Nas Masmorras

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Draco Malfoy não estava em lugar algum para ser encontrado.

Ela não o via desde o dia anterior. Ele não aparecera para o jantar, não fora encontrá-la no café da manhã. Não estava na Sala Precisa. Nem mesmo na enfermaria. E não foi visto entre os grupos de sonserinos que vagavam pela escola em direção às suas respectivas aulas. Hermione esperou encontrá-lo durante o almoço, no salão, mas ele não também estava lá.

- Eu não o vejo há uns dois dias. – Rolf uniu as sobrancelhas quando ela lhe perguntou se ele vira ou falara com Malfoy.

Ela suspirou, mordendo o lábio e olhou mais uma vez ao redor do salão enquanto arrastava os pés em direção a mesa da Grifinória.

- Talvez seja o jeito dele de dizer que acabou. – Ron sugeriu quando ela se sentou.

Ela fez uma careta para ele.

- Briguei mais com você na última semana do que com Draco nos últimos dois anos. Nós estamos muito bem juntos, Ron, obrigada.

- Ah! Qual é, Hemione!? Estamos falando de Malfoy. Como se quer consegue olhar na cara dele sem sentir desprezo?

Hermione revirou os olhos. Já tinham tido aquela conversa vezes demais para que ela ainda se desse ao trabalho de fingir ouvi-lo ou responde-lo. Ela sabia que Draco não a estava evitando, ninguém o tinha visto em lugar algum do castelo. E por que ele a evitaria? Eles estavam bem e felizes juntos. Mas Hermione estava preocupada. E se os pais dele finalmente resolveram intervir? E se o tinham levado da escola? E se o trancassem de volta naquela mansão horrível? Se lembrava com precisão da expressão no rosto dele quando falou que não queria - que não podia - voltar para lá. Mas ela não conseguia encontrá-lo. Ele nem sequer respondera aos bilhetes que ela enviara às masmorras na forma de pássaros de papel.

- Talvez ele esteja cumprindo detenção. – Harry pousou a mão no ombro dela – Se algo realmente ruim tivesse acontecido, todos estariam sabendo.

- Você sempre pode usar uma poção polissuco e se aventurar nas masmorras da Sonserina. – Ginny sugeriu ao invés.

Hermione a fitou, seriamente considerando a ideia.

- Por favor, não ouça Ginny. – Harry interveio.

- É o único lugar onde ela não procurou. – a ruiva argumentou de volta.

- Slughorn é o Diretor da Sonserina. – Hermione lembrou – Talvez eu deva perguntar a ele...

- Hermione...

Harry tentou impedi-la, mas ela já estava a meio caminho da saída do salão, com passos apressados em direção a grande escadaria.

- Hei! Granger!

Hermione parou com o pé sobre o primeiro degrau das escadas e se virou para olhar quem a chamara, erguendo as sobrancelhas quando Theodore Nott se aproximou, correndo para alcança-la.

- Nott. – disse ela, um pouco na defensiva, mas deu meia volta da escada.

Ele cortou a distância restante entre eles, parecendo ansioso.

- Caminhe comigo. – convidou.

Hermione estreitou os olhos.

- O que você quer?

- É sobre Draco. – ele gesticulou para que ela o acompanhasse.

Hermione hesitou por um instante e Nott lhe deu um sorriso ansioso numa tentativa de assegurá-la da pureza de suas intenções. Ele, de fato, parecia honestamente preocupado, então ela cedeu e permitiu que ele a guiasse na direção oposta à das salas de aula, descendo as escadas ao invés de subi-las.

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