32 - Trauma (Mingi)

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Oie, xuxus. Espero que estejam todos bem.
Passando para avisar que tomei coragem e tentei fazer um trailer para a fic
O link está na descrição do meu perfil, espero que gostem.
Bebam água e se cuidem.
Bjinhux e bom cap. ^^

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~Mingi On~

   Aquele velho tá demorando demais para chegar. Eu tô começando a cansar de ficar atirando pequenas bolas de fogo por aí, algumas no cara da porta só pra ver a cara de bravo dele. É hilário.

   Depois do que pareceram horas ele chega com um sorriso naquela cara feia e falsa dele. Eu sorrio de volta com o maior sarcasmo que eu consigo.

   - Olá Mingi - Ele se senta na cadeira em minha frente e faz uma expressão de surpresa. Ela provavelmente está bem quente depois de eu ter tacado fogo nela algumas vezes.

   - Eai - Eu me encosto em meu próprio assento e cruzo os braços. - Pra que demorar tanto? Eu tava morrendo de tédio. - Ele ri e também se encosta.

   - Como sabe, você não é o único que eu tenho que supervisionar. - Concordo com a cabeça, mas permaneço do mesmo jeito. - Bom, vamos falar do seu passado? Como foi ter seu pai tentando te matar tantas vezes? - Ah, entendi. Ele quer tocar em algum ponto fraco.

   - No começo pode até ter sido ruim, mas só sou forte como agora por causa dessas tentativas. - Eu me desencostou da cadeira e apoio os cotovelos nos joelhos - É como dizer, o que não te mata te fortalece, não é?

   - É bom saber que você pensa assim - Ele sorri maliciosamente. Ele deve estar achando que eu concordaria com o que ele está fazendo com o San, isso é bom, assim ele não suspeita do plano.

   - Mas de qualquer forma, era um saco ter que comer só sopa por um tempo. - Me encosto novamente e observo enquanto ele dá um sinal para o homem da porta sair. O velho olha para mim novamente com um olhar desafiador. Eu sustento com a mesma intensidade.

   - Então você é totalmente grato ao seu pai?

   - Claro que não, mas um pouco sim. - Nesse momento a porta se abre o homem entra segurando uma cadeira e logo em seguida entraram mais dois, entre eles uma pessoa estava sendo carregada. Cara, isso não vai acabar bem.

   - Você já matou pessoas, não? - Ele se levanta e eu faço o mesmo olhando o mesmo com desconfiança. Aaah que vontade que eu tô de queimar esse cara agora mesmo. Por que eu não  faço isso. - Se eu fosse você, não tentaria fazer nada fora dos limites, tenho certeza de que você não é a prova de balas. - Ele diz e olha para minha mão direita que estava em chamas. Eu rapidamente a apago e dou de ombros.

   - Foi involuntário - Ele se vira novamente para frente e faço o mesmo olhando diretamente para aquele saco preto na cabeça do que parece ser um homem.

   O velho faz outro sinal com a cabeça e os dois homens se retiram enquanto o que sobrou saca uma arma. Cara, isso não é nada bom. Logo em seguida ele tira o saco da cabeça da pessoa e...

   - Fruta que caiu, velho? - Ele me olha apavorado não podendo falar nada com a mordaça na boca.

   - Deve ser bom reencontrar seu pai depois de tanto tempo. - Eu continuo encarando meu verdadeiro velho, ainda surpreso. - Bom, sua tarefa é simples. Ou você mata seu pai, ou você mata o homem que vai matar seu pai. - O homem vai para trás do velho e coloca a arma em sua cabeça, o mesmo fecha os olhos com força começando a chorar.

   - E se eu não fizer nada? - Dessa vez eu digo olhando para o falso velho

   - Nesse caso, os dois morrem. - Eu fico parado. Que tipo de treinamento é esse. Eu esperava algo mais legal. - Bom, - Ele olha para o relógio em seu pulso - Você tem um minuto a partir de... Agora. - Dito isso ele se vira e se afasta me deixando ali, encarando os dois.

   Eu começo a pensar em tudo o que aconteceu em minha infância. O calor se espalha pelo meu corpo, o fogo querendo ser liberado. Mas, como eu disse antes, se ele não tivesse feito nada daquilo, eu nem saberia que tenho essa habilidade, nem aprimoraria ela. Mas ele não estava querendo me ajudar, ele estava tentando me matar e me esconder do resto do mundo.

    - AAAISH, mas que saco - O homem coloca o dedo no gatilho e como por instinto familiar, o fogo sai de mim engolindo o homem armado. Os gritos chegam aos meus ouvidos e o fedor de carne queimada sobe. Depois de alguns segundos, eu sugo o fogo de volta. Só cinzas.

    - Isso foi muito bom, Mingi - Escuto o falso velho falando atrás de mim. Eu reviro os olhos e vou até o verdadeiro velho, o mesmo me encara com uma mistura de surpresa, espanto e arrependimento. Interessante. Vou para trás dele e começo a soltar a mordaça, mas então escuto um estouro e sinto algo respingar em mim. É sangue. Olho para frente e vejo o falso velho abaixando a arma. Ele acabou de matar o meu verdadeiro velho. Que filho da...

   - O que diabos você acabou de fazer??? - O fogo dentro de mim novamente começa a rugir dentro de mim. Eu não o seguro dessa vez. Meu corpo está em chamas.

   - Eu estou eliminando obstáculos. - Ele diz dando de ombros, indiferente.

   - Seu... - Antes que eu pudesse ataca-lo, aqueles pequenos chuveirinhos que ficam no teto são ativados, me encharcando e tornando minha habilidade inútil. Os dois homens de antes adentram a sala, sem minha habilidade não pude impedir que me segurassem e aplicassem algo em meu pescoço. E então, eu apaguei.

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