Capítulo 26

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IRENE

Eu estava subindo com algumas compras pra casa de Seulgi quando vi alguém conhecido encostado na parede do prédio, ao lado da porta.

— então é aqui que você tá ficando? Sebastian pergunta quando me aproximo o suficiente.

— o que você tá fazendo aqui? Respondo com outra pergunta.

— eu devia perguntar a mesma coisa não? O que VOCÊ está fazendo AQUI. Disse pausadamente me cutucando, coisa que eu sempre odiei.

— porque tem um verme na minha casa. Respondi dando passos pra trás quando senti sua mão em mim.

— você acha que consegue ficar aqui por muito tempo? Pergunta ele dando passos a frente, ignorando minha vontade de permanecer longe.

— por que eu não ficaria? Perguntei erguendo a sobrancelha

— porque ela é HUMANA, você esqueceu esse detalhe Irene? Você acha que vai conseguir se controlar perto dela por muito tempo? Disse ele.

Suas palavras me Atingiram em cheio e eu não pude não deixar transparecer essa dúvida em meu semblante, tinha muito medo de machucá-la de alguma forma ou que em algum momento acontecesse alguma coisa e eu não conseguisse me controlar. Eu nunca tinha me deparado com aquele tipo de situação, nunca fui próxima de alguém o suficiente para me importar se iria machucá-la ou não. Mas com Seulgi era diferente, sempre me pegava com medo de alguma coisa acontecer com ela, feito por mim, por Sebastian. Meu maior medo era que ele fizesse alguma coisa contra ela, que ao meu ver era a pessoa que merecia todo amor do mundo e aquela semana que moramos juntos só me ajudou a confirmar esse fato.

— vou deixar a porta aberta pra quando você voltar. Respondeu quando percebeu que eu não falaria mais nada, me deixando sozinha logo depois.

Cheguei na casa da mais nova que estava vendo TV na sala e ao me ver entrar me recebeu com seu sorriso caloroso de sempre.

— você chegou. Eu te disse que não precisava ir ao mercado. Respondeu se levantando e me ajudando com as bolsas.

— era o mínimo que eu devia fazer por me deixar morar aqui. Respondi

— eu gosto de ter você aqui, já disse. Confessou segurando meu braço, como se quisesse me abraçar.

— o que você trouxe?

— alguns legumes e verduras. Contei.

— eca, por que? Rebateu fazendo cara feia

— porque você precisa comer coisas saudáveis. Continuei

— você vai fazer o almoço hoje unni? Perguntou sentando na cadeira, ainda me olhando.

— sim! Você já disse que queria que eu cozinhasse pra você, então esse dia chegou.

— isso é ótimo porque eu não gosto muito de cozinhar.

Confessou abaixando a cabeça.
Naquele momento eu me lembrei  do que conversei com Sebastian. Ele estava certo, eu poderia sim machucar ela. Mas não queria sair dali, era ótimo passar os dias perto daquela garota e eu queria mais daquilo, queria ficar ali pra sempre perto dela.

(...)

Nós passávamos a noite vendo filme, e aquela não era diferente, Seulgi e eu tínhamos bebido umas latinhas de cerveja e estávamos ali, em silêncio, horas depois do filme ter acabado.

— você acha que eu devia ir embora? Disse quebrando o ar calmo que quase fez com que a mais nova dormisse.

— NÃO! Ela levantou a cabeça subitamente, respondendo em tom alto que me fez assustar.
Sorri.
— você gosta que eu esteja aqui? Perguntei

— sim unni. Deitou a cabeça no meu ombro, ambas estávamos sentadas no chão da sala, encostadas no sofá. Levei minha mão até sua cabeça, acariciado a mesma.

— eu tenho medo de machucar você Seul. Encostei minha cabeça na dela assim que terminei minha fala.

— eu confio em você unni. Respondeu em voz levemente rouca, levantado a cabeça logo depois, me fazendo levantar a minha também.

Sorri olhando a visão que estava em minha frente, Seulgi com o cabelo bagunçado e seus olhos de gatinho quase se fechando, ainda assim conseguia ser a coisa mais fofa que eu já havia visto até agora.

— você é tão linda. Deixei escapar, vendo-a corar.

— eu? Ela sorriu largo, fazendo os olhos fecharem.

Pus a mão em seu rosto acariciando-o

— você, Seulgi, é tão linda. Repeti chegando perto de seu rosto, sussurrando para que apenas ela escutasse, mesmo que só ela fosse escutar em qualquer tom que eu dissesse, já que estávamos sozinhas ali.
Não pude deixar de olhar para sua boca, ela era realmente convidativa, e a maior havia umidecido seus lábios segundos antes de eu focar neles.

— sua boca também é linda Seulgi. Completei

Ela me olhava atentamente e, assim que eu terminei de falar, ela me beijou outra vez, e outra vez a acompanhei.
Eu não conseguia pensar em mais nada. Levei minha mão até a sua nuca, indo pro seu colo aprofundando mais nosso beijo, ela pôs suas mãos na minha cintura segurando-a firme. Não conseguia controlar minha vontade, desci com beijos e leves chupões até seu pescoço e ali fiquei. Quando desci minha mão, antes na sua nuca, até seu seio, dando um Leve aperto que a fez gemer. Sorri ali, entre os chupões, então vi suas veias pulsarem, tão convidativas e Respirei fundo sentindo a minha gengiva mudar. "Droga, agora não." pensei, queria continuar aquilo, mas beijar seu pescoço talvez não tinha sido uma boa ideia. Até que  um som alto tomou conta do ambiente nos atrapalhando e me deixando um tanto aliviada. Yeri estava ligando.

— droga Yeri. Deixou escapar a mais nova seus pensamentos assim que pegou o celular que estava próximo.
— desculpa unni eu tenho que atender. Me olhou parecendo chateada por ter que nos interromper.

— tudo bem. Disse saindo do seu colo. Já me recuperando.

사랑 - Amor | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora