사랑 - Amor | Seulrene

Capítulo 24

Quando cheguei em casa aquela noite percebi que estava calmo outra vez. Sebastian tinha finamente ido embora. Lembrei que tinha conversado com Seulgi semana passada sobre trazer ela em minha casa, era um lugar pequeno mas tinha um cômodo com desenhos e fotografias, eu tinha impressão que a mais nova gostaria de ver aquele espaço. Então busquei no celular o número da garota.

" Seulgi? Você quer vir na minha casa hoje?"

Mandei de uma vez. A resposta veio logo em seguida.

"Passa o endereço"

Seulgi estava nervosa, muito nervosa na verdade, Irene havia dito para ela ir em sua casa e já passava das 21h. Encarou o celular por alguns minutos depois que recebeu a localização da casa de sua amiga, estava surpresa por ter respondido a mensagem tão depressa, mas ela queria ir, sabia o que aquilo poderia significar para outras pessoas, mas não fazia ideia do que Irene queria com ela aquela hora da noite em sua casa. Ela pensou em não ir, se fosse antes provavelmente não iria, mas a Irene de antes nunca a convidaria para sua casa, agora a mais velha parecia mais aberta à uma amizade com sua colega de trabalho e ela estava realmente contente com o convite.

SEULGI

Quando cheguei parei de frente ao prédio e o olhei por uns minutos, pensava se aquilo era uma boa ideia, tinha levado comigo uma pizza que tinha comprado para não ir de mãos vazias. Resolvi subir, já estava ali mesmo e não podia negar que tinha curiosidade de saber o que ela queria falar comigo.
Subi direto pois a portaria já estava ciente da minha visita, cheguei de frente a porta e toquei a companhia.
- oi Seul, foi difícil achar? Ela abriu a porta rápido, parecia que estava detrás dela. Logo que terminou de falar abriu espaço para que eu entrasse.
- um pouco. Menti entrando na casa, olhando toda a decoração. - sua casa é muito bonita. Completei surpresa, ela tinha um gosto muito bom para decoração, era tudo muito rústico com um toque de modernidade, sem contar que o lugar estava incrivelmente limpo.
- obrigada. Disse ela com um leve sorriso, fechando a porta atrás de si. - você trouxe comida? Perguntou olhando a caixa em minhas mãos.
- trouxe pizza, você gosta? Eu não queria vir de mãos vazias. Estendi as mãos para que ela a pegasse.
- você não precisava trazer nada. Pegou a caixa das minhas mãos, sem nem olhar o sabor. - eu queria te mostrar uma coisa aqui em casa. Continuou deixando a pizza em cima da mesa de centro.
Fiquei mais nervosa do que eu estava, senti minhas mãos tremerem então as segurei pondo-as para trás para que não fosse visto pela mulher na frente.
- relaxa Seulgi, não é meu quarto. Disse quando viu meu estado, que estava tentando esconder. - ainda! Continuou em tom baixo dando uma risadinha sarcástica. - são pinturas, você gosta né? Terminou.
- ah sim. Abri um sorriso de entusiasmo - eu amo, onde estão? Me senti bem mais tranquila quando finalmente soube o que ela queria comigo lá.
- no andar de cima. Ela pôs a mão no corrimão da escada e fez sinal com a cabeça para que subíssemos juntas.
Enquanto caminhava pelo curto corredor, olhava nas paredes algumas fotos de Irene, algumas pareciam antigas e outras recentes, mas ela sempre estava do mesmo jeito, linda como sempre, tudo nela era perfeito, ela parecia uma obra de arte de tão linda. Meu pensamento foi cortado quando ela abriu uma porta no fim do corredor, as luzes foram acesas revelando toda a quantidade de quadros que a menor tinha em sua coleção. Eu estava encantada, havia um vasto número de pinturas e desenhos naquela sala e eu fui passeando por ela olhando cada um até me deparar por um desenho conhecido.
- você guardou? Disse sorrindo voltando o olhar a menor que estava ainda perto da porta encostada na parede. Peguei aquele porta-retrato no tamanho A4 com o desenho que eu havia feito.
- de todos esse é o meu favorito. Disse ela chegando mais próxima a mim.
- porque tem seu rosto? Disse sorrindo, olhando o desenho novamente - achei que tinha jogado fora.
- eu não jogaria fora uma coisa que você me deu, aliás seria um desperdício. Respondeu sorrindo.
Coloquei o desenho de volta no lugar, me virando totalmente a frente da mais velha. - fico muito feliz que você tenha gostado unni. Sorri tímida.

(...)

— então vamos ver se você acertou o sabor da pizza. Disse a menor enquanto abria a caixa que estava na sua frente.
Nos sentamos no chão da sala pra comer.
— eu apostei em calabresa. Respondi sorrindo.
As fatias já estavam cortadas então Irene pegou um pedaço e estendeu em minha direção, que prontamente peguei a fatia e comecei a comer. — você gosta de calabresa? Perguntei.
Ela já estava comendo então aquela pergunta não faria o menor sentido, me senti meio idiota depois que terminei de falar.
— sim.. É bom. Disse enquanto terminava de comer. — eu não gosto de frango. Continuou
— sério? Porque? Fiquei surpresa — e de coxinha? Estava bem curiosa.
— nem de coxinha. Não gosto do cheiro e do gosto de frango, então não como. Explicou
Assenti com a cabeça, comendo mais uma fatia.

— o que isso uma festa sem mim? Sebastian, logo que abriu a porta, disse em tom alto assustando a menor.
— pensei que você tinha se mancado e saído da MINHA CASA. Respondeu ela virando-se para ele, alterando a voz quando disse as últimas palavras
— eu só queria te fazer de trouxa amor. Riu ele entrando no lugar, pegando um pedaço da pizza.
— oi Seulgi. Como você tá docinho? Perguntou ainda mastigando a comida. Pude ver Irene fuzilando o homem com os olhos quando olhei para ela.
— bem. Respondi baixo com uma risada tímida.
— vamos beber Seul? Ela se virou pra mim assim que terminou de falar.
— beber? Já tá oferecendo ela pra beber? Sebastian deu uma risada sarcástica.
Ela simplesmente levantou, pegou meu braço e me levantou em seguida. Eu estava nervosa em estar no meio de uma possível briga em família, me lembrava quando ela havia dito que tinha irmãos, me perguntava se era esse homem a nossa frente. Mas não queria que ela ficasse desconfortável, meus pensamentos não foram a frente, não consegui raciocinar muito bem quando senti ela pegando minha mão e me levando para fora do apartamento, senti meu estômago revirar enquanto íamos caminhando até o elevador, Saindo de vez de sua casa