63° último capítulo

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Diana Montgomery

Bip.. bip.. bip..

Acordo ouvindo um barulho chato de aparelhos, e nesse momento tento abrir os olhos, e quando consigo sinto a luz me cegar fazendo meus olhos se fecharem novamente, mas com esforço os abro outra vez fazendo um certo esforço para que eles se acostumassem com o brilho da luz que invade as janelas.

Observo ao redor e percebo estar em um hospital, olho em meus braços e vejo uma agulha enfiada nele, mordo os lábios e encaro o teto branco. Sinto minha garganta seca e arranhada, preciso tomar uma boa dose de água.

Nesse momento me recordo de tudo, o embarque no avião, a despedida, o General Apolo, todos machucados e amarrados, e por fim a queda.

Olho minha barriga assustada e não vejo o volume nela, não sinto meu bebê e me desespero, o que pode ter acontecido? Lágrimas caem em meu rosto e choro desesperada.

Tento me debater, mas meu corpo se encontra completamente pesado, gemo sofrida e tento me mover, mas o peso não me deixa cumprir o que desejo. Nesse momento minha mãe entra pelas portas com uma bandeja com alguns alimentos em mãos, e quando ela levanta os olhos pra me fitar a mesma deixa a bandeja cair se espatifando no chão.

- F-Filha? - Murmura como se não acreditasse. - Aí meu Deus, ela acordou. MINHA FILHA ACORDOU! - Grita e sai correndo pelos corredores.

- M-Mãe. - Minha voz sai esganiçada e rouca, deve ser pela sede que sinto.

Tento sorrir tentando acalmá-la, mas seu desespero não deixa ela prestar atenção, de certa forma fico aliviada em saber que ela está bem e nada de ruim lhe aconteceu, mas e quanto aos demais? Será que todos estão bem? Vi que ela não tem um ferimento sequer, me surpreendi em vê-la intacta, certamente um verdadeiro milagre.

E principalmente, meu filho.. Será que o perdi? Deus, por favor, que meu filho tenha se salvado.

No mesmo instante uma avalanche de médicos e enfermeiras invadem o quarto onde estou e começam a me examinarem, de longe vejo minha mãe sorrindo pra mim e sorrio com o olhar, estamos bem, ficaremos bem. Todos me olham como se eu fosse um fantasma, e não compreendo o porquê disso, vejo até mesmo alguns emocionados e dizendo se tratar de um milagre.

Mas é claro que é um milagre, sobreviver a uma queda de avião em alto mar é algo impossível de acontecer, mas mesmo que houvesse uma pequena probabilidade olha eu aqui!!!! - sobrevivi.

- Senhora, consegue falar? - Pergunta um dos médicos.

- Á-Água! - Peço e uma enfermeira me entrega um copo com canudo segurando-o pra mim.

Sinto um alívio imenso quando a água percorre minha garganta hidratando-a.

- Quantos dedos tem aqui? - Pergunta como se eu fosse uma demente, não entendo o porque de tanto furdunço?!

- Três, o que está acontecendo? Cadê o meu filho? O que aconteceu com o meu filho? Preciso saber onde ele está? - Pergunto desesperada.

A máquina que mede os meus sinais vitais começa a apitar loucamente indicando meu descontrole emocional.

- Senhora, se não se acalmar serei obrigado a seda-la. - Diz um dos médicos.

- Só quero saber o que houve com o meu filho?! - Falo em total desespero.

- Ele está bem filha, Henry está bem. - Diz minha mãe ao meu lado enquanto limpa o meu rosto.

Choro.

- Henry? - Ela sorri. - Então.. é um menino? - Pergunto baixo já me acalmando.

- Sim meu amor, você teve um lindo menino, e ele é a sua cara. - Diz e sorrio enquanto choro de soluçar.

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