capítulo 34

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— que sorrisinho é esse que eu quero tirar? O sempre incoveniente Sebastian perguntava assim que me viu passar pela porta do quarto, indo pra sala

— por que você não se manca? Respondi às suas provocações.

— por que ficar aqui e estragar sua felicidade é mais interessante. Disse rindo sarcástico — eu sei que você tava com saudade de mim. Continuou

— sim. Me virei para que pudesse olhar pra ele — eu estava morrendo de saudades de você amor. Sorri cínica indo em direção a ele, próxima de seu rosto.
Ele acabou com a distância selando seus lábios aos meus, me afastei no mesmo instante.

— tira sua boca nojenta de mim, que nojo. Eu nunca vou sentir saudades de você. Eu te odeio. Disse em tom alterado.

— você me ama, eu sei e você também sabe. Insitiu se levantando do sofá e indo em direção ao banheiro.

— não seja ridículo, eu nunca amei você. Respondi revirando os olhos.

— então por que voltou pra casa? Perguntou antes de entrar finalmente no cômodo.

— sei lá.. Talvez por que a casa é MINHA? Respondi como se fosse óbvio.

O fato era que ele estava ficando tempo demais e eu sabia o motivo e pra evitar que ele machucasse ela eu precisei abrir mão de estar com minha namorada todas as noites para ficar na mesma casa que aquele verme qualquer, cujo a presença eu realmente odiava e queria que morresse. E ele só morreria se eu estivesse por perto, dando meu sangue e esperando o momento perfeito para ataca-lo. Eu não tinha idéia se ele desconfiava de mim, a mente dele sempre foi uma incógnita pra mim, era apenas impossível saber o que se passava dentro daquela cabeça, mas eu não ligaria se ele soubesse o que eu quero, só não quero que ele saiba sobre a Seulgi, que nós estamos juntas. Porque certamente ele mataria ela, assim sem pensar duas vezes, mesmo se ele só imaginasse isso. Como um bom louco, psicopata  que é, é assim que resolve as coisas, matando as pessoas, como se elas fossem descartáveis.

— eu vi uma coisa bem interessante ontem de tarde quando fui até seu trabalho, você e a Seulgi têm uma amizade interessante mesmo, você tava até beijando ela. Ele me pegou de surpresa

— o que? Tentei não parecer nervosa com aquilo mas provavelmente falhei

Ele estava rindo

— não sabia que você sentia atração por mulheres também, isso é uma pena. Continuou

— isso não é da sua conta. Respondi simplista

— eu realmente fiquei chateado sabe Irene, por que eu achei que a gente tinha uma coisa mas você me trai assim, como se tudo que eu fiz por você fosse nada.

— o que você fez por mim? Acha que me transformar foi um grande feito? Que eu agradeço pelos cem anos de tortura que passei com você? Se antes eu me senti agradecida agora penso que seria melhor se você tivesse me matado mesmo.

— eu realmente gostava de você Irene, agora você fica brincando com aquela bonequinha e esqueceu de mim, sabe machuca.

Revirei meus olhos, não estava nem um pouco mal por isso, por mais que ele parecesse sincero ou apenas atuando coisa que eu nunca iria descobrir e também não queria. Não ligo se ele me deixar viver sozinha, seria um alívio na verdade

— é uma pena, Seulgi é bem bonita, eu deveria me divertir um pouco com ela

Conclui exatamente o que ele faria com aquelas últimas falas ditas por ele, certamente ele iria atacar Seulgi

— eu te mato. Simplesmente, você morre no momento que tocar nela.

— quem vai fazer isso? Você? Deu uma gargalhada longa — eu sou mais forte, mais rápido e muito maior do que você criança.

Me aproximei dele com mais ódio do que o normal depois de todas as asneiras que havia acabado de ouvir.
— acha que eu não sei o que você fez? Pus minha mão esquerda no seu pescoço apertando com força. — acha que pode usar ela pra me ameaçar mas se você tocar nela mais uma vez sugiro que você corra porque eu não vou ter nem um pingo de piedade de você.
Dei um sorriso sarcástico, indo em direção a bancada da cozinha, enquanto ouvia sua risada mais alta

— você é muito idiota mesmo. Você não faria mal a ninguém, principalmente a mim que te fiz o que você é e você deveria mostrar mais gratidão ao seu mestre.

Ele apontava para si mesmo com convicção de que estava dizendo apenas verdades, ele se considerava meu mestre e aquilo não poderia ser mais ridículo.
Eu tinha uma faca em mãos, e meu corpo se sentia impulsionado a fazer alguma coisa, na minha cabeça eu tinha uma morte perfeita pra ele, pensava nisso enquanto  segurava aquela faca de tamanho médio com um sorriso que poderia parecer psicopata, mas eu não ligaria em parecer psicopata pra ele já que a única pessoa que eu não queria que me visse assim não estava ali, não ligaria se ele finalmente tivesse medo de mim. Mas não aconteceu, não aconteceria por que ele não levava a sério nada que eu dissesse, ainda no meu instinto assassino joguei a faca com toda força na direção dele, que tentou pegar, mas felizmente pra mim, não conseguiu fazendo com que ela o prendesse na parede. Sorri.

— não me subestime.  Me virei indo em direção a porta, ainda iria trabalhar aquele dia.

— sua vadiazinha. Resmungou, tirando a faca de si.

— Você não é meu mestre.  E aliás sobre você ter me feito o que eu sou, me poupe. Isso é ainda mais ridículo do que você se intitulando mestre. E é melhor você ficar longe da Seulgi por que você pode ter meu sangue no seu organismo e nem saber. Dei um último sorriso antes de me retirar, fazendo com que fosse possível ver seu olhar confuso pela primeira vez.

Aquilo não era uma ameaça sem fundamento, eu realmente havia providenciado que ele tomasse meu sangue, sempre  deixando alguns ml por perto e ele sempre tomou sem saber de quem era por que ele sempre fez o que queria e se aquela faca não fosse de fato uma faca e sim uma estaca de madeira ele tinha grande chance de estar morto. Não estaria apenas por que a faca não acertou o alvo certo, que era seu coração, por questão da minha raiva aguda talvez, eu errei o alvo mas não erraria da próxima vez.

사랑 - Amor | SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora