Acordei com o meu corpo dolorido e algumas memórias falhas. Minha visão estava meio turva e minha cabeça estava doendo, a boca amarga como se eu tivesse bebido algum remédio bem ruim.
Olhei ao redor e reconheci meu quarto, eu estava na minha cama. Ainda estava vestindo o roupão e meu cabelo estava um ninho, com folhas secas penduradas e meio bagunçado dos lados. Me sentei na cama e meu corpo reclamou de dor.
Respirei fundo e soltei, para que a dor melhorasse e aparentemente funcionou. Minha mãe entrou no quarto, sua cara estava com ar de preocupação.
Ela olhou pra mim e fez um sinal de "legal" com as mãos, eu apenas fiz o sinal de volta e ela sorriu, se dirigindo pra sentar do meu lado na cama.
- Anna, o que aconteceu ontem? — ela me olhou.
- Eu não lembro bem, alguém jogou uma pedra na janela com um bilhete estranho. Vi alguém andando no jardim e fui atrás pra ver, depois disso não lembro de mais nada. O que aconteceu depois disso? — perguntei, passando a mão na cabeça e ainda sentindo a dor do que quer que seja que tenha me atingido.
- Fui procurar você, vi seu corpo caído no chão. Você estava desmaiada. Não tinha ninguém ao redor, não que eu tenha visto. Estava muito escuro. Mais ou menos 2 horas depois o Carlos voltou e eu disse que você não estava bem. Ele voltou pra casa e hoje veio bastante cedo aqui pra te ver.
- Ele ainda tá aí?
- Sim, ele não saiu daqui desde a hora que chegou. Pelo visto, você arranjou a pessoa certa — ela deu um meio sorriso.
Sorri de volta e pedi pra ela chamar ele.
Minha mãe levantou, saiu do quarto e desceu as escadas, indo chamar o meu namorado. Passei a mão na minha nuca e eu podia sentir nitidamente uma elevação naquela área, provavelmente pela pancada.
Minha cabeça ainda latejava um pouco, mas bem menos a cada instante e minha boca melhorou a amargura.
Carlos entrou no quarto e se jogou na cama, me abraçando e me enchendo de beijos. Não pude deixar de sorrir com aquele carinho todo.
- Sabe, Anna — ele disse se encaixando nos meus braços — Acho que temos que morar juntos. Toda vez que eu saio de perto, você tem uma experiência de quase morte.
- Provavelmente sim, mas agora já sabemos quem é. Só temos que localizar ela. Ontem a noite depois que você foi embora, aconteceram coisas estranhas. Ela veio aqui.
Comecei a contar o que tinha acontecido e ele me ouvia atentamente, assentindo para processar as informações que recebia. Mostrei o bilhete pra ele, e ele analisou bastante.
Ele parecia não duvidar de mim e da minha história. Isso era ótimo, ele — quase — sempre acreditava em mim.
- Essa é realmente a letra da Victoria. Você disse que apareceram tweets pra você...Posso ver? — ele pediu.
Assenti e mostrei pra ele, felizmente ainda estava lá. Ver aquilo me deu meio que um arrepio.
- Eu tenho um amigo, ele é investigador. Mora não muito longe daqui, ele pode ajudar a gente a rastrear de onde saiu esse tweet.
- É sério? Isso seria ótimo. Vamos pegar ela dessa vez.
- Sim, você pode vestir algo agora e vamos lá. Eu espero você lá em baixo.
Assenti e levantamos juntos da cama. Carlos saiu do quarto e eu fui vestir uma roupa. Notei alguns pontos roxos no meu corpo, mas provavelmente era por conta de algo que havia acontecido na noite anterior.
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Starboy
FanfictionA vida de Anna Bradford era totalmente normal antes de se mudar para Cookeville, onde ela logo acaba se envolvendo com Logan Wonstaen, que parece ser apenas um garoto como qualquer outro. Logo ela se vê em uma trama cheia de reviravoltas e segredos...