Capítulo 16

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Já passavam das 3 da manhã e Irene estava caminhando na esperança de se acalmar depois que chegou em casa e viu Sebastian mudando os móveis de lugar. Ela sempre odiou qualquer coisa que ele fazia, ele era inconveniente e a menor não tinha paciência mais. Não queria voltar pra casa e se arrependeu por não sugerir beber com Seulgi aquela noite, quando olha de longe e vê uma garota familiar.

- Não é possível! - Deixa escapar em tom baixo. - Será que eu tô pensando tanto nessa garota que todo mundo tem a cara dela?

Revirou os olhos ordenando a si mesmo para que pensasse em outra coisa.

A garota do outro lado da rua estava cambaleando de forma engraçada, mas aquilo não foi o que chamou atenção da mais velha, havia um forte cheiro de sangue e ela se aproximou para ver onde a menina estava machucada, pensou que tudo bem se ela tomasse um pouco daquele sangue, ela havia tido uma noite e tanto, tentando inutilmente, tirar Sebastian de sua casa e merecia aquilo. Chegando mais perto e analisando o corpo da outra garota a sua frente vê que a mão da mesma estava sangrando, talvez tinha cortado em algum lugar, quando a menina a olha e sorri. Irene ergue a sobrancelha.

- SEULGI SÃO 3 DA MANHÃ O QUE VOCÊ TA FAZENDO? - Grita ao ver que aquela era mesmo sua colega, fazendo com que a maior se assustasse e também um cachorro que passava pela rua, que foi correndo pra longe o que fez a mais nova rir.

- Oi Irene, como você me achou? - Seulgi riu e abraçou a mulher a sua frente - Senti saudadeees. - Continuou arrastando a voz.

A menor empurrou a outra com cuidado, pegando sua mão que estava machucada.

- O que aconteceu? - Disse olhando o sangue que ela queria mesmo experimentar, dando uma sutil umidecida em seus lábios.

- Ah. - Seul respondeu puxando sua mão e descobrindo o machucado - Por isso tava doendo. - Segurou a risada.

Irene revirou os olhos.

- Quanto você tá bêbada? - Era um cheiro muito forte de sangue e ela queria prová-lo, então perguntou na esperança que a outra estivesse bêbada o suficiente para não se lembrar de nada na manhã seguinte.

- Só um tantinho de nada. - Disse a outra quase caindo em cima da menor.

- Você vai levar esse lanche pra gente amor? - Sebastian surgiu perto das duas meninas. Segurando o braço machucada da mais nova.

- Deixa ela em paz! - Disse Irene furiosa, puxando bruscamente o braço da outra. - Ela não é diversão pra você, seu idiota!

Terminou a frase e se virou caminhando na direção contrária ao homem.

- Deixa ela aqui amor, vai comer cozinha? - Disse ele em tom mais alto vendo as duas se afastarem.

- Quem é ele Unnie? - Disse Seul sonolenta fazendo um biquinho para a mais velha. Que a olhou surpresa e sorriu logo em seguida.

- Um carinha mau, mas ele não vai te machucar, não se preocupe. Eu não vou deixar.

Respondeu a mais velha enquanto chamava um táxi que estacionou logo em seguida. Quando olhou de dentro do carro o homem já não estava mais lá e ela agradeceu mentalmente.

- Onde é sua casa, diz pra ele. - Falou cutucando a mulher que estava adormecendo em seu colo, que abriu seus olhos contando ao motorista onde morava.

(...)

- Seul? - Irene se aproximou da cama da mais nova, com um copo de água gelada.

- Unnie? - Disse a outra abrindo os olhos, o que fez a outra sorrir.

- Você quer mais água? - Estendeu o copo para a menina agora sentada na cama, que o pegou no mesmo momento.

- Obrigada Unnie. - Teve em resposta.

Irene estava quase se acostumando com aquele tratamento, e não poderia negar que gostava de ser chamada daquela forma. Ela tinha acabado de limpar o vômito no banheiro da colega e também feito o curativo em seu braço, vencendo mais uma vez a vontade de se alimentar. Tudo terminado, não havia mais nada para fazer ali, foi ao quarto de Seulgi para se despedir quando sentiu-a puxando seu braço.

- Dorme aqui. Pediu a maior com um tom manhoso, dando espaço para que a outra deitasse.

Irene não queria mesmo voltar pra casa, já passava das cinco da manhã e ela queria descansar e, vendo a mais nova a olhando daquele jeito, não resistiria. Quando viu já estava deitando naquela cama com uma cara tão acolhedora.

- Boa noite Unnie. - Seul disse por último, dormindo Finalmente.

사랑 - Amor | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora