra de ferro que estava na mesa ao lado e enfiei em sua perna com força, ouvindo um grito de dor sair pela sua boca.

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