사랑 - Amor | Seulrene

capítulo 30

IRENE

Seulgi era uma pessoa muito fácil de lidar, e não demorou muito pra eu desenvolver um carinho por ela, que foi se transformando gradativamente em amor. Eu tinha certeza absoluta do que estava sentindo, tinha certeza que estava me apaixonando cada dia mais por aquela garota e  não sabia se aquilo era bom ou ruim. Talvez fosse os dois. Eu estava feliz porque sabia que tinha uma grande possibilidade de ela sentir o mesmo e por isso queria muito dizer a ela o que sentia, mas também sabia que Sebastian poderia ir atrás dela se descobrisse. Queria continuar dando meu sangue a ela para protegê-la daquele verme, eu sabia que não era certo e que não devia interferir na vida de ninguém, mas talvez passar a eternidade com ela não fosse tão ruim assim e aquele último pensamento me fazia acreditar que fazendo isso eu estaria pensando apenas em mim, por isso esqueci essa ideia por um tempo, não queria que ela passasse por tudo que eu passei, ela não merecia. Claro que existem outras formas de ensinar algum vampiro novo sem ser por tortura e também nem todos precisam desse tipo de tratamento.
Balancei a cabeça afastando esses pensamentos enquanto, com as mãos no controle remoto, passava os canais da tv que estava ligada. Quando senti uma mão tirá-lo de mim.

SEULGI

Irene estava mais uma vez sentada no sofá, parecendo distraída passando os canais sem parar com o controle remoto quando eu entrei na sala, da porta fiquei olhando aquela cena, na verdade admirando a mulher linda que estava sentada em meu sofá. Por um momento escorei na porta e tentei puxar da memória o momento exato em que comecei a gostar de Irene daquele jeito, será que foi naquele momento que fiz o primeiro desenho? Onde Irene estava sentada do lado da Janela. Será que foi depois do primeiro beijo que demos? Ou aconteceu natural com o tempo de convivência? Não conseguia identificar, mas estava definitivamente apaixonada por Irene. E me perguntava o que a outra sentia, afinal ela sempre correspondeu qualquer coisa que eu fizesse.

Peguei o controle da mão dela e estipulei o que assistiríamos.

— ah não Seul, não quero ver desenho. Reclamou a mais velha
Sorri — o que você que ver então? Me aproximei um pouco de seu rosto

— n-não sei. Disse quase cochichando olhando para minha boca, assim descaradamente. O que me tirou uma risada

— porque você faz isso? Continuou, agora olhando meus olhos, que já estavam fixados nela.

— o que eu faço? Perguntei

— você fica sorrindo desse jeito, é tão... Deu um pausa breve. —Lindo. Revirou os olhos pra mim — caramba Seulgi você é tão linda. Confessou.

Comprimi os lábios, e senti instantâneamente meu estômago revirar, me afastei pelo nervosismo.
— obrigada. Respondi e depois não quis falar mais nada. Só iria ouvir

— sabe, eu acho que nunca me senti assim perto de alguém. Continuou.

senti meu corpo gelar na hora.

— eu passei tanto tempo achando que devia ficar longe das pessoas, que fosse perda de tempo me relacionar com alguém. Não achei que iria me sentir tão leve depois de me aproximar de alguém. Concluiu.

Olhei para ela sem saber o que dizer, ela estava se declarando pra mim? Minhas minhas mãos estavam tremendo e eu não sabia o que falar depois de todas aquelas palavras.

— você tá bem? Perguntou depois de uns minutos de silêncio, segurando minha mão com intuito de me acalmar.

— s-sim, t-tudo bem. Respondi rouca desviando o olhar para baixo. Percebi que ela continuou me olhando, sorrindo, enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Esbarrando com suas unhas de leve pelo meu pescoço.

— olha pra mim. Pediu enquanto levantava meu queixo com a mesma mão, o que me fez obedecer ao pedido  — eu gosto de te olhar e ... sabe... de você. Concluiu parecendo sem jeito a última frase.

— de mim? Perguntei com alteração na voz, pela surpresa das palavras. Eu ouvi certo? Ela acabou de dizer que gostava de mim? O que ela queria dizer com aquilo?

— É, eu acho.. Não! Eu tenho certeza que estou apaixonada por você Seulgi.

Irene continuava me olhando fixamente enquanto eu ouvia o que saia de sua boca sem acreditar, cerrei meus olhos por um breve momento tentando descobrir se aquilo estava mesmo acontecendo. Meu estômago estava uma reviravolta e meu corpo tremia, mas mesmo com o  nervosismo, senti a alegria subitamente tomar conta de mim e não consegui me conter. Abracei a mulher na minha frente que parecia surpresa com o ato mas não deixou de corresponder.

— você tá falando sério? Perguntei com um sorriso estampado em meu rosto. — você gosta mesmo de mim? Me separei dos braços da mais velha, olhando-a esperando a resposta.

— como é possível alguém não gostar de você? Rebateu ela, com uma das mãos em meu rosto, acariciando.

— eu também. Sorri tímida. — eu também gosto de você Irene.

Ela sorriu de volta e me pegando de surpresa, me beijou.