Não escondo meu desagrado em vê - lo muito sorridente, vestindo roupas casuais, sorriso que fez muitas enfermeiras suspirarem felizes demais da vida e sua atitude de "Eu sou o cara!". Solto um grunhido quando balança no ar uma folha retangular branca.
Cruzo meus braços sentado na cama. Olho para trás dele e ainda tenho esperanças de que meu noivo passe pela porta sorrindo para mim e diga que isso é algum tipo de piada. Algum tipo de presente grego pelo meu aniversário que foi há alguns dias. Que não terei de ir embora com seu ex amigo colorido e que por algum motivo muito forte meus amigos não vieram me ver. Não tenho nada contra o cara aqui na minha frente.
Muito pelo contrário, James me contou como ajudou nas investigações sobre a vida de Mary. Que ela tinha a casa toda cheia com imagens, vídeos e peças de roupas minhas. Roupas essas que nunca vim a sentir falta, tamanha minha pouca atenção. Ela entrou na minha casa sem o meu consentimento sem ao menos eu saber. Quase coloquei meu almoço para fora quando disse que até o mesmo perfume que uso ela tinha no seu quarto. Enquanto eu ouvia o relato, eu me perguntava como uma pessoa poderia nos enganar ao nos mostrar uma fachada totalmente diferente.
Que muitas vezes, nós realmente não conhecemos as pessoas como elas são. É como assistir a uma peça de teatro achando estar vivenciando a vida real mas as cortinas caem e você vê que não passa de um ato. Um ato que ela representou de forma excelente. Quando discutimos e fiquei sabendo que ela me seguia, eu realmente não tinha noção da extensão de sua obsessão por mim. O que me deixa aterrorizado é que eu não fui o primeiro a quase ter a vida destruída por ela. Tiveram outros dois que também foram aterrorizados por ela. Deus, ela conseguiu se safar nas outras cidades e simplesmente pegou a identidade se outras pessoa, vivendo entre crianças principalmente como se não tivesse feito nada.
Aperto minhas mãos em punhos. Porcaria, não me lembro de nada. Até a tarde de ontem achava que o jogo que Hope iria participar ainda estava para acontecer. Mas aquela mulher conseguiu manchar de um vermelho sangue vivo e quase morte o melhor dia da vida da minha princesa de olhos bicolores. Para ficar tranquilo quanto ao seu estado, fiz uma vídeo chamada com ela. Que as vezes não conseguia segurar o celular corretamente e me deixava vendo sobre seus cabelos revoltos. Jenah teve que ajuda - la em muitos momentos. Uma das minhas meninas estava feliz e meu coração agradecia por isso.
- O que foi loiro abusado? Está sentindo dor?
- Não! - dou de ombros. - Onde está meu noivo?
- Em casa! - me olha nos olhos.
- Por que ele não veio me buscar? Afinal de contas, onde está o restante da minha família? - tento soar calmo, mas por dentro estou quase estourando.
- Eles estão ocupados! - joga simplesmente. Bufo tentando não agir como uma criança birrenta.
- Você quem vai me levar para casa?
- Sim! Não é incrível? - sarcasmo escorre por suas palavras.
- Posso ir para casa sozinho!
- É mesmo? Se carinho estivesse aqui, iria com ele. Tenho certeza! - sem me conter, jogo um travesseiro contra ele. Que o segura com rapidez e um estúpido sorriso em seus lábios.
- Vá se foder cara! - esfrego meu rosto. - Eu só queria ver meu noivo, não essa sua cara ridícula!
- Olha, seu noivo amava minha cara ridícula! - gargalha como se tivesse contado uma piada muito extraordinária.
- Que seja! - digo não querendo me lembrar o quão íntimos eles foram. James diz que ele continua sendo seu amigo, mas isso não impede o ciúme que escondo muito bem dele, me comer vivo por dentro. - Quero ir para casa!
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VOLTA PARA MIM? [COMPLETO]
RomancePlágio é crime! Capa By: Stephanie Santos Viver de aparências sempre foi uma lei na vida de Miley Sanders, parte disso é culpa da mãe e a outra, de sua covardia para assumir quem é. Covardia essa que o afastou do único que poderia fazê-lo feliz e qu...