4

6.5K 603 1.2K
                                    

BILLIE EILISH

- O pai da garota ta aqui - o segurança avisou e eu deixei meu cigarro no cinzeiro, olhando risonha pro Baylor e pro Finneas.

- Deixa ele entrar - Finneas tomou mais um gole do whisky que segurava nas mãos e posou o mesmo na bancada.

- CADÊ MINHA FILHA? - ele entrou berrando e eu peguei a arma na minha cintura e apontei pra ele.

- Não entra berrando porque você não ta com muita moral - rosnei pra ele e o mesmo me encarou bravo.

- Eu quero a minha filha - ele tentou avançar em mim, mas Baylor parou na sua frente e o segurou.

- Eu vou te dizer uma coisa, Naim - Finneas começou com um tom zombeteiro - Sua filhinha só vai sair daqui, quando a gente conseguir o que nós queremos.

- E o que vocês querem? - se rendeu e nos encarou.

- Simples - eu sorri e me aproximei dele - Derrubar a máfia Italiana. - me joguei no sofá e o encarei com um sorriso de lado enquanto ele me encarava sem expressão alguma - E com a sua ajuda.

DARYA AL-ATTAR

- Dez minutos, garotas - a professora chegou na sala em que nós estávamos avisando o tempo que tínhamos pra terminar de nos arrumar.

Eu nunca fui muito boa em maquiagem e tinha certeza que aquilo ia ficar um garrancho. Quem geralmente me ajudava pra quando fossemos sair era minha melhor amiga, só que, bom, ela não ta aqui.

- Quer ajuda? - aquela menina do primeiro dia perguntou, chegando ao meu lado e se sentando. Qual era o nome dela mesmo? Brina? Brianna?

- Ah, eu aceito - sorri sem graça e ela deu um sorriso gentil se sentando na minha frente.

- Fecha os olhos - me pediu e eu o fiz, logo sentindo ela começar a passar o pincel na minha pálpebra - Então, o que você fez pra irritar a família O'Connel?

- Não fui bem eu - soltei um riso pelo nariz - Meu pai aparentemente é inimigo deles, e eu sou a garantia.

- Sinto muito - murmurou e eu dei um sorriso de lado - Pode abrir os olhos, vou fazer a pele - eu assenti e assim o fiz, logo vendo ela começar a passar base no meu rosto - Tinha uma menina que foi sequestrada por eles também. Mas ela tinha visto algo que não deveria, por ai. - deu de ombros e eu a encarei curiosa - Ela e a Billie estavam meio que ficando.

- E cadê ela? - perguntei assim que ela começou o contorno na minha pele.

- Olha, existem boatos - começou a falar baixo - Alguns dizem que a Billie libertou a garota, mas outros... - suspirou - Dizem que ela tava drogada, chegou em casa e no sexo acabou matando a menina estrangulada - eu arregalei os olhos - Mas eu não sei bem ao certo, a gente não pode ser muito curioso pra trabalhar aqui - deu de ombros - Fecha os olhos de novo, vou fazer o delineado e passar o rímel, ai você tá pronta. - apenas assenti e fiz o que ela mandou.

Eu fico pensando, como uma pessoa consegue ser tão fria a ponto de matar alguém que teoricamente goste? Assim, entendo que ela estivesse drogada, mas não é justificativa suficiente pra isso.

- Dois minutos, terminem logo - a professora entrou falando de novo e saiu da sala mais uma vez.

- Prontinho, acabei. - ela disse sorridente colocando as maquiagens no lugar e eu me olhei no espelho. Bom, pra uma maquiagem de oito minutos, ficou realmente muito bom.

- Obrigada - dei um sorriso fraco pra ele a e encolhi os ombros.

- Olha, não fica preocupada com o que eu te disse - ela murmurou assim que eu levantei - Não vai acontecer a mesma coisa com você, é só você não se meter com nenhum deles.

KidnappedOnde histórias criam vida. Descubra agora