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Abri meus olhos de vagar e pisquei algumas vezes pra me acostumar com a claridade, olhei pro lado e Billie me observava com um sorriso fofo no rosto.

- Bom dia - ela murmurou com a voz baixa e eu sorri, escondendo meu rosto nas mãos.

- Bom dia - murmurei ainda com o rosto escondido - Por que você ta me olhando desse jeito?

- Porque você é muito linda - ela murmurou ainda sorrindo e eu ri fraco.

- Credo, eu acabei de acordar e tava no hospital, Billie - murmurei a encarando e ela deu de ombros.

- Isso que eu achei impressionante. Mesmo assim, você continua perfeita - suspirou - Eu vou pegar teu café da manhã, tem alguma preferência? - perguntou ja se sentando e eu tirei as mãos do rosto.

- Eu tenho opção entre comer ou não? - perguntei a encarando e ela negou - Então pode ser uma salada de frutas.

- Ok, eu ja volto - se inclinou em cima de mim e me deu um selinho - Pode ligar a televisão se quiser.

- Ta bom - sorri fraco e ela me deu outro selinho, se levantando e saindo do quarto em seguida.

Eu suspirei e me sentei na cama, pegando o controle e colocando num canal de desenhos.

Encarei meus braços enfaixados e suspirei vendo o curativo. É uma droga você não conseguir se matar e ficar se lamentando por isso depois. Ficar pensando o que você fez de errado, porque não deu certo. Talvez só não fosse a minha hora, de qualquer forma.

Suspirei e comecei a encarar a televisão, percebendo que passava bob esponja ali. Fiquei vendo o episódio até Billie voltar com uma bandeja e um pote enorme cheio de salada de frutas.

- Pra que esse exagero? - franzi a testa a encarando enquanto ela lutava pra fechar a porta atrás de si.

- Trouxe o suficiente pra mim e pra você - ela murmurou chegando próximo a cama e se sentando ao meu lado, enquanto colocava o pode em cima da minha perna.

- Ah ta - eu sorri - Ainda bem, porque eu não vou aguentar comer tudo isso.

- A uma semana atrás você aguentaria - ela murmurou e eu revirei os olhos.

- A uma semana atrás as coisas eram diferentes também. - falei a encarando e ela deu de ombros, ficando em silêncio em seguida.

Comecei a comer enquanto via Bob Esponja e ela comia junto comigo vidrada no desenho. Bom, pelo menos s salada de frutas tava deliciosa.

-...-

- Quer ver série ou filme? - ela me perguntou e eu comecei a ponderar.

- Série - sorri fofa pra ela que revirou os olhos.

- Nem precisa falar, ja sei até qual - disse risonha e eu franzi a testa.

- Só de raiva eu quero outra - cruzei os braços fazendo bico e ela me encarou.

- Ah é? E qual? - arqueou a sobrancelha e eu comecei a pensar. Droga, não me vem o nome de uma série agora.

- Anne with an E! - exclamei e ela riu do meu desespero. - Coloca logo, chata.

- Ta bom - revirou os olhos e procurou pela série, logo colocando a mesma pra rodar na televisão.

-...-

Ja era noite e Billie estava no andar debaixo com o Finneas, resolvendo algumas coisas da parte financeira com ele, e eu estava sozinha assistindo um filme qualquer que passava na televisão.

Eu encarei a janela gigante do quarto com um parapeito muito bom pra se sentar e suspirei, indo até la com um pouco de dificuldade e me sentando ali enquanto encarava a noite la fora. Já estava começando a esfriar.

A um ano atrás meu pai me prometeu um carro quando eu fizesse dezoito anos. E eu vou fazer em algumas semanas. E ele não vai estar aqui pra cumprir a promessa, ou muito menos pra me parabenizar. E novamente, a culpa disso é minha.

Suspirei pesadamente e olhei o teto, tentando não pensar nessas coisas e nem em nenhuma besteira, ja reconhecendo as consequências desses pensamentos e tentei ver as coisas boas na minha vida, como a Billie, que ta cuidando de mim desde que tudo aconteceu, que salvou minha vida e ficou comigo no hospital durante todo o tempo em que eu estive desacordada. Com o carinho que eu estou recebendo dela, mesmo depois de tudo.

Ela é a única coisa realmente boa na minha vida. Talvez seja a única pessoa que realmente pela qual vale a pena lutar pra continuar aqui. Lutar contra meus pensamentos e minha impulsividade em fazer merda.

Ouvi a porta ser aberta e vi ela entrar no quarto. Assim que ela não me viu na cama, seu olhar mudou drasticamente pra desespero, e em poucos segundos ela me viu no parapeito.

- Droga, Darya. Era pra você ficar deitada. - me encarou brava vindo até mim e ja me pegando no colo enquanto ouvia meus protestos.

- Para de ser chata, Billie. Meus ferimentos foram nos braços, não nas pernas - falei como se fosse óbvio e ela me fuzilou com os olhos.

- Nem venha de besteira - murmurou e bufou logo em seguida.

Ela tirou as roupas que usava e ficou só de camiseta e calcinha, se deitando ao meu lado em seguida e se cobrindo até o pescoço. Eu fiquei a encarando e admirando cada detalhe perfeito do seu rosto. Desde seus olhos perfeitamente desenhados, até sua boca relativamente grossa. Ela era perfeita dos pés a cabeça. Eu arrisco em dizer que eu nunca vi mulher mais linda do que ela. E não é exagero.

- O que foi? - perguntou me encarando sem entender e eu sorri fraco.

- É que você é muito lindo - assim que falei isso ela deu uma risada nervosa e ficou toda vermelha.

- Cala boca. - murmurou revirando os olhos e nem me olhou de novo - Darya, olha o filme - ela apontou pra TV e eu continuei encarando ela com um sorriso bobo no rosto - Garota você ta me assustando.

- Para de ser boba - eu murmurei, começando a mexer nos seus cabelos e a mesma me encarou de novo. - Você é linda demais, de verdade.

- Linda é você - ela murmurou e selou meus lábios rapidamente - Eu sou normal.

- Normal tu não é não - falei risonha e ela revirou os olhos de novo dessa vez, rindo - Agora é sério. Obrigada por ter me salvado.

- É sério? - ela me encarou surpresa.

- Sim - suspirei assentindo - Se não deu certo, é porque não era minha hora.

- E não era mesmo - ela concordou e me puxou, fazendo eu deitar em seu peito enquanto ela acariciava meus cabelos. - Você promete que nunca mais vai fazer isso? - ela perguntou depois de um tempo e eu suspirei.

- Billie, eu não posso... - ela me interrompeu.

- Sim, você pode prometer - ela murmurou - Por favor, Darya. É só o que eu te peço. Não faz mais isso.

- Eu prometo tentar, tudo bem? - levantei a cabeça a encarando e ela suspirou.

- Melhor que nada - falou com a voz baixa - Eu fiquei com tanto medo...

- De que? - perguntei ainda a encarando e ela deu de ombros, me olhando dessa vez.

- De perder você - disse com a voz por um fio e eu senti meu coração parar dentro de mim. Eu me levantei um pouco e selei nossos lábios, a abraçando desajeitadamente de novo e apertando o máximo que eu conseguia sem doer.

- Eu prometo pra você que vou tentar não fazer nada, ta bom? - beijei seu peito e ela me apertou contra ela.

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Um capítulo fofo pra vcs ficarem felizessssssss POR FAVOR APROVEITEM E NÃO DIGAM Q EU NÃO AVISEI

amo vcs

KidnappedOnde histórias criam vida. Descubra agora