capítulo 28

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De vez enquando Irene saia de casa pela manhã, para ir ao supermercado ou padaria, ela sabia que Seulgi acordava tarde e ela queria, sempre que tinha oportunidade, preparar o café da manhã para a mais nova. Ela estava subindo pelo elevador com um sorriso largo pensando em o que iria preparar para sua colega de apartamento comer aquela manhã, e quando saiu do elevador, que dava acesso direto à porta de Seulgi, se assustou. Parou ali por um momento, voltando sua memória a quando ela saiu daquela casa e se lembrou que tinha se certificado que a porta estava trancada. Então porque ela estava entreaberta agora?
Entrou lentamente no local, abrindo a porta devagar e com um certo nervosinho instalado em si. Quando se deparou com Sebastian, a pessoa que ela mais odiava em sua vida, ele estava sorridente e quando a viu olhou-a com seu olhar sarcástico, como se ele tivesse acabado de dar uma lição nela. Ele seguiu em frente sem trocar nenhuma palavra com a mulher, que estava desesperada. Trancou a porta atrás de si e foi andando em passos apressados até o  quarto de Seulgi. A última saiu do mesmo bocejando, havia acabado de acordar. Sem pensar duas vezes Irene correu em sua direção abraçando a maior, olhando seu corpo e vendo se estava tudo bem com ela.

Abraçou-a de volta agora com um suspiro aliviado — que bom que você tá bem. Disse por fim

Seulgi não entendia nada, olhava para aquela situação confusa, mas abraçou Irene mesmo assim. Ela presumiu que a menor havia tido um pesadelo ou algo do tipo.

— tá tudo bem. Foi só um pesadelo. Ela disse tentando acalmar a mulher que estava agarrada nela.

— sim. Foi um pesadelo horrível. Ela finalmente se afastou da maior, olhando para os lados, percebendo que estava tudo em seu devido lugar e se perguntando o que ela estava deixando passar? O que ele estava fazendo ali?

Seulgi pegou suas mãos acariciando com os polegares, estava olhando em seus olhos o que fez Irene olhar para ela também

— viu? Eu to bem, tá tudo bem Irene. A maior sorriu e Irene sorriu junto, se acalmando apenas por olhar em seus olhos.

— isso é ótimo. Disse ela acariciando o rosto de Seulgi agora, enquanto sorria. — o que você quer de café? Continuou, se recompondo e indo em direção a cozinha.

— o que você quiser. Disse a outra indo em direção ao banheiro. — eu vou tomar um banho rapidinho, quer vir? Brincou com um sorriso malicioso em seus lábios.

— o que? Disse a menor arregalando seus olhos ao voltar o olhar para a mais nova.

— nada. Disse dando um último sorriso antes de fechar a porta de seu banheiro. Deixando uma Irene desconcentrada na cozinha.

(...)

Irene chegou em sua casa feroz naquela tarde, ela andava rápido pela sala depois de ter empurrado a porta e entrando quase que arrancando a mesma do lugar.

— O QUE VOCÊ FOI FAZER NA CASA DELA? ela dizia em tom alto para que todos os vizinhos pudessem escutar. Enquanto procurava nos cômodos da casa onde  estava o homem que não saia dali.

— eu te falei que você devia ter voltado pra casa. Ele respondeu surgindo na porta do quarto, antes de Irene, que agora ele se apoderou

— o que vc tá fazendo no meu quarto? A Mulher parou revirando os olhos, ela estava cansando dele. — você não vai embora nunca? O que tava fazendo lá? Continuou agora em baixo tom.

— fui tomar café. Rebateu com um sorriso no rosto.

— não, você foi lá pra me irritar! Te falei pra ficar longe dela! A menor ia na direção do homem empurrando ele contra a parede, o que o fez rir.

— você fica tão fofa quando tá brava. Ele alisou o cabelo dela e na mesma hora a mulher deu passou para trás. — olha o seu tamanho Irene! Cala a boca. Ele continuou mudando o tom agora, saindo de sua presença.

Irene olhou um quadro na parede com uma foto de Sebastian, coisa que não estava ali antes, ela deu socos contra aquele quadro para externar sua raiva, logo depois respirou fundo, saindo da casa rapidamente, voltando para Seulgi.

Ela havia decidida que não a deixaria sozinha em nenhum momento depois daquele incidente. Ele pode não ter feito nada agora, mas ela sabia que ele teria coragem, então deveria proteger a mais nova.

— o que tá fazendo? Seulgi perguntou, quando percebeu que a mais velha estava muito tempo na cozinha parada.

— nada. Irene se virou sorrindo. Seulgi estava na sala, mas conseguia ver exatamente o que estava acontecendo na sua cozinha, já que era bem ao seu lado.

Irene voltou com duas taças de vinho na mão. Ela exitou muito antes de tomar aquela decisão, mas estava desesperada, tinha medo de perder Seulgi, então ela optou em dar um pouco de seu sangue a ela sem que a maior soubesse, apenas para protegê-la.

— aqui, vamos beber um pouco. Disse estendendo a mais nova a taça "batizada".

— Obrigado Unni. Disse a inocente Seulgi, bebendo o líquido logo em seguida.

사랑 - Amor | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora