33° capítulo

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Diana Montgomery
Alguns dias depois..

O Palácio está num clima terrível, o desaparecimento da Annie está deixando todo mundo a flor da pele, ela está há desaparecida a dias e seu sumiço tem deixado a família real abalada e desestruturada, o homem a qual dizem ser o braço direito do líder dos rebeldes não abre a boca pra falar nada. Ele é leal até o último fio de cabelo, ele não diz uma só palavra nem mesmo sobre ameaças ou tortura.

Não foi uma visão nada agradável ver William ensanguentado da cabeça aos pés, soube que ele torturou o homem a ponto de quase o matar, só não o fez por ele ser a única pista em mãos.

William e eu quase não nos falamos mais, ele sai bem cedo e só volta bem tarde pros nossos aposentos, o mesmo já não me toca mais e nem conversa comigo. Sinto a sua falta e isso tem me deixado muito angustiada e até mesmo triste, entendo que ele está preocupado e desesperado pra encontrar minha cunhada, mas na minha concepção não custaria nada ele ao menos perguntar se estou bem ou se preciso de algo.

Gostaria de lhe ajudar em qualquer coisa, mas ele ao menos me deixa aproximar, assim não há como consolar ou acalentá-lo.

Minha sogra está acamada o que piora ainda mais a situação, Jackson está uma pilha de nervos e prestes a matar qualquer um que ousar atravessar o seu caminho. O meu consolo é a companhia de Alana, Kate e Molly. Elas têm estado ao meu lado em todos os momentos e não me deixam só em nenhum momento, juntas fazemos companhia pra minha sogra e assim tentamos fazer com que ela se sinta melhor e esperançosa.

Algo em meu coração me diz que minha cunhada está bem apesar das circunstâncias, tenho fé de que iremos encontrá-la e então tudo ficará bem.

Saio dos meus pensamentos ao ouvir alguém batendo na porta do meu quarto.

— Pode entrar.

A porta se abre e Alana adentra a fechando em seguida, ela se curva e se aproxima de mim a passos lentos.

— Alana não é necessário tanta formalidade e você sabe disso.— Falo guardando o livro a qual estava lendo sobre a escrivaninha.

— Vim ver como você está, não saiu do quarto desde o café da manhã.— Fala preocupada.

Suspiro fundo e esfrego minha têmpora com meus dedos.

— William continua sem falar comigo e isso me mata por dentro, odeio ser ignorada e essa atitude dele está me machucando, ao mesmo tempo que ele está perto está longe, e isso só me magoa profundamente entende?

Ela assente e coloca as mãos sobre meus ombros.

— Compreendo que esteja sendo difícil pra vocês, mas o momento é crítico e ele está fazendo o papel de irmão e rei, a mãe dele está acamada o irmão está prestes a assassinar alguém e tudo isso o sobrecarrega, mesmo que seja difícil você tem que entender. Além de ser a esposa dele é a rainha, e esse é apenas uns dos muitos problemas que vocês irão enfrentar juntos. É lamentável eu sei, mas essa é a realidade, a única opção que lhe resta minha amiga é dar esse  tempo pra ele e deixar com que as coisas se acalmem, depois que toda essa tempestade passar vocês conversam e coloquem as cartas sobre a mesa afim de resolverem seus problemas.— Diz e assinto.

Sorrio de lado a encarando.

— Você é muito sábia minha amiga, obrigada pelos seus conselhos, irei levá-Los em conta sem dúvida alguma.— Ressalto.

— Agora tente não pensar mais nisso, vamos dar uma volta no Jardim e procurar espairecer a mente.— Diz se levantando e me puxando pelas mãos.

Levanto sorrindo mas acabo sentindo uma vertigem que me deixa tonta, tombo pro lado mas Alana consegue me firmar a tempo.

— O que houve? Tá passando bem?— Pergunta preocupada.

Balanço minha cabeça e firmo meus pés.

— Estou bem, foi apenas uma tontura, acredito que tenha sido pela razão de ter me levantado rápido demais.

Ela assente com o cenho franzido.

— Pode ser, ainda quer ir ao Jardim? Ou prefere descansar um pouco?

Nego.

— Vamos ao Jardim.— Entrelaçamos nossos braços e caminhamos pra fora do meu quarto.

Seguimos rindo e conversando pelos corredores enquanto observavamos o movimento escultural e agitado do Castelo.

Antes todos Vivian cheios de sorrisos e agora a tensão é evidente, nossos compromissos foram cancelados por tempo indeterminado até que se ache a princesa Annie.

A imprensa ainda não está sabendo de nada, e Deus queira que permaneça assim até que enfim possamos encontrar minha cunhada sã e salva.

Logo chegamos no Jardim e nos sentamos no banco que ficava de frente a estufa da rainha Emma.

— Sabe?! De todos os lugares nesse imenso Palácio este é o meu lugar preferido.— Alana comenta com um sorriso.— Aqui me sinto livre de toda dor e apreensão, é como se toda dor que um dia senti tivesse ido embora, aqui me encontro em paz e enfim liberta de toda má lembrança que possa me machucar. É ainda melhor quando o vento bate em meu rosto e os pássaros cantam sem cessar.

Sorrio com seu pensamento e encaro as tulipas a minha frente.

— De fato aqui é muito bonito.— Afirmo.

— Quando irá ver sua mãe e sua tia?— Alana pergunta curiosa.

Meu coração se aperta após elas serem mencionadas, quase não as vejo e quando nos vemos nossos momentos são breves e rápidos, quase não dá pra aproveitar.

— Irei falar com o William para que eu possa amanhã ir visitá-las. Espero que você vá comigo.

— Mas é claro que sim, é só me avisar depois que seu marido nos liberar.

Assinto e caminhamos entre as flores e imensas árvores no Jardim, por fim nos deitamos debaixo da cerejeira e assim acabamos pegando no sono enquanto sentíamos a brisa da tarde pairando sobre nossos corpos nos deixando livres, leves e descansadas.

Aquele momento entre amigas que não pode faltar jamais. 😍

Nos vemos amanhã meus amores, se cuidem. Xoxo ♡♡

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