Capítulo 41

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NOTAS:

Oi gente, queria agradecer pelos comentários, vocês são demais e eu leio tudo e fico muito, muito feliz pela interação de vocês.

Obrigada e boa leitura




Seulgi estava desaparecida há exatos dois dias e não só ela mas Sebastian também. Irene aquela altura estava mais que desesperada. Ela não sabia o que tinha acontecido, onde ela estava, o que ele fez. Ela não tinha informações e isso estava levando a loucura.
Irene nunca tinha transformando ninguém então não sabia se poderia de fato fazer aquilo já que nunca conversou com Sebastian sobre essa possibilidade, então não tinha idéia se Seulgi era uma vampira aquela altura caso estivesse morta.

Ela andava de um lado pro outro em sua sala, discando o número de Seulgi vez após a outra vez sem deixar parar de chamar um minuto.

VOCÊ É MUITO CHATA.
uma voz conhecida atendeu o telefone de Seulgi.

— onde ela tá? Por favor diz que ela tá viva. ela pronunciava em tom de desespero. — Ela não fez nada com você imbecil, teu problema comigo você resolve comigo.

isso seria fácil demais, você deu sangue pra ela né? Então... Se ela acordar... O homem do outro lado da linha cutucava o corpo de Seulgi no chão frio em busca de alguma possível reação.
mas acho que você falhou ratinha.

— onde você está?

em casa

você levou ela pra Filadélfia?

— claro que não estúpida, falei da minha casa aqui na Coreia.

você estava fazendo o que aqui então?

pensei que era óbvio.. Ela acordou. Parabéns Irene você tem sua própria ratinha de laboratório.

Várias coisas passavam pela cabeça da mais velha aquele momento, ela estava feliz por Seulgi estar "viva" mas sabia que ela não estava de fato viva e também sabia que teria muitas coisas para explicar para a mais nova a partir de agora.

Sebastian havia desligado o telefone por falta de resposta e enviado via SMS o endereço de onde eles estavam. A mais nova percebeu que era consideravelmente perto, pegou as chaves de casa e seu canivete e estimação e bateu a porta atrás de si. Chegando no lugar descrito cerca de 10 min depois.

Não havia ninguém ali além de Seulgi, que estava sentada no chão, com uma pele incrivelmente pálida, encostada na parede enquanto abraçava seus joelhos, de cabeça baixa.
A mais velha vendo aquilo caminhou até mais próximo de sua namorada, sentando ao seu lado, tocando seu ombro de leve, mesmo assim fazendo-a pular de susto.
— Irene? Ela tinha lágrimas nos olhos. — o que aconteceu comigo? Como eu tô viva? Eu me lembro que seu amigo me deu muitas facadas.

Suas roupas estavam manchadas de sangue e até então Irene, por algum motivo estranho pra ela, não havia notado aquilo. Da cabeça aos pés Seulgi estava rasgada e suja de sangue. Suas mãos tremiam e vez ou outra ela tapava sua boca.

— você está com fome não é?

— eu sou um monstro agora, ele me disse isso, que eu sou um monstro sanguessuga, como você e ele. Que eu vou matar pessoas porque não vou conseguir controlar a vontade de sangue. Gotas grossas caiam sobre o rosto de Seulgi, que dizia cada palavra em um tom desesperado enquanto limpava com as costas da mão as lágrimas em seu rosto.

— não amor você não é um monstro, esqueça tudo que ele disse, é tudo mentira. E eu nunca matei ninguém.  Irene ajudava a secar suas lágrimas, segurando sua mão em seguida colocando força no ato — eu vou ajudar você. Prometo.

— foi você! Ela se afastou se arrastando para o lado ainda sentada no chão. — você me deixou assim.

Irene conseguia ver seus caninos agora maiores e a maior tentava esconder.

— tá doendo? Ela perguntou se aproximando de novo.

— tá. Seul respondeu colocando de novo a mão sobre a boca para esconder os dentes crescidos.

— toma. Irene aproximou sua mão da boca da maior. — só precisa encostar a boca e seus dentes vão furar minha pele, depois... Você se alimenta.

A mais nova olhava a outra confusa. — eu não quero fazer isso.

— você precisa! Quanto mais evitar mais vai ser difícil se controlar e se você demorar muito pra ceder pode matar alguém mesmo.

Seulgi continuava a chorar como um bebê na frente da mais velha que se sentia muito culpada com toda aquela situação.

— por favor Seulgi, por favor.  Ela estendia sua mão na esperança de que a outra aceitasse.

E aceitou. Seulgi segurou com suas mãos muito geladas a mão estendida de Irene, que concentia com a cabeça. Dando instruções de tudo que ela tinha que fazer. E pela primeira vez depois da transformação Seulgi provou sangue. O gosto era incrivelmente doce e ela fechou os olhos apenas degustando o momento.

— agora para.. SEULGI! Irene assustou a mais nova com seu grito, que afastou mais uma vez.

— desculpa te assustar eu sei que está sensível. Você precisa aprender algumas coisas e eu prometo que você vai conseguir se controlar. Eu prometo

Seulgi olhava a menor confusa, sua pele estava começando a tomar um tom mais "vivo" e a palidez aos poucos ia embora graças ao sangue recebido pelo seu organismo.

— liga pra Yeri. Diz que você vai passar uns dias comigo. Tá bom?

Irene ditava e Seulgi apenas concentia.

— nós vamos na sua casa e pegamos algumas roupas. Não precisa se preocupar você não vai atacar ninguém. E se tiver alguma pergunta pode fazer.

Seulgi tinha várias perguntas em mente mas não queria parecer feliz com a nova vida que ela iria ter agora, ela estava tomada pelo medo, triste e com muito receio de fazer alguma coisa errada. Por isso seguiu todas as ordens ditadas pela menor, que explicava pra ela, ainda sentada, como as coisas iriam funcionar. Como ela se alimentava e que iria ensinar a Seulgi fazer aquilo também.

O olhar de Seulgi permaneceu vazio, pareciam que as palavras da mais velha entravam e saíam pelos seus ouvidos e seus olhos se enchiam de lágrimas mais uma vez. Irene logo agarrou a maior em um abraço apertado. Percebendo o quão perturbada Seulgi parecia estar com toda aquela situação.

— me desculpa Seul. Eu não sabia se isso iria funcionar mesmo, eu só queria te proteger. Que você continuasse viva. Me desculpa amor.

— eu não estou viva. A mais nova chorava agarrada com o pescoço de Irene.

— me desculpa Seul. Ela continuou

사랑 - Amor | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora