Na Aula de Poções

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- Já está verde? – Hermione olhou por sobre o ombro dele enquanto amassava as folhas de menta.

- Verde esmeralda. – ele assentiu – Exatamente como eu disse. – estreitou os olhos para ela – Se soubesse que era tão dominadora não teria sugerido que trabalhássemos juntos.

Ela o ignorou.

- Aqui. – passou por ele, empurrando-o com o quadril, para acrescentar as folhas de menta amassadas - Já fatiou as folhas de helária? – perguntou enquanto misturava o caldeirão.

- Sim, senhora. – ele lhe passou as folhas fatiadas.

Hermione franziu o cenho.

- Fatias pequenas, Malfoy. – ela pressionou a vasilha contra o peito dele – Corte de novo.

Ele estreitou os olhos.

- Estão no tamanho perfeito. – contestou – Se fatiar de novo, a poção vai ficar muito concentrada.

Ela olhou para ele.

- Fatie. De. Novo.

Draco trincou os dentes.

- Você é extremamente irritante, Granger. Nossa sociedade acaba hoje. – disse ele, mas se afastou na bancada e obedeceu.

- Terminou? – ela estendeu a mão.

Ele pousou a vasilha na mão estendida dela. Hermione verificou o trabalho dele antes de jogar as folhas cortadas no caldeirão com suspiro resignado.

- Se esse é o melhor que pode fazer, Malfoy...

Ele queria estrangula-la.

- Vai ficar concentrada. – avisou.

- Não vai não. – ela retrucou com arrogância.

- Então você deveria bebê-la depois. – ele sugeriu.

Ela deu de ombros.

- O professor nos pediu todos os quatro frascos.

- Que conveniente, não é? – ele estreitou os olhos – Snape nos faria beber e, então, você veria que estou certo.

Ela lhe mostrou a língua.

- Pegue o suco de abóbora, já está verde-escuro.

Draco bufou, mas lhe passou o frasco já com a quantidade certa e a observou mexer o caldeirão.

- Mexa no sentido horário. – ele lembrou – Mais devagar.

- Sei o que estou fazendo, Malfoy.

Ele suspirou.

- Certo.

Ela mexeu a poção até atingir uma cor amarela-esverdeada, então parou e desligou o fogo.

Draco sacou a varinha e conjurou os quatro frascos que deveriam encher na bancada.

- Eu encho os frascos. Junte suas coisas. Tem transfiguração agora, não é?

Ela olhou para ele.

- Como sabe?

- Porque eu não saberia? Você me disse.

Um sorrisinho brincou nos lábios dela. Ele prestava mesmo atenção nas suas conversas.

Adorava aquilo nele, o modo como a ouvia, assimilava e realmente guardava as informações. Sem fingir interesse como Ron fazia. Draco sempre a ouvia, mesmo quando brincava distraidamente com Charlie - o amasso que ele descobrira ser um macho e que nomeara de acordo com a sugestão dela, mesmo sendo um nome trouxa comum.

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