8 - Choi Jongho

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~Jongho On~

   Acordei amarrado. De novo. Quando essas pessoas vão entender que não adianta tentar me amarrar? Tento quebrar as cordas que me prendem, mas.... como assim eu não tô conseguindo?

   - Olha, criança, com a habilidade que você tem, eu tinha que me prevenir não acha? - Levanto a cabeça assustado e me deparo com um homem mascarado com a voz modificada. Isso é o que? Um tipo de laboratório?

   - O que você fez com a minha força? - Ele splta uma pequena risada cansada, como se já tivesse passado muitas vezes por isso e não aguentasse mais.

   - Primeiro eu faço as perguntas, tá bom? - fecho a cara pra ele, mas se ele conseguiu tirar minha habilidade de mim, não duvido que consiga me fazer obedecer. - Vou levar seu silêncio e essa careta como um ok. Pois bem, qual o seu nome?

   - Jongho, Choi Jongho - respondo rápido. Estranho.

   - Certo, e quantos anos você tem?

   - Tenho 10 anos - Ele pareceu ficar surpreso por um momento, mas se recompôs.

   - Tá bom. - ele escreveu em uma prancheta balançando a cabeça em negação. O que isso significa? - Uma informação que você precisa saber é que, não importa o quanto você tente, você não vai conseguir arrebentar as cordas. Em volta de seu pescoço tem uma coleira que te impede de usar suas habilidades - só depois que ele falou que eu fui sentir aquele incômodo em meu pescoço. - Agora, me conta o que aconteceu.

  ~Flashback On~

    Para falar a verdade, minha vida foi bem normal, independente da minha habilidade. Nunca cheguei a perder o controle ou algo assim. Na verdade, eu ajudava meus pais usando a força que eu tenho.

   Eu ia normalmente pra escola, tinha aqueles que tinha medo de mim, mas também aqueles que eram meus amigos de verdade, eu acho que eram pelo menos.

   Mas como toda escola normal, tinha aquele grupo de moleques idiotas que implicava com todo mundo, inclusive comigo. Mas eu não batia neles, se eu nasci com isso, não deveria usar pra essas coisa, não é? Meus pais também pensavam assim, e tinham orgulho de mim por isso.

   O problema, é que todo mundo tem um limite.

   Eu tive o meu.

   Uma vez que eles foram me bater, eles pegaram pesado comigo, eu estava sangrando, cheio de dor, então eu tive que me defender.

   Acertei um soco em um que bateu na parede e a quebrou.... e ele morreu. Sua cabeça começou a sangrar na parte de trás da cabeça. Os outros assustados, saíram correndo.

   Eu fiquei horrorizado e não queria decepcionar meus pais, então eu fugi. Mas fui pego por alguém que me noucateou....

   ~Flashback Off~

   - E acordei aqui. - senti que voz estava baixa demais, mas não me importo. Não é segredo que ainda estou horrorizado com o que eu fiz.

   - Bem, está tudo bem agora. Você pode me chamar de pai se quiser. Eu e seus novos "irmãos" vamos te ajudar a ficar mais forte e a superar o ocorrido.

   - Irmãos? - então eu não estou sozinho. Isso é bom.

   - Podemos dizer que sim. Vamos, vou te apresentar a eles. - ele se levantou e veio me desamarrar, mas não tirou a coleira. Entendo o lado dele.

   Saímos da pequena sala e seguimos por um corredor cinza, com 6 portas sem contar a última que foi onde entremos.

   E lá estavam sete meninos, cada um em um canto. O homem mascarado me mostrou onde eu deveria me sentar, na última cadeira da fileira horizontal em que estavam organizadas, ao lado de um garoto que ainda estava amarrado. Que estranho.

   - Muito bem, agora que todos estão aqui, devo me apresentar de verdade. - Ele retirou a máscara e arrumou o cabelo. Ele não era tão velho, mas também não era novo. Ele tinha uma expressão suave e podia ser considerado bonito. A voz que saiu sem aquela máscara era com certeza bondosa e cativante. Mas algo me diz que ele é mais exigente do que aparenta. - Eu sou KQ, ou como eu disse para cada um de vocês, podem me chamar de pai se quiserem. E essa - ele abriu um meio sorriso - é a KQ Academy.


  

KQ Academy • Temporada 1Onde histórias criam vida. Descubra agora