Uma Oficialização

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- Que belo encontro de dia dos namorados. – Hermione resmungou enquanto escrevia sua dissertação sobre Amortentia.

- E eu achei que você adoraria ficar horas estudando enquanto eu trabalho. – Draco estalou a língua com falsa indignação e sorriu para ela – Ainda teremos o tal encontro duplo amanhã.

Ela bufou e o observou rabiscar anotações num pergaminho antes de adicioná-lo a uma pilha e puxar outro de outra pilha que lentamente começava a diminuir. Os dedos longos dele tamborilaram o ar sobre a porção de frascos na mesa até ele encontrar o que estava procurando e pegá-lo, abrindo a tampa para examinar a poção perolada dentro do recipiente.

- Você está bem sério sobre assumir as aulas de poções. – ela observou.

Ele sorriu, um de seus raros sorrisos despretensiosos e deu de ombros.

- É mais divertido do que eu imaginei que seria.

Hermione sorriu para a expressão no rosto dele.

- Você faz parecer que realmente é.

Draco sorriu para ela depois de cheirar a poção no frasco.

- Cheire isso e me diga o que sente. – ele estendeu o frasco na direção dela.

Hermione se levantou da cadeira e se inclinou na mesa para cheirar a poção; o cheiro era delicioso, uma mistura refrescante de pergaminho novo e menta, com uma nota cítrica de limão e outra adocicada de maça-verde. Ela suspirou. Aquele era o cheiro e o gosto exatos de Draco Malfoy.

- Amortentia. – adivinhou ela, se sentando, resistindo ao impulso de tomar o frasco da mão dele para continuar respirando aquele aroma irresistível.

Draco sorriu e trouxe o frasco para o próprio nariz, inspirando profundamente.

- O cheiro é irresistível, uh?

Hermione corou.

- Certamente. – admitiu, baixando os olhos para a dissertação pela metade.

Ele suspirou e fechou o frasco, alocando-o sobre um outro balcão junto daqueles que ele já examinara e começou a anotar no pergaminho.

- Que cheiro você sente? – Hermione perguntou, curiosa.

Ele terminou de escrever e colocou aquele pergaminho no topo da outra pilha antes de erguer os olhos claros para ela.

- É difícil descrever algo tão complexo, mas me lembra uma lareira acesa, livros, tinta no pergaminho e algo frutado e doce, como maças ou a loção de coco que você usa no cabelo.

Ela mordeu o lábio.

- Preciso tocar você.

Ele sorriu para ela, afastou a cadeira da mesa e abriu os braços num convite.

Hermione não se importou que estivessem numa sala de aula, que o sol brilhasse e que os alunos caminhassem pelos corredores do lado de fora. Ela deu a volta na mesa e se sentou no colo dele, pegando o rosto de Draco nas mãos e pressionando seus lábios contra os dele com urgência.

As mãos dele entraram por baixo da capa do uniforme dela, explorando suas costas, envolvendo sua cintura, subindo lentamente, como se testasse os limites dela. Hermione não estendeu a cortesia à ele, soltando o nó da gravata verde e prata e desabotoando os botões da camisa branca para tocar a pele por baixo.

Quando ele suspirou sob seu toque e ela sentiu a mão dele por baixo de sua saia, Hermione apoiou joelho de um lado da cadeira dele e separou as pernas para encaixá-lo entre elas sem nunca quebrar o contato com a boca dele. Draco gemeu baixinho quando ela se sentou sobre ele, completamente úmida e macia.

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