Capítulo quatro

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Pedro

— Você está ficando velho, cara. — O Arthur diz assim que me vê bocejando.

— Vou ter que concordar. O que tem aí? — Aponto para as sacolas em suas mãos.

Meu amigo é chef de cozinha e tem um restaurante maravilhoso por aqui, além de outros espalhados pela cidade. Vire e mexe ele aparece no meu escritório para tomarmos um café e sempre me traz algo gostoso para comer.

— Um frapuccino, pães de queijo recheados e bolo de cenoura. Minha mãe mandou o bolo para você.

— Graças a Deus alguém se lembra de mim.

— Não faz drama. — Tomo um gole da bebida e começo a me sentir mais humano na hora. — Santa cafeína!

— Juro para você que ainda ouço a batida da boate de ontem em minha cabeça. Como que a gente gostava disso?

— Fale por você. Eu ainda gosto.

— Isso porque nunca vai crescer. Continuar morando com a sua mãe mesmo sendo velho é uma prova disso. — Ele tem a minha idade, mas isso é um detalhe insignificante no momento.

— Falou o cara que mora com a avó. — Desdenha.

— Cala a boca.

Uma batida soa na porta da minha sala e autorizo a entrada.

— Justo quem eu queria ver. — O Arthur se levanta e estende um copo de suco para a Débora, minha secretária. — Não te vi quando cheguei.

— Fui ao banheiro. Ultimamente parece que vivo sentada numa privada, ainda mais com essa criança fazendo a minha bexiga de cama elástica. Parece que estou há anos grávida e não oito meses. — Revira os olhos. — Suco delicioso. — Ela diz após tomar um gole. — Obrigada.

— Que bom que gostou. Está vendo o que está perdendo por não trabalhar comigo? Teria isso e muito mais.

— Cara, quando você vai desistir de tentar roubar a Débora de mim? Entende logo que não vai conseguir isso.

— Quando ela aceitar, eu desisto. Simples assim. — Idiota.

— Já disse que estou bem aqui, mas quando o chefe vacilar vou te ligar. — Ela ainda entra na dança.

— Débora, só ignora.

— Impossível. — Dá de ombros. — Uma mulher gosta de ser disputada mesmo que seja profissionalmente. Vim para ver se já tem a ata corrigida e assinada. Preciso mandar para o setor gráfico antes da reunião.

— Já estava me esquecendo. — Pego a pasta com a ata separada na minha mesa. — Está pronto, mas por que não pediu para sua auxiliar vir buscar?

— Porque ela estava me dando nos nervos e tive que remanejá-la. Você deve me agradecer.

— Meu Deus! Não quero nem imaginar como vai ser quando você sair de licença. — A Débora é uma excelente profissional. Sempre tentam roubá-la de mim. Vire e mexe dou bonificações para ela, pois merece. Fora isso, quero demonstrar o quanto aprecio sua dedicação.

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