Capítulo trinta e três

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Pedro


Eu amo as mulheres da minha vida e hoje fiquei ainda mais radiante de felicidade em ter as quatro juntas.

Respirei aliviado por ver a Malu tão à vontade, conversando e brincando.

Depois de certo tempo, fiquei só como expectador da conversa entre elas. Só respondendo quando perguntado, assentindo em confirmação aos mais variados assuntos que iam surgindo e controlando um sorriso tolo no meu rosto para não parecer louco.

Fomos comer a sobremesa do lado de fora. A Dora e a Malu começam a conversar sobre receitas, ao mesmo tempo em que minha avó fala sobre seus doces prediletos e a Carol diz que só é capaz de comer.

Por mais que esteja amando tudo, estou morrendo de vontade de dar esse encontro por encerrado para ter minha namorada só para mim. Só em pensar que a realidade da malvada segunda-feira se aproxima, bate o desânimo.

Não quero ficar pensando na conversa que tivemos antes do almoço sobre sua insegurança quanto ao nosso futuro. Só posso pedir e desejar para ela relaxar e acreditar em nós.

Prefiro muito mais quando essa insegurança não dá as caras, como aconteceu ontem. Afinal, qual o louco ia curtir essa sombra no relacionamento? Adorei que a Malu tenha me dado carta branca para arrasta-la para um hotel. Estou longe de ser um jovem que se contenta com amassos dentro do carro e corridas para o chuveiro mais próximo para se aliviar com trabalhos manuais em busca do prazer. Todavia, vinha fazendo isso.

Por mais que tenha ficado muito satisfeito ontem à noite e hoje de manhã, parece que meu desejo pela Malu está em constante processo de ebulição e estar perto dela é estar sempre pronto para ação.

Confiro as horas e vejo que não tenho muito tempo para fazer a surpresa que preparei para ela.

— Moças, o papo está incrível, mas tenho um compromisso com a Malu agora.

A enxurrada de "oh" e "ah" soando decepcionados só me alegra.

Durante as despedidas, prometo marcar em breve uma nova reunião, dessa vez convidando a família da Malu para estar presente. Todos aprovam a minha ideia.

Passamos direto por onde meu carro está estacionado e seguimos em direção à garagem.

— É sua? — A Malu aponta encantada para a minha moto e assinto orgulhoso. — Ela é linda demais.

— Ela faz parte da minha surpresa. Quer dar uma volta?

— Lógico que quero. — Responde animada.

— Mas antes. — Pego uma sacola e estendo para ela.

A Malu abre e sorri para o presente que mandei preparar especialmente para ela. Um capacete preto, com o apelido dela na lateral e na parte de trás com a frase que ela tem tatuada em seu corpo: "O essencial é invisível aos olhos".

— Não acredito!

— Essa frase passou a ser muito importante para mim também. — Ela abraça o capacete com um braço e segura o meu rosto com a outra mão, antes de se esticar e me beijar.

— Obrigada.

— Por nada. Agora chega de conversa, porque desde que começamos a namorar, venho te imaginando me agarrando em cima dessa moto.

— Com prazer.

Em menos de cinco minutos, já estou vestindo a minha jaqueta; a Malu está com um casaco de moletom que peguei para ela e deixei separado aqui na garagem; e, já estamos com os nossos capacetes. Com tudo pronto, partimos.

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