um morro diferente

Capítulo 49

#CAPITULO NÃO REVISADO.

@CAPÍTULO GRANDE MEUS AMORES..

 #Mel narrando

Quando acordei , sentia uma dormência no meu ombro, abri os olhos de vagar e percebi que eu estava em uma cama de um hospital. Olhei pro lado e vi alguém de costa pra mim olhando pra uma janela..

-Oi, quem é você? Eu perguntei pro homem ainda de costa pra mim.

-Oi , eu me chamo Valdir, sou seu pai.

... juro que eu pensei que estivesse morrido e tinha encontrado meu pai no céu, e perguntei logo pela minha mãe.

Ele disse que estava bem, que assim que eu tivesse alta, ele me levaria ate ela..

Então confiante que eu tinha morrido, apenas sorrir.

De repente entra no quarto um André desesperado, sem olhar pro lado, vem ate mim e fala o sobre o estado do Th, disse que precisava do mesmo tipo do meu sangue.

Quando meu pai falou que eu não podia doar sangue naquelas condições, André se virou pra olhar e quase desmaiou, ficou pálido,e esbugalhou os olhos..

- Se.. Seu Valdir! André falou gaguejando.

-Oi cara pálida.

... Meu pai foi ate o André e o abraçou forte

Então eu tive certeza de que não estava morta. Me levantei da cama já querendo ir embora, mas estava com uma bata do hospital, meu pai veio atrás de mim e me levou de novo pra cama, disse que eu tinha que esperar o médico.

Quando ele acaba de falar entra no quarto um médico .

-Melissa Nunes?

- sim , sou eu.

- Pra sua sorte a bala passou de raspão fez apenas um arranhado no seu ombro, acredito que, o que te fez desmaiar tenha sido o cansaço.

Esta liberada, só precisa fazer curativo uma vez no dia durante uns três dias.

- doutor, eu posso doar sangue?

- Sim , desde que não tenha contraído nenhuma doença, ou que esteja com uma anemia, ou grávida, sim, pode.

Mas quando está pensando em fazer isso?

- Ah... agora mesmo, doutor.

-olha, não acho uma boa ideia, eu te aconselho a descansar por hoje, irá sentir um pouco de dor no ombro, te prescrevi um medicamento.

Se cuide Melissa.

... o Médico saiu da sala, eu desci da cama peguei minha roupa que estava notoriamente suja e fui pro banheiro , sai de lá e disse pro André que íamos ate o th pra eu doar sangue pra ele.

André disse que ele estava no mesmo hospital só que no andar de cima, e que não estava recebendo visitas.

Meu pai vinha falando que não era bom eu fazer isso agora, e que não me preocupasse com o Th porque ele já estava fora de perigo. Mas nem ligava pro que ele dizia. Chegamos na enfermaria que o th estava, e falamos com alguém , a moça disse que ia chamar a médica que estava cuidando dele, não demorou muito a médica chegou e falamos sobre a doação de sangue, e ela disse que ele já tinha recebido a quantidade que precisava.

Agora estava em observação pra ver como iria reagir.

Perguntei quem tinha feito a doação, ela disse que estava na papeleta dele, entrou na sala e depois voltou com uma prancheta na mão, então quando ela leu o nome quase não acredito.

Gabrielle Nunes Karte , foi essa pessoa que doou o sangue para o rapaz, fizemos o teste e estava tudo bem com ela e então agilizamos.

... Não pode ser minha mãe, ela é Nunes da Silva, mas eu já escutei esse sobre nome antes..

- O senhor casou com a mãe da mel seu Valdir? André falou e me tirou do transe.

-Sim, depois que acharam que nó estávamos mortos, preferimos deixar a poeira abaixar, passamos uns anos escondidos e depois saímos do estado , casamos e então fizemos de tudo pra termos noticias de vocês, depois que escutei isso, não consegui escutar mais nada, como a minha mãe foi capaz de me esconder que estava viva e esse homem como ousa a dizer que sou sua filha ! eu nem o conheço, nunca nem o vi, fui saindo em direção a porta do hospital tonta com tudo o que tinha escutado, as lagrimas iam caindo e eu apenas andando , senti quando alguém segurou minha mão e disse que era pra eu entrar no carro, disse que precisa ficar sozinha e pensar.

André disse pro meu pai ir que ele ia ficar comigo, e então o meu pai entrou no carro e foi.. eu parei e olhei pro Andre , ele apenas me abraçou e então eu desabei...

# Valdir narrando

Assim que chegamos no bairro onde fica o meu morro, escutamos boatos de que o nosso morro tinha sido invadido, deixei a Gaby em uma pousada e segui pro morro, mas quando cheguei lá tinhas uns moleques entrando em uns carros e eu perguntei pra onde estavam indo , não me responderam, então peguei minha arma e dei um tiro chamando a atenção deles , um deles apontou a arma pra mim e disse que era pra eu abaixar a minha, eu disse quem eu era , mas eles nem me escutaram e saíram arrancando, eu fiquei sem saber o que fazer, ia entrar no morro mas vi uma carro saindo de dentro e eu me meti na frente, quando vejo quem estava dirigindo, era o biel, quando fui embora ele tinha 12 anos, então me reconheceu e me falou o que tinha acontecido.

Assim que chegamos no morro do jacaré, o portão estava se abrindo eu desci do carro e quando cheguei bem perto escuto um tiro, sem pensar duas vezes entrei e vi a Mel sangrando no braço, e então ela ia caindo no chão, a arma estava na minha mão e eu entrei atirando pra assustar eles, peguei ela e carreguei.

Falei pro biel levar a paty pro morro e mandei um outro moleque dirigir direto pro hospital mais próximo. No caminho lembrei do que o biel tinha falado sobre o th, André tinha mandado ele sondar no morro quem tinha o sangue A+, e lembrei da Gaby, liguei pra ela e disse pra ir pro hospital, depois de ter feito a coleta, passou no quarto da Mel, deu –lhe um beijo e disse que estaria esperando por nós em casa. Não queria ter que falar a verdade pra Mel ali no hospital.

Passamos 10 anos tentando imaginar como seria a reação deles quando nos vissem..

A Mel não mostrou nenhum sentimento, talvez por não me conhecer , sabíamos que ela não iria me aceitar assim de cara, mas eu pensava nela todo os dias, na Patrícia e no th...

Cheguei no morro e fui direto ver a paty, minha filha estava bastante machucada, já tinha ido uma médica que sempre atendia os moradores lá do morro, passou uns remédios disse as costelas estavam machucadas mas que não haviam quebrado nenhuma, então sem mais delongas eu fui ate o quarto que ela estava e quando ela me viu ficou apenas me olhando.. eu me aproximei dela e a abracei não tão forte como gostaria , e ela começou a chorar. Disse que sabia que eu nunca tinha morrido.. que sempre sonhava comigo vindo buscar ela, falei da Melissa ser irmã dela e ela chorou ainda mais.

Depois chegou o André, dizendo que tinha vindo buscar a Camilla pra levar pra casa, perguntei pela Mel e ele disse que estava na casa dela mas que não queria me ver, nem a mãe dela.

Isso me doeu muito, mas eu sabia que doeria muito mais na Gaby..

Camilla foi com o André pra casa delas e continuei mais um pouco ali com a paty, depois fui pra pousada .