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- Me da a mão - ela falou no meu ouvido quando a gente chegou na mansão e eu a encarei com o cenho franzido - Você não vai querer que pensem que você ta desacompanhada. - arqueou a sobrancelha me encarando sugestivo e eu suspirei, entrelaçando nossos dedos.

Fui acompanhando seus passos enquanto ela andava vagarosamente de encontro a seus irmãos. Assim que chegamos, o de cabelos cacheados, se eu não me engano, Baylor, me encarou de cima abaixo e mordeu os lábios com um sorriso de lado. Ué, jurava que era viado.

Finneas olhou pra trás e, assim que viu a Billie deu um sorriso. Parecia que eu nem tava ali, mas eu preferia assim de qualquer forma.

- Até que enfim chegou - o ruivo murmurou assim que a gente chegou e cumprimentou apenas ela.

- Quem é essa menina linda? - ouvi uma voz que eu não reconhecia e mirei meus olhos a um garoto moreno de topete e cheio de tatuagens.

- Pode se apresentar - Billie sorriu me encarando.

- Sou a Darya - estendi minha mão pra cumprimentar ele e o mesmo depositou um beijo ali.

- Você não divide não, Billie? - ele sorriu malicioso olhando a garota que fechou a cara e colocou a mão na minha cintura possessivamente, apertando a mesma. Ela é doida será?

- Essa aqui não, cara - soltou um riso forçado e ele deu de ombros, voltando a bebericar um whisky em suas mãos.

Depois disso eu até tentei prestar atenção na conversa, mas não consegui. Eles começaram a falar das merdas que fazem pra sustentar os luxos e eu não suporto nenhuma delas. Eu encarei fixamente um sofá bem grande no outro lado do cômodo vendo que estava totalmente vazio. Ah, eu daria tudo pra poder ir lá.

E o assunto deles parecia durar horas. Meu pé já tava doendo, eu não podia beber, eu já estava morrendo de sono, e plantada igual uma planta, literalmente, no meio da sala.

- Eu vou pra lá falar com o Lil, depois a gente se fala - Billie comentou e eles assentiram enquanto a gente se direcionava ao sofá - Não sei como você aguenta ficar com esse salto. Vou te dar uma colherzinha de chá e te levar pra sentar. - ela murmurou e eu quase sorri aliviada.

Chegando lá ela apontou pro sofá e eu me sentei, sentindo meu pé relaxar no mesmo instante e amenizar um pouco do meu desconforto. Logo um homem negro, magro e cheio de tatuagens começou uma conversa animada com a Billie e eu permaneci da mesma forma que eu estava no outro lugar: quieta e sem me entreter no assunto, mas pelo menos eu estava sentadissima e plena.

- E ela? É teu novo alvo? - ouvi ele perguntar e direcionei meu olhar pros dois, vendo ele encarar Billie com um sorriso sacana.

- Que alvo o que - ela riu sem graça - É só mais uma vagabunda. - ele gargalhou sendo acompanhado por ela. Eu franzi o cenho a encarando. Sorte dessa garota que ela tem uma arma, senão eu já tinha arrebentado esse rostinho bonito.

Voltei a focar nas pessoas ao redor pra ignorar qualquer merda que saísse da boca desses dois. Fiquei assim por muito tempo, até sentir uma mão tocar no meu ombro. Olhei pro lado e pude ver uma garota bem bonita. Cabelo escuro, olhos castanhos, boquinha pequena. Parecia a mulher dos meus sonhos.

- Oi - ela sorriu pra mim e eu retribui - Qual seu nome?

- Darya, e o seu? - perguntei ainda sorrindo.

- O meu é Noah - ela sorriu de volta - Eu sempre venho nessas festas com meu pai, mas nunca vi você.

- É a minha primeira - sorri sem graça.

- Ah, então faz sentido - deu de ombros - Eu não deixaria uma garota tão bonita como você passar despercebida.

- Uau, você é bem direta - comentei rindo e ela me acompanhou - Gostei.

KidnappedOnde histórias criam vida. Descubra agora