42 - Hora de Agir

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~Wooyoung On~

   Depois que vimos o marombinha lançando o nanico e o sentimental na direção do demônio, foi a vez da gente agir. O invisível soltou a mão do choquito e da tocha, ele continuou sumido, é mais seguro assim. Assim que visíveis, a atenção de San cai sobre eles e os mesmos tomam a frente lançando seus poderes para cima do demônio, formando uma onde de chamas e eletricidade.

   Como esperado, ok demônio se envolveu em uma cápsula negra, evitando ser atingido. Se tudo deu certo, o dois que foram lançados estão presos lá dentro, então, é a minha vez. Com as mãos faço um gesto como se segurasse uma pequena bola e concentro todo meu poder ali, formando um escudo em volta daquela força negra, fazendo com que fique presa ali.

   - Ae, sabichão, acha que vai funcionar? - O choquito me pergunta quase que debochando. Se eu não estivesse gastando quase todas as minhas forças naquela porcaria de bolota, eu responderia.

   - Tem que funcionar - O foguento responde, tentando não demonstrar o nervosismo, mas conhecendo ele, lá no fundo ele deve estar achando isso um máximo.

   - Bom, agora é torcer pro mais velho conseguir fazer a parte dele. - O choquito diz e se senta no chão. Vamos velhinho, você precisa conseguir... Mais algum tempo tentando segurar o demônio, eu me sinto quase completamente desgastado, minhas mão começam a tremer e minhas pernas ameaçam fraquejar.

   - Não não não - O fogo andante vem para trás de mim para me dar apoio. - Aguenta só mais um pouco, ele consegue. - Com a ajuda dele eu me sento para poupar a força que eu usaria para me manter de pé e, quando penso que iria por fim me desgastar de vez, aquele globo negro some e eu enfim posso parar minha habilidade. Quando levanto o olhar, tudo o que vejo é o San estirado no chão, apagado.

   - Olha só, não é que deu certo - O abajur se levanta e abre a mão ao lado que logo é pega pela mãozinha do menino invisível, que agora está visível, e junto eles se aproximam do garoto deitado. O fogaréu me ajuda a levantar enquanto o marombinha se aproxima de nós para também nos juntarmos aos outros.

   - Cara - O marombinha diz me pegando no colo como um bebê. É extremamente humilhante, mas não tenho forças nem para andar. - Isso foi muito maneiro - Ele diz com toda a empolgação do mundo.

   - Não foi?? - O fogaréu responde no mesmo tom. O que esses dois tem na cabeça?

   Chegamos junto deles e o mais novo me coloca sentado no chão, de forma que eu fique quase cara a cara com San. Assim, dormindo, ele parece tão vulnerável, que me pego com vontade de protege-lo mesmo ele podendo muito bem fazer isso sozinho. Alguns segundos depois, como uma pequena pulga, o nanico salta da cabeça de San e então cresce.

   - E então, como está nosso piolho infiltrado? - Ah pronto, agora o para raio quer roubar meu papel de fazer apelidos, era só o que faltava.

   - Bom, ele disse que está bem difícil contém o demônio, ele é muito forte, mas parece que ele vai conseguir. - Todos balançamos a cabeça concordando, ele então encolhe novamente e volta para a cabeça de San.

   - Certo - Eu reuno forças para falar. - Vamos voltar pro nosso pequeno acampamento, a gente precisa se recompor. - Todos suspiram e concordância e se levantam. Novamente, o fogaréu me ajuda e me dá apoio para andar. - Novinho, consegue levar ele? - O mais novo em resposta apenas pega San nos braços e começa a caminhar em direção aos sacos de dormir.

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~San On~

   Acordo sentindo uma dor de cabeça extremamente forte e consigo sentir a raiva do demônio. Lentamente, tudo o que aconteceu vem para minha mente e a sensação se terror e culpa me preenche completamente. Devagar eu abro os olhos e me deparo com todos os outros garotos. Mingi e Yunho estão com suas habilidade em mãos e os outros estão em posições defensivas. Eu me ajoelho, coloco as minhas mãos na minha frente e encosto minha testa na mesma região.

   - Me... perdoem... - Eu tento falar mas o choro vem me roubando as palavras fazendo com que só saíssem os soluços. Vejo que Seonghwa tenta dar um passo a frente, talvez para me acalmar, mas Hongjoong coloca a mão a frente o impedindo.

   - Cara, eu acho melhor você ter uma boa explicação pro que aconteceu, porque tá todo mundo bem... puto. - Jongho diz pegando olhares surpresos pra cima dele pelo uso de palavra. Eu me sento melhor e encaro todos eles até que enfim meu olhar cai sobre Wooyoung, deitado em um canto.

   - O que...

   - Ele só está descansando - Yunho responde antes que eu termine a pergunta. - O coitadinho não aguentou te segurar por tanto tempo e acabou se esgotando. - Ele diz com um ar de deboche.

   - Certo... Bom, explicação, anda. - Mingi diz estalando os dedos para me apressar enquanto se senta fazendo os outros fazerem o mesmo. Eu respiro fundo.

   - Foi o KQ quem me deixou daquele jeito, com raiva, fora de mim, e não é a primeira vez que ele faz isso. - Um silêncio tenso toma conta do local o que me faz sentir um certo arrepio. - Ultimamente ele tem mais controle sobre o demônio do que eu mesmo. Essa marcas - Eu digo afastando o cabelo para que eles tenham uma melhor visão das marcas de agulha em meu pescoço. - Elas são a lembrança de todas as vezes em que ele injetou aquele líquido verde em mim, me fazendo perder o controle do meu corpo, deixando o demônio assumir o controle, e ele me usou como arma.

   - Como assim arma? - Yeosang pergunta com a voz trêmula, encolhido nos braços de Yunho. Pra falar a verdade, eu só vi ele agora.

   - Ele colocava o demônio para fora e fazia com que ele desse um fim em diversas pessoas. Isso é outra coisa que descobri lá dentro, não somos os mocinhos aqui, somos os vilões, ou melhor, ELE nos fez os vilões. - Todos me encaram perplexos.

   - O diamante... - Hongjoong começa mas não c oknsegue terminar.

   - Vocês roubaram. E todo dia eu escuto ele dizer os tais "planos" que tem para vocês, e os que ele tem para mim... - Novamente aquele silêncio tenso toma conta.

   - Bom, acho que agora está mais do que claro. - A voz faz com que a gente se vire e demos de cara com um Wooyoung furioso.

   - Acordou, bela adormecida? - Yunho provoca, mas Wooyoung apenas levanta e cruza os braços encarando todos.

   - Está mais do que na hora de por um fim nisso. - Sinto o nervosismo e a ansiedade crescendo em mim com o modo como fala, e percebo que eu não sou o único a se sentir assim. - Bom, garotos, é hora de agir.

KQ Academy • Temporada 1Onde histórias criam vida. Descubra agora