~Mingi On~
Depois da nossa conversa, eu e o Jongho fomos direto para o quarto do Wooyoung. Quando saímos para o corredor, meu olhar foi direto para o quarto do velho e pensei ter visto a porta ser fechada naquele exato momento.
Chegando no quarto batemos na porta e esperamos ele atender a porta ou que ela se abrisse sozinha pra gente entrar, mas nada aconteceu. Estranho... Jongho bateu novamente na porta.
- Ei, mesquinho, abre a porta. - A porta nem se mexeu. - Wooyoung eu...
- Shhhh - Eu falo colocando o dedo na boca dele. - Acho que eu ouvi um resmungo... - Eu coloco a lateral do meu rosto na porta para tentar ouvir. Jongho faz o mesmo mas com o rosto virado para mim deixando nossos rostos muito próximos.
- O que você tá fazendo?
- Ouvindo, ué. - Ele balança a cabeça.
- Mas tá ouvindo o que? - Eu suspiro.
- Alguma coisa. - Ele novamente balança a cabeça concordando. Eu olho ele de cima abaixo. - Você é muito nanico. - Ele finge estar irritado se desencostando da porta e me dá um leve chute na canela, mas, como é de se esperar, doeu mesmo assim.
- ei seus dois idiotas, vocês querem parar com essa gayzisse aí fora e me ajudar??? - Eu tenho um pequeno sobressalto fazendo o Jongho também ter um pequeno sobressalto.
- O que foi? - Ele me olha meio ofegante.
- Eu ouvi - Digo colando meu rosto na porta novamente.
- Ouviu o que? - Ele me pergunta confuso.
- Alguma coisa - Ele então também gruda seu rosto na porta. Novamente, o rosto dele está perto demais... - Wooyoung?
- Quem mais seria foguento? - Por um breve momento, muito breve, eu fico aliviado de ele estar bem.
- Por que não abre a porta? - Foi Jongho quem perguntou parecendo também estar em dúvida quanto aos sentimentos.
- Obviamente é porque tem algo errado, não acha marombinha? - Jongho revira os olhos e suspira. Ele me encara esperando que eu faça algo. Eu coloco meu indicador na testa dele e o afasto para poder olhar pela entrada da chave.
Eu olho pelo buraquinho e me deparo com um Wooyoung notavelmente irritado e... preso. Ele tem correntes nos pulsos e está usando uma daquelas coleiras que tira os poderes. Por isso que ele não abriu a porta... Eu me afasto da porta e suspiro enquanto Jongho verifica ele mesmo a situação lá dentro.
- Ele tá preso...
- Tem como ser mais óbvio? - A vontade de socar a cara dele voltou mais cedo do que eu esperava.
- Eu posso tentar derreter a fechadura...
- Você pode acabar fundindo a fechadura no fecho e a porta vai ficar ainda mais trancada seu imbecil. - Eu bufo e cruzo os braços enquanto vejo a engrenagens na cabeça do Jongho funcionando.
- Eu vou arrombar a porta - Ele diz já levantando o punho.
- NÃO FAZ ISSO INFELIZ - Jongho impede a própria mão pouco antes de ela acertar a porta e encara a mesma irritado. - Se você fizer isso o homem vai vir aqui com o barulho e só vai dar mais problema.
Nós dois aqui fora começamos a andar pra um lado e para o outro pensando.
- A gente precisa entrar lá de alguma forma...
- Talvez não a gente, mas alguém...
- Alguém que passe pelo vão da porta...
A gente para na frente um do outro e sorri. Sei que ele tá pensando no mesmo que eu, telepatia top. Então damos meia volta.
~Wooyoung On~
Depois de um tempo ouvindo aqueles bocós andando pra lá e pra cá e som de repente para e então recomeça mas se afastando.
- Ei! EI! VOCÊS NÃO PODEM ME DEIXAR AQUI!! - Sem receber nenhuma resposta eu me jogo de costas na cama de novo com um grande sentimento de abandono.
Depois de um tempo ali largado, eu escuto passos lá fora novamente, mas não me animo tanto, deve ser o homem tirar uma com a minha cara novamente.
- Eu posso te ajudar de alguma forma? - Eu levanto rapidamente fazendo a corrente fazer força nos meus pulsos me causando uma certa dor, mas é substituída por um certo alívio quando vejo o garoto que encolhe ali parado. Ele parece péssimo, as olheiras estão profundas mostrando que ele chorou muito. Aquele homem ainda vai pagar caro... - O Mingi e o Jongho me trouxeram aqui para ver o que eu posso fazer já que eu posso passar pela porta...
- Você... poderia me trazer um pouco de comida? - Ele concorda com a cabeça e dá meia volta. - AH! - Ele se vira de novo. - Pode me trazer um pouco de água também? - Ele novamente concorda e se vira. - AH! - Ele suspira e se vira novamente. - Pode trazer algo pra eu fazer xixi? - Ele por um momento pareceu surpreso mas concorda.
- Mais alguma coisa? - Eu começo a fazer que não mas paro. Eu respiro fundo antes de falar.
- Obrigada, por me ajudar e... agradece aqueles dois bocós lá fora também. - Uma sombra de sorriso passa por seus labios mas rapidamente passa. Ele se vira, encolhe e sai.
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KQ Academy • Temporada 1
ParanormalOito diferentes crianças Oito diferentes habilidades Oito diferentes traumas Mas sempre o mesmo treinamento O mesmo destino E o mesmo pai