capítulo 22

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— Ah é verdade, a minha irmãzinha é muito na dela, sabe Seulgi.

Sebastian encostava no braço da garota como se ele tivesse intimidade pra isso, revirei os olhos me corrigindo mentalmente, ele não precisava de intimidade, ele fazia o que queria. Desgraçado. O que ele estava fazendo com a Seulgi?

— Oi. — Disse quando cheguei mais próximo, assustando um pouco a maior.

— Oi Unnie, seu irmão e eu estávamos falando de você. — Sorrio largo, pegando no meu braço.

— Ah. Meu irmão? — Olhei pra ele fazendo uma cara de questionamento.

—  Tá mais pra meu pai né?—  Debochei.

— Minha irmãzinha é muito engraçada mesmo né Seul? —
Insistiu na mentira. O que me fez sentir ansia de vômito pela primeira vez em duzentos anos.

— Eu acho que vou vomitar se continuar aqui, nem sei se é possível. Seul deixa eu falar com meu irmão um minuto? — Perguntei gentilmente para a maior. Que balançou a cabeça positivamente, indo em direção ao prédio que trabalhamos.

— O que você, lixo humano, está fazendo perto da Seulgi? — Disse pausando cada palavra em tom baixo, tentando não perder a paciência perto dele outra vez.

— Eu percebi, sabe irmãzinha, que você parece gostar muito dela então vim ver se valia tanto apena. — Respondeu aproximando mais seu corpo ao meu.

— Eu me lembro de dizer pra você deixar ela em paz. — Dei um passo pra trás me afastando de contato corporal, por algum motivo aquele idiota queria me abraçar. — E que história é essa de irmã? Todo mundo vê que você não tem condições de ser meu irmão, olha sua cara de acabado. — Continuei.

— Realmente, eu devia ter dito que era seu namorado. — Pareceu que tentou ser engraçado, riu de sua frase estúpida sozinho.

— Não chega perto dela nunca mais, e não fica me chamando de irmãzinha que isso me inoja. —  Respondi como último aviso, indo em direção ao prédio.

— AH! E SAI DA MINHA CASA! — Me virei de frente a ele gritando essa última frase a metros de distância.

Quando cheguei na sala Seulgi estava olhando a janela, desenhando em seu caderno. Me aproximei dela com cuidado para não interromper o que ela estava fazendo. Percebi que ela estava desenhando flores mais uma vez. Sorri, sentei ao seu lado, em uma cadeira vazia, quando vi que ela tinha notado minha presença.

— Seu irmão é bem legal Unnie. — Começou ela.

— Ele não é meu irmão! Ele não é nada meu, na verdade, mas vive como se fosse bem vindo na minha vida. — Expliquei.

— Então é seu amigo? Ou ex? — Perguntou a mais nova parecendo confusa.

— Não, ele não é amigo de ninguém. Você não pode confiar nele Seulgi. Quando ele se aproximar você precisa sair de perto. — Alertei, com um tom sério, e ela concordou.

— Tá bom unnie, eu prometo. — Ela ergueu o dedo midinho em minha frente para selar sua promessa, agarrei o dedo e sorri.

— Obrigada. — Respondi.

— Então ele é seu ex? — Ela insistiu sorrindo.

— Ele é uma pessoa que eu odeio, só isso. — Finalizei e fui até minha mesa.

(...)

Estava silêncio por um longo tempo, até que um som de celular pairou, não deu pra passar despercebido, era como som de câmera de celular. Olhei a frente e percebi que a mais nova ficou vermelha.

— Desculpa! — Soltou ela em tom baixo depois de um Leve riso.

— Você tirou foto de mim? — Perguntei sem acreditar.

— É que eu não queria perder essa imagem sabe, eu quero desenhar isso. —  Explicou coçando a cabeça. — Desculpa eu devia estar arrumando isso aqui ( disse mostrado a mesa bagunçada em que estava sentada) mas me distrai.

— Se distraiu? — Levantei, deixando os papéis de lado. — Deixa eu ver!

Cheguei perto o suficiente para nossos rostos ficarem um do lado do outro, olhei no celular dela a foto tirada por alguns segundos, segurei o celular ainda em suas mãos para ver melhor a fotografia, até finalmente perceber que ela estava me olhando, continuei olhando a tela do celular agora sem prestar mais atenção no que tinha nele, segurei a risada olhando em seus olhos de uma vez.

— Você tá me olhando por que hein?—  Perguntei.

— Ah... Desculpa. — Ela soltou o celular voltando a si, olhou para o outro lado e humideceu os labios. Se ajeitando na cadeira.

Dei uma risada. — Seulgi se você ficar olhando pra mim assim eu vou me apaixonar. — Confessei.

Ela rapidamente me olhou.

— O que? — Não parecia acreditar em minhas palavras.

Cheguei mais perto, pondo minha mão direita em seu queixo, a outra parecia nervosa.

— Por que é fácil sabe, se apaixonar por uma garota como você. — Dei um leve sorriso soltado seu queixo, estendendo com a outra não seu celular para que ela o pegasse.

사랑 - Amor | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora