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Faziam uns dois dias desde o momento em que eu torturei o Baylor. Oito horas depois ele morreu de hemorragia. Em cima daquela cadeira. Com o próprio pau enfiado no anus. Cada vez que penso nisso, meu coração acelera. A cada lembrança daquele dia, minhas pernas tremem e um alívio sem igual se apossa de mim.

A Sophie, no entanto, não foi morta. Torturaram ela o bastante pra ela nunca mais esquecer, e depois venderam a garota pra um maníaco do BDSM de sessenta anos. 

Hoje é o dia que eu vou confrontar a Billie sobre meu pai. É um assunto que eu simplesmente não posso mais ignorar ou empurrar com a barriga. Se foi ela quem fez, eu quero saber. E eu vou usar meus métodos pra isso.

Nessa manhã eu peguei a arma que ela guardava em casos de emergência dentro da ultima gaveta de sua cômoda. Hoje ela me conta a verdade. Eu ja decidi que ninguém mais vai pisar em mim.

Eu carreguei a arma com algumas balas que eu roubei do escritório da Billie e escondi dentro da bota que eu estava usando, pra quando ela menos esperar, eu mostrar do que sou capaz.

Sentei na poltrona do quarto e olhei as horas no meu novo celular. Daqui a pouco ela deve entrar pela porta, ai ela vai se ver comigo. Minha vingança ainda não terminou.

BILLIE EILISH

Cheguei em casa sem a mínima vontade de estar realmente aqui. Nos últimos dias, conviver com a Darya tinha se tornado um verdadeiro inferno. Eu realmente não reconheço mais essa garota. Ela mudou totalmente da água pro vinho.

Eu suspirei começando a subir as escadas e ja me preparando psicologicamente pras discussões de hoje. Assim que entrei no quarto, vi ela sentada na poltrona proxima a janela encarando o nada. Quando ela me percebeu ali, levantou o olhar e me encarou com ódio. Eu simplesmente não conseguia entender.

- Ta tudo bem? - perguntei ja receosa e ela deu um de seus sorrisos falsos.

- Ta tudo ótimo - disse ainda sorrindo - Eu preciso conversar com você.

- Ok - suspirei e me sentei na ponta da cama, a encarando. - Então fala.

- Eu vou ser bem direta, Billie. Quem matou o meu pai? - ela perguntou e eu ja arregalei meus olhos.

- Eu ja te contei como foi... - murmurei engolindo em seco e ouvi uma risada irônica sair pelos seus lábios.

- Eu vou tentar de novo - ela murmurou se levantando e parando em pé próxima a mim - Quem matou o meu pai?

- Darya... - comecei, mas ela me interrompeu, tirando uma arma da sua bota e apontando diretamente pra minha cabeça. Mas que merda?

- QUEM ATIROU NO MEU PAI, EILISH? QUEM FOI O RESPONSÁVEL POR ISSO? - ela gritou com ódio e eu me levantei ainda a encarando sem entender de onde diabos ela tirou aquela arma.

- Eu já te disse o que aconteceu, fica calma - tentei me aproximar pra tirar a arma de suas mãos, mas ela se esquivou, destravando a arma.

- Eu vou te perguntar mais uma vez - ela praticamente rosnou - Quem matou a porra do meu pai?

- FUI EU - eu gritei - E ai, vai fazer o que, me matar? - perguntei desafiadora, me aproximando mais dela enquanto a mesma me encarava estática.

- POR QUE VOCÊ ME DISSE QUE FOI UM SEGURANÇA? SUA FILHA DA PUTA! - ela gritou com ódio e seus olhos se encheram de lágrimas. Suas mãos tremiam.

- POR QUE EU NÃO QUERIA TE PERDER! - eu exclamei, parando a alguns passos dela.

- Por que você matou ele? - ela perguntou com a voz embargada e eu fiquei em silêncio a encarando - ME RESPONDE! - gritou e atirou próximo ao meu pé, fazendo com que eu pulasse.

- A única coisa que eu omiti de você, foi o tiro. Eu não tinha intenção de matar seu pai aquele dia, Darya. - eu murmurei e ouvi a porta ser aberta, encarei a mesma e vi o Finneas olhar incrédulo pra cena.

- FICA AÍ - ela gritou, alternando a mira entre eu e o Finneas. - Se não tinha intenção, por que matou?

- FOI UM TIRO ACIDENTAL! - eu gritei e ela soltou um berro de ódio, atirando dessa vez mais próximo ainda a mim.

- Darya... - Finneas começou a se aproximar, mas eu neguei.

- Fica aí - mandei e ele me encarou descontente, mas assim fez - Darya, eu não tinha a intenção de matar seu pai. Eu tentei salvar ele, assim como eu te disse. Ele se enfiou na frente do meu alvo, a culpa não foi minha! - eu expliquei e ela berrou de novo, dessa vez atirando no tero enquanto chorava.

- EU NÃO ACREDITO EM VOCÊ! - ela gritou apontando a arma pra mim de novo e eu suspirei, andando em passos largos até ela e arrumando o cano da arma em sua mão pra encostar na minha testa.

- Então me mata - murmurei a encarando calma.

- Billie... - Finneas alertou, mas eu levantei a mão pra ele mandando ele esperar.

- Se é vingança que você quer, pois faça - eu murmurei encarando seus olhos enquanto via ela chorar - Me mata. Atira.

- Eu... - ela engoliu em seco e afastou a arma, mas eu peguei no cano e encostei com força na minha testa, a encarando.

- Anda, Darya. Não é isso que você quer? Então me mata, porra! - eu falei e ela tentou tirar a arma, mas eu segurei na posição que tava - APERTA O GATILHO, DARYA. ANDA. - eu gritei a pressionando e ela negou a cabeça - VAI LOGO, APERTA! - e assim que eu gritei dessa vez e dei o tranco, ela puxou o gatilho, depois fechando os olhos. Nada aconteceu, claro. Eu travei a arma sem ela perceber.

Me aproveitei desse momento e tirei a arma da sua mão, a jogando pro Finneas em seguida enquanto ela se sentou no chão e abraçou suas pernas chorando. Eu suspirei e encarei o Finneas, indicando com a cabeça pra ele sair e assim ele fez, meio receoso.

Eu me abaixei próximo a Darya e a puxei pro meu colo, deixando ela chorar tudo o que precisava ali enquanto eu tentava a acalmar nem que fosse um porcento.

- Eu não faço idéia do inferno que ta tua cabeça, mas eu quero te ajudar - eu murmurei enquanto ouvia seu choro desesperado - Me deixa te ajudar, amor.

- Eu só sinto ódio, Billie - ela disse entre soluços - Eu não quero mais me sentir assim. Eu não gosto de me sentir assim. - e voltou a chorar.

Eu suspirei e a puxei mais pra mim, apertando ela nos meus braços e beijando o topo da sua cabeça, pensando em uma forma de ajuda-la. E eu sei exatamente o que fazer.

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Por essa vcs não esperavam kkkkkkkkkkk bjs bjs E SE A BILLIE OU A DARYA MORREREM VÃO RECLAMAR PRA avocada_aaa pq a culpa vai ser dela

Fora isso, é isto mores. Até amanhãaaaaa

KidnappedOnde histórias criam vida. Descubra agora