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Tudo está sendo perfeito

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Tudo está sendo perfeito. Desde que o Douglas disse que não nos deixaria, abrindo mão de trabalhar para a Interpol e ganhar rios de dinheiro, parece que uma porta se abriu diante de mim, me mostrando um novo caminho para seguir. Foi o meu maior medo se desfazendo e me provando que eu estava errada quando achei que ele estava sendo impulsivo e mudaria de opinião na primeira oportunidade.

Fizemos amor como nunca havíamos feito. Teve luxúria, mas também teve muita troca de carinho. Eu não sabia o quanto sentir nosso contato pele na pele estava me fazendo falta até que todos os meus sentidos responderam juntos ao seu toque. Dormi um sono pesado e acordei me sentindo renovada. Tomamos café todos juntos à mesa, e parecia até que nunca estivemos separados.

Douglas, Ana Beatriz e eu fizemos um passeio juntos como uma família de verdade e isso foi incrível, pois eu lamentei muito achando que aquele passeio nunca pudesse acontecer. A primeira barreira para isso seria o Douglas estar morto. Depois de descobrir que ele estava vivo, a outra barreira foi achar que nunca estaríamos juntos de novo. Agora tenho a sensação de que não há mais barreira alguma entre nós. Nem mesmo as que eu construí achando que estaria me protegendo de algo. Eu estava era me privando de redescobrir o amor que resistiu e ainda existe entre nós. E cá e entre nós, não é qualquer sentimento que sobrevive ao que passamos.

Esse tempo que passamos ao ar livre foi tão bom, que se eu pudesse, o congelaria enquanto ainda estávamos lá. Ou pelo menos ficaria por mais algumas horas, mas Bia ainda é muito sensível para ficar fora de casa por muito tempo. Então, depois que eu deixei Douglas a par de tudo o que meu pai fez e o porquê de minha mãe e Kássia estarem passando uns dias na minha casa, voltamos e aproveitamos o restante do dia com eles. Nossa família, que agora é tudo uma coisa só, como era antes da nossa separação forçada. 

O dia havia sido maravilhoso, mas senti um pouco de alívio depois do jantar, pois iria subir e ter mais um tempo a sós com o Douglas. Mesmo assim, só depois que Bia dormir, pois no momento, ela não está com nenhum sinal de sono. Já deitamos e cantamos inúmeras musiquinhas de ninar, mas sem sucesso. Então Douglas está com Bia no colo sentado à cama, e eu estou admirando a cena.

— Karen, acho que ela não quer dormir porque quer festejar que o papai e a mamãe estão juntos de novo. — sorrio.

— É verdade — falo. — Ela nunca passou tanto tempo com você. Ouviu sua voz o dia todo e ficou mais tempo no seu colo do que no meu. — agora Douglas é quem sorri.

Meu peito se infla de alegria só de imaginar que o dia de hoje tem toda uma vida pela frente para se repetir. Sei que nem todos os dias serão bons como esse. Alguns serão ruins, porém, outros serão ainda melhores. A única coisa que me faz questionar se posso mesmo confiar nessa esperança, é algo que o Douglas mencionou ontem à noite. E preciso conversar com ele sobre isso.

— Douglas, ontem você falou que não acha minha casa segura. Acha que ainda estamos correndo algum tipo de perigo? 

Ele muda o semblante e desfaz o sorriso que tinha no rosto. Em seguida deita Bia entre nós dois e se ajeita na cama.

O que restou de um coração Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora