𝟷𝟼

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Acordei com a boca seca, ainda com sono. Me levantei e olhei a hora, eram 3 da manhã. Olhei minhas notificações e tinha uma solicitação de amizade do Logan.

Aquilo só podia ser brincadeira.

Apertei em excluir e depois de 5 minutos ele mandou novamente. Não podia ser sério. Bloqueei ele e deixei o celular de lado. Chegou notificação de mensagem.

+1 (931) 272 6754: Por quê me excluiu do Facebook?

E ele ainda tinha a coragem de vir me perguntar. Logan era, realmente, muito sonso. Eu não devia satisfações a ele, mas queria me explicar e sair por cima.

Anna: Porque eu quis, tá bom? Você é idiota ou o que? Depois de hoje ainda quer que sejamos amigos? Fala sério.

Ele não me respondeu mais. Era bom que fosse assim. Percebi que Carlos estava online no Facebook. Já que estava sem sono, mandei uma mensagem.

Anna Bradford: Olha só quem vai dormir tarde hoje.

Carlos Moore: Você. Aliás, não era pra tá dormindo, mocinha?

Anna Bradford: Achei que MEU pai estivesse em Las Vegas, mas parece que arranjei outro por aqui.

Carlos Moore: Ah, para. O que você tá fazendo?

Anna Bradford: Acabei de acordar, dormi muito cedo. E você?

Carlos Moore: Estou sem sono. Quer ver fazer algo legal?

Anna Bradford: Tipo o que?

Carlos Moore: Espere e verá.

Deixei o celular de lado e levantei da cama. Eu ainda estava com a roupa que tinha ido pra escola, então resolvi vestir algo mais leve.

Vesti um vestido branco e uma sandália preta qualquer. Escovei os dentes e arrumei um pouco o cabelo, mas deixando ele solto.
Meu celular vibrou em cima da cama e vi que era o Carlos novamente, dizendo pra eu descer.

Saí do quarto e desci as escadas em silêncio, pra não acordar a minha mãe. Passei pela sala, saí e tranquei a porta da casa. Carlos estava me esperando em seu carro, na parte mais a frente da casa.

Fui até lá em silêncio e bati na janela. Ele sorriu e abriu a porta.

- Você vem sempre aqui? - ele perguntou brincando.

- Só quando você vem - sorri.

Entrei no carro, botei o cinto e ele deu a partida. Estava tudo razoavelmente calmo naquela noite, não tinha quase ninguém na rua. Éramos os únicos dois loucos ali. O misto de aventura e perigo era ótimo, era bom estar ali. Parecia até um sonho.

- Sua mãe se importa se eu te sequestrar? - ele perguntou rindo.

- Ela se importa sim - brinquei. - Então, onde vamos?

- Vamos em Sparta, cidade vizinha.

O quê? A gente ia sair da cidade? Me ajeitei no banco e comecei a ficar meio nervosa.

- E demora muito?

- Acho que meia-hora. Mas como é madrugada, chegamos em vinte minutos.

Carlos começou a correr com o carro e vi que ele estava a mais de 120km/h. Coloquei uma música animada no rádio e começamos a cantar juntos, realmente a estrada estava bem tranquila.

A sensação de liberdade era incrível, não tinha dinheiro que comprasse aquele momento. Pela primeira vez eu me sentia feliz e em paz.

Alguns minutos depois, avistamos Sparta. Era uma cidade pequena, parecia não ter muita gente. Ao mesmo tempo era lindo, tudo absolutamente lindo.

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