|| DEZESSETE - MARY TEM UM SOBRINHO? - MILEY

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Como se fôssemos uma corrente inquebrável, guio os pequenos enérgicos pela calçada do abrigo. Hope usa um vestido azul e sandálias douradas e parece diferente usando óculos de grau, o que destaca ainda mais seus olhos bicolores e enormes em seu rosto redondo. Luke usa um macacão vermelho e botinas pretas, os cabelos ruivos apontando para todas as direções enquanto saltita ao meu lado. Helena também usa um vestido mas o dela é na cor amarela e all stars brancos com glitter vestem seus pequenos pés. Um enorme saco está pendurado em minhas costas e eles também carregam seus pacotes.

Eles andam como se fossem adultos. Tão bonitos enquanto vão em direção ao abrigo para doar os brinquedos em ótimo estado mas que não usam mais. Outras crianças serão beneficiadas por suas ações feitas com seus corações abertos.

- Tio?

- Hum?

- Vai demorar muito para Ben nascer? - pensei por um momento, tentando encontrar uma resposta para sua pergunta. Hope me observava através dos óculos de grau. Ela fica fofa com eles.

Me lembro de James me ligar as três da manhã, em completo desespero dizendo que Rose tinha entrado em trabalho de parto e que já amaldiçoava a população masculina a cada contração que quase a rasgava ao meio. Palavras dela que foram gritadas no fundo da ligação. Sendo contagiado por sua urgência, me levantei em um pulo, logo encontro o chão duro do meu quarto. Me esquecendo de pegar minhas muletas que ficam ao lado de minha cama. Ainda com as cobertas enroscadas em minha perna, eu disse para James que se quisesse estaria lá com eles.

Ele negou suavemente, e me informou ter me ligado apenas para que o som de minha voz o acalmasse. Me senti no topo do mundo, as três da manhã e caído no chão. Me fez sentir útil o fato de minha voz lhe dar um pouco de conforto.

Um puxão em minha camisa me fez olhar novamente para a pequena. Helena cantarolava uma música qualquer.

- Tio?

- Olha, os bebês nascem na hora que querem. Não sei quando Ben vai nascer mas acredito estar bem perto.

- Eu quero segura - lo. - quase dá pulinhos em seu lugar. - Vestir roupinhas nele. Mamãe me ajudou a escolher uma bem bonita para ele.

- Tenho certeza de que ele vai amar! - pisco - lhe um olho.

- Eu pedi um irmãzinho para mamãe.

- Oh, pediu? - indago curioso. Querendo ter visto a reação de Jenah. Ela está subindo com excelência em sua carreira e algumas vezes disse não pretender ter outro filho agora e que seu idoso estava bem com isso. - O que ela disse?

- Que não é o momento! - bufa como se fosse um crime lhe negar um irmão ou uma irmã.

- Sua mamãe sabe o tempo certo das coisas. Quando ela estiver segura para ter outro filho, terá. - suas sobrancelhas loiras se juntam em confusão.

- Mas eu vou proteger ela.

- Eu digo quando ela tiver certeza Hope! - dou risada de sua confusão. As vezes ela interpreta o significado das palavras literalmente. É engraçado.

- Hum...

- Enquanto sua mamãe não tem outro bebê, teremos o Ben para mimar o quanto pudermos, olha que legal!

- Não vou poder leva - lo para casa!

- Não, não vai! Ele tem uma mamãe e uma casa.

- Olha que coincidência! - olho para frente e quase tropeço em Mary.

Ela sorri brilhantemente, os cabelos que costumo sempre ver presos em um coque alto e perfeito, estão soltos e balançam conforme o vento sopra através deles. O rosto maquiado somado as roupas formais mas bonitas a deixam deslumbrante.

VOLTA PARA MIM? [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora