|| VINTE - EU TE AMO JAMES! - JAMES

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A partir do momento que senti sua mão pousar sobre a minha, quente, grande e calosa, em público, no meio de um estabelecimento abarrotado de pessoas. Eu soube que a última barreira que coloquei entre nós desde seu retorno para minha vida, havia sido derrubada pelo seu olhar sincero.

Bem ali, constatei que o homem que sempre amei, mas que não confiava mais, realmente estava firme em sua decisão de ser ele mesmo para as pessoas ao redor. Para a sociedade onde vivemos. O caminho nunca seria fácil. Haverá o preconceito velado ou latente contra ele. Contra mim e contra nós. É normal o ser humano julgar ou repudiar aquilo que não entende.

Acima de ter minha ainda frágil confiança reestabelecida, eu estava muito orgulhoso dele. Que decidiu por ele acima de tudo. Ele está desabrochando finalmente para a vida que ele merece. Vivendo o amor em todas as suas formas, seja comigo ou se as coisas entre nós não darem certo, com outra pessoa. Ainda que a ideia de pensar nele com outro ou outra, me cause repulsa.

Dejeso acima de tudo que ele seja feliz. Ele merece.

Olho para o lado rapidamente, vendo - o pressionar um lenço contra a área lesionada. Não está sangrando tanto quanto estava momentos depois de sua briga. Estremeço só de pensar no que poderia ter acontecido se aquele outro homem não tivesse interrompido a sessão de luta de Miley. O homem é a impulsividade em pessoa. Não tem uma gama de obediência em seu corpo másculo.

Corpo esse que penso em lamber todinho.

Me movo um pouco desconfortável em meu lugar, apertando o volante com força. Tem semanas que não transo, meu tesão  está nas alturas, ainda que o homem em quem pretendo montar loucamente esteja meio batido.

- Algum problema? - sua voz soa por sobre a música baixa que toca pelo carro. Mesmo sem ver seu rosto, sei que o maldito está sorrindo, tendo total noção do que está acontecendo comigo.

- Não.

- Tem certeza? - sua mão aperta levemente meu joelho. Pulo no lugar.

- Homem, eu estou dirigindo!

- O que é que tem? Já fizemos isso, mas na época fui eu quem gozou na sua boca bonita. - dou uma risadinha ao mesmo tempo tentando me recompor.

- Sim e quase causamos um acidente.

- Você gostou.

- Eu adorei! Mas estamos perto da sua casa, não tenha ideias. - pontuo o mais firmemente possível. Pois eu realmente preciso de sua boca em mim. Não agora no entanto.

Quando sai de casa hoje cedo, não achei que hoje seria o momento que eu finalmente me entregaria a ele novamente. Na verdade, nunca pensei que chegaria a dar esse passo novamente. Me machuquei tanto no passado, que para mim era impossível que houvesse algo entre mim e ele novamente. Como eu estava errado. Tanto que nesse instante, estou indo para sua casa. Claro que primeiro vou limpar seu machucado e depois...

Estaciono em frente a sua casa. A casa só tem a lâmpada da varanda ligada. A vizinhança onde mora é bem bonita e seus vizinhos parecem todos muito inclinados a ficar dentro de casa. O lugar é o total oposto do apartamento onde ele morou por tantos anos. Que era muito uniforme e frio.

- Olha, se quiser podemos ir para sua casa. - diz seriamente. Engulo em seco, acenando levemente. Pois sei que se eu quiser realmente ele me levaria para casa. Seu sorriso sacana é o que denuncia suas próximas palavras, na certa para aliviar o clima. - Vou te dar banho e te colocar para dormir. O que acha?

- Que você é um palhaço! É isso! - ofegando dramaticamente, se joga no banco ao meu lado.

- Oh Deus! Você matou ele!

VOLTA PARA MIM? [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora