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- Ok, eu vou te dar mais uma chance - Baylor me encarou sorrindo enquanto brincava com a faca em sua mão. - Você me ama, Darya?

- Não - praticamente cuspi com nojo enquanto me debatia na cadeira que ele havia me prendido. E mais uma vez ele enfiou a faca na minha coxa fazendo eu soltar um grito. Eu não sabia o tempo exato em que aquela tortura estava acontecendo, mas, na minha concepção, já tinham algumas horas - Me deixa em paz! Eu nunca vou falar que eu amo você, porra!

- Ah, você tem certeza disso? - ele disse em um rosnado e enfiou ainda mais a faca dentro da minha perna, me fazendo urrar de dor.

- Não adianta - eu falei ofegante e com a voz embargada - Você nunca vai ter amor de ninguém, Baylor. Eu posso dizer que te amo pra você parar de me torturar, mas você vai saber que é mentira! - praticamente cuspi as palavras na sua cara, vendo seu ódio quase se materializar na minha frente e outra faca ser enfiada na minha perna.

- Por que você não me ama e ama a Billie, em Darya? Ela é como eu! - ele rosnou segurando os dois apoios de braço da cadeira ao meu redor me encarando com ódio.

- Ela nunca vai ser igual a você - falei com raiva enquanto chorava. - Acho que teu sonho é ser como ela, pra ver se dessa forma alguém em algum lugar vai ter coragem de amar esse monstro que você é! - falei num rosnado e ele se afastou, pegando impulso com os braços e socando minha cara em seguida.

- Você acha que a Billie é perfeitinha, né? - ele riu cínico - Você sabe que foi ela quem matou o seu pai, não sabe? - ele perguntou irônico e eu franzi a testa.

- Não, ela até tentou salvar ele. - eu murmurei óbvia e ele riu de novo.

- Foi isso que ela te contou? - negou com a cabeça - Ela foi no intuito de matar de pai, Darya. E ela nem sequer pensou no pobre coraçãozinho da sua amada - afinou a voz fazendo toda uma encenação na minha frente.

- Isso é mentira - falei desconfortável e ele riu mais alto.

- Você sabe que não é - ele sorriu, tirando uma das facas fincadas na minha perna me fazendo berrar, e passando a lâmina no meu rosto - Ela é traiçoeira, Darya. Você acha que ela é um amor, mas ela não é - murmurou próximo ao meu rosto.

- Eu não acredito em você - murmurei evitando contato com seus olhos e ele riu se afastando.

- Bom, se você não acredita, eu sinto muito - ele me encarou novamente - Eu até diria pra você perguntar pra ela, mas você não vai estar viva pra isso - ele riu mais uma vez - Então vamos tentar de novo, Darya. Você me ama?

- Não, porra! - falei com mais ódio do que antes e ele sorriu, parecendo satisfeito e voltando a enfiar a faca na minha perna.

- Baylor? - ouvi a voz da Sophie na porta e ele se afastou a encarando - Temos um problema, você pode ir resolver com os seguranças?

- Tudo bem - ele assentiu e me olhou de novo - Eu ja volto pra gente terminar nosso papo - dito isso, saiu dali.

Assim que ele se afastou, Sophie fechou a porta atrás dela e correu até mim, se abaixando na minha frente e tocando no meu rosto, enquanto eu, numa tentativa fracassada tentava me afastar dos seus toques.

- Darya. - ela murmurou - Me escuta, olha pra mim - ela segurou meu rosto com as duas mãos, fazendo eu a encarar nos olhos - Você acha que consegue andar?

- Não - murmurei fraca. Com certeza eu ja havia perdido bastante sangue desde que ele começou.

- Se eu te ajudar, você acredita que consegue? - ela perguntou e eu apenas assenti pra economizar minha fala. - Ok, eu vou te soltar então e você vem comigo.

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