Mais uma vez estou em um hospital.
Tudo aconteceu tão rápido. Em um momento meu noivo sorria para nós iluminando tudo ao redor com sua fala fácil e alegre. No outro, vi bem diante dos meus olhos uma marca vermelha surgir bem no centro do seu peito, ele arfar em surpresa e então cair como se seu peso fosse demais para suas pernas aguentarem.
No caminho do parque até aqui, a cena se repetia na minha mente turbulenta vez ou outra como um filme ruim mas que eu era obrigado a assistir. Enquanto os paramédicos trabalhavam nele que desde que caiu no chão e fitou o céu por alguns segundos, não abriu mais os seus tão lindos olhos, eu chorava baixinho sentindo a textura do seu sangue em minhas mãos e peito. Ele era quente contra minha pele repentinamente fria de pânico.
Rose assumiu a responsabilidade de ficar com as crianças para que o restante de nossos amigos pudessem vir para o hospital. Eu estava tão aéreo que nem ao menos me despedi dos meus bebês. Hope a coitadinha tremia nos braços de seu pai, que não foi capaz de acalma - la o suficiente. Então Marcel a levou nos braços grandes e que pareciam tão acolhedores naquele momento e a consolou. Por um momento eu desejei ser ela. Uma criança assustada que tinha braços prontos para os quais eu poderia correr naquele instante.
Na ambulância, eu ainda estava um pouco fora de mim. Ver o homem que você ama, aquele que tem sempre um sorriso completo e contagiante em seu bonito rosto para alegrar seu dia, ferido e coberto de tanto sangue que você pensa que talvez ele realmente não vá abrir os olhos, de repente parar de respirar bem diante de você, é algo que não consigo expor em palavras exatas. É como morrer junto com ele. Nossas mãos estavam ligadas e subitamente seus dedos não tem mais força o suficiente para se ligar aos meus. Eu queria sacudi - lo, enche - lo com minha força, minha vida ou mais do meu amor para que ele aguentasse até chegarmos ao hospital mas não pude.
Os paramédicos começaram com as técnicas de ressuscitação. A cada choque que ele recebeu e não havia indícios de que iria acordar para mim, para nossa família e para a vida, eu morria um pouquinho mais.
"Sem pulso!"
Essa frase foi repetida em tantas vezes dentro daquele veículo opressor e cheirando ao sangue do meu amor, que passei a odia - las com tudo de mim. Eu tinha que ter raiva de alguma coisa ou alguém e aquelas malditas palavras eram meu alvo naquele momento. Eu só queria voltar para hoje de manhã, quando ele dava voltinhas diante do espelho todo fantasiado para torcer pelo primeiro jogo da sobrinha. Quando iria se se arriscar a tomar outro banho com nosso bebê que adora uma água ou ouvi - lo chamando nosso garoto de filho pela primeira vez e não parecer nenhum pouco culpado. Era algo que me confessou ter vontade de fazer tem muito tempo.
Um suave roçar de um toque gentil e quente me arranca de meus pensamentos. Mas a imagem congelada dele sorrindo na mesa ao tomar café da manhã não me abandona.
Ajoelhada diante de mim, minha ruiva tem os olhos verdes e vermelhos pequenos por causa do choro. Os cabelos estão uma desordem total mas ela parece não se importar. Envolvendo suas mãos nas minhas, me arrepio ao senti - las frias, percebo também que as minhas estão vermelhas. Caio em um choro compulsivo novamente mas agora parece muito real. Eu tenho e sinto o sangue dele em mim.
Com paciência e novas lágrimas que escorrem por seu belo rosto, tenta secar com seus dedos as minhas. Eu quero ser forte mas não consigo.
- Amor, o que acha de ir em casa trocar de roupa? As suas estão...
- Tem sangue dele eu sei. - abro e dedo minhas mãos. - Acredita que eu sinto o sangue ainda quente nelas? - murmuro mais para mim mesmo mas acerto - a como um tapa. Ela engasga. - Desculpa.
- Não se desculpe....- funga. - Ai eu não consigo fazer isso. Jenah!
Logo um par de braços muito conhecidos por mim me envolve. A quentura e sua vida do abraço me derrubam de vez. Só me deixo levar pelo conforto e abraço que desejei desde que tudo começou. Esse inferno de dia.
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VOLTA PARA MIM? [COMPLETO]
Любовные романыPlágio é crime! Capa By: Stephanie Santos Viver de aparências sempre foi uma lei na vida de Miley Sanders, parte disso é culpa da mãe e a outra, de sua covardia para assumir quem é. Covardia essa que o afastou do único que poderia fazê-lo feliz e qu...