15 - Demonstração (San)

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~Wooyoung On~

   Ainda estão chocados com minha habilidade. Claro que estão. Com certeza eu sou o mais poderoso daqui. Essa ralé não chega nem aos meu pés.

   Também não estou acreditando que o do fogaréu com cara de sapo tentou falar comigo. Quando esses idiotas vão entender que estou acima deles? A Judite bem que podia estar aqui para brigar com eles por mim.

   - Está pronto, pequeno? - O cara que diz ser nosso novo pai está olhando pro menino perdido ali na frente com um tanto a mais de carinho que olhou para mim e todos os outros. I que esse moleque tem de especial para ganhar mais atenção do que eu? Mereço.

   - Eu sou Choi San... - ele parece nervoso, olha de um lado para o outro sem parar e fica esfregando as mãos. Que menino esquisito. Certeza que a formiga levando uma folha passando na minha frente merece mais minha atenção do que ele. - Eu tenho 11 anos, e não sei direito qual é a minha habilidade.

   Tudo bem, confesso que estou sim prestando atenção no que ele está falando. Se ele não sabe qual é a própria habilidade, o que ele está fazendo aqui?

   - Tudo bem, San. Você pode somente descrever sua habilidade para nós? - Voltei a olhar para ele, e o mesmo estava com um olhar assustado, estava com medo. O menino sentimental deve ter notado também, pois se levantou. Exibido.

   - Eu estou bem. Não precisa se preocupar, pode se sentar - Ele disse olhando profundamente nos olhos do mais velho, acho que foi aí que a habilidade funcionou, porque San ficou notavelmente mais relaxado. - Bem, tem algo dentro de mim. Eu não sei controlar, não sei quando ele vai tomar o controle, só sei que ele me protege.

   - O que quer dizer com ele, San? - o homem que me trouxe para esse buraco do inferno parecia preocupado.

   - O monstro aqui dentro - Ele colocou a não no próprio peito - O demônio.

   Um silêncio tenso caiu entre todos ali, eu mesmo estou tenso. Se tiver mesmo um demônio dentro dele, ele vai ser mais perigoso que qualquer um. Atenção a palavra que eu usei, ele é o mais PERIGOSO, eu ainda sou o mais PODEROSO.

   - Você disse que ele te protege, certo? - San concordou de leve com a cabeça - Tem como nos mostrar?

   - Tentem atirar alguma coisa em mim, qualquer coisa. Eu só não tenho certeza se ele vai querer sair...

   Preocupado. É, estou preocupado. Preocupado porque esse menininho pode me matar se o demônio dentro dele sair. Merda. Eu sou perfeito demais para morrer hoje.

   - Certo. Wooyoung, você faz isso.

   - Que? O que? Eu? Por que eu? - me exaltei, eu sei, estou ciente disso, como também estou ciente das risadinhas que os outros garotos deram. Quem eles pensam que são pra rirem da MINHA cara?

   - Você não precisa chegar perto dele para atingi-lo - Eu sei que você tá segurando o riso seu adulto bocó.

   - Mas o meu também não precisa - O exibido que teve a audácia de me dar um choque se levantou.

   - O meu também não. - O cara de sapo que levantou dessa vez.

   - Tudo bem, então qual dos dois...

   - Tá, tá, tá - interrompi mesmo - Tudo bem, eu faço isso. - Eles não vão roubar meu papel nesse lugar mas nem a pau. - O que devo fazer então? Arremessar um banco nele.

   - Pode ser - O menino assustando quem respondeu. Tinha até esquecido o que eu tinha que fazer. Não quero que de errado e ele se machuque... Pera. Wooyoung, tenha controle sobre seus pensamentos menino. Isso lá é hora de se preocupar com alguém.

   - Certo - O homem quem falou, observando bem e parecendo bem tenso - Pode fazer.

  Então minha visão ficou mais clara, meus olhos estão mudando, fazendo com que eu veja 360°, consigo ver tudo o que posso levitar mesmo se estiver atrás de mim. Eu poderia me gabar disso com eles também, até porque isso me torna muito mais forte, mas vou deixar essa passar, com o tempo eles descobrem. O banquinho específico que eu quero jogar nele está em um roxo bem forte, então levantei ele e joguei na direção de San, fechando os olhos, esperando o som que sairia quanto o banco encontrasse o rosto do menino demônio.

   Mas não foi isso que aconteceu. Quando abri os olhos pude ver a razão pela qual todos prenderam a respiração por um momento. San estava encolhido, com certeza com medo de que aquele banquinho o atingisse. Mas o que deixou todos nervosos foi aquela parede do que parecia  ser a própria escuridão. Não tinha como saber do que era feita, era só isso, escuridão. E ela fez o banquinho sumir, ele simplesmente desapareceu.

   Enquanto encarava aquela cena, não percebi a parede negra se virando na minha direção. Não percebi quando o olhar daquele menino passou de aterrorizado para uma sede de sangue e ele cerrou os punhos. Percebi quase tarde demais o banco voando em minha direção. Me protegi quase tarde demais.

   - Seonghwa, por.... - Mas o homem não precisou terminar de dar a ordem. O menino sentimental aproveitou quando San se concentrou em me atacar e correu para tocar seu ombro. Assim que feito isso, a parede sumiu e o garoto caiu de joelho chorando.

   - Me d-desculpem... - Ele não parava de chorar. Por que aquele menino não acalma ele de vez?

   - Deixe ele por para fora, Seong. - o homem disse se levantando. Estou sim com raiva por ele simplesmente deixar o menino chorar. - Está tudo bem, San. Pode voltar para o seu lugar e se acalme, está bem? - o garoto assentiu e voltou para seu lugar. Como se automático, assim que ele se sentou, eu me afastei um pouco. O modo como ele me olhou, com puro desespero e tristeza me tocou. Mas já fiz a merda, já foi. Ele abraçou os joelhos e enterrou a cara neles. Segurei o impulso de querer fazer carinho nele. - Tudo bem meninos, já passou. Podemos ir para o ultimo? Jongho, é com você.

   

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