Um Futuro Brilhante

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Draco Malfoy empurrava o carrinho carregado de malas pelo piso reluzente do aeroporto, atravessando entre o vai-e-vem dos trouxas com um sorriso nos lábios, o brilho nos olhos oculto pelas lentes do óculos escuro. Ele parou perto dos banheiros e verificou as mensagens em seu smartphone, ignorando as mulheres que lhe lançavam olhares cobiçosos ao passar. Seus sogros estavam esperando por eles para o almoço. De noite eles jantariam na mansão Malfoy com os pais dele. E no dia seguinte, os Potter, Weasel, Blaise, Nott, Luna e Rolf os visitariam em casa para jantar. Uma semana ocupada os esperava assim que pisassem para fora do aeroporto e de volta à Londres. Eles tinham se afastado de tudo e todos e passado um mês na Austrália, em lua-de-mel. O melhor mês da sua vida. Nos primeiros dias, eles mal tinham deixado a cama.

Sua vida estava finalmente perfeita. Ele tinha tudo.

Draco ergueu os óculos escuros para a cabeça no momento em que sua bela esposa saia do banheiro com os cabelos presos num coque bagunçado, a pele pálida destacando as sardas sobre o nariz. Os olhos castanhos dela estavam úmidos e ela suspirou ao vê-lo de braços abertos numa oferta irrecusável.

Hermione envolveu a cintura de seu marido com os braços, aninhando-se ao peito dele conforme ele a envolvia.

- Você está bem? – ele perguntou, depositando um beijo no topo de sua cabeça.

Hermione assentiu e se desvencilhou para olhar o rosto dele. Maldito fosse por ser tão bonito.

- Isso tudo é culpa sua, Malfoy.

Ele sorriu e seus olhos desceram para o ventre dela, pousando uma mão onde a barriga começava a aparecer, oculta sob as camadas de roupa. Ele se ajoelhou e beijou seu abdômen.

- Não ligue para ela, Scorp. – disse ele para a barriga dela ignorando os olhares curiosos dos passantes – Mamãe só está irritada por não conseguir manter o café da manhã no estômago.

- Você não sabe se é um menino, Draco. – ela fez uma careta – E nós ainda não concordamos sobre um nome.

Ele se levantou e a beijou.

- É um menino. – garantiu – Vai se chamar Scorpius.

Ela revirou os olhos.

- Não fique decepcionado se for uma menina.

- Todos os primeiros filhos em minha família são homens, amor. Nós somos uma família mágica, essas coisas não são coincidência.

- Mas eu sou uma nascida trouxa, Draco. Nós estamos quebrando as tradições da família.

Ele revirou os olhos e entrelaçou o braço dela ao dele para empurrar o carrinho em direção a saída.

- Nascida trouxa ou não, ainda é uma bruxa, amor. Magia atrai magia.

Hermione suspirou, a mão livre acariciando a pequena protuberância em seu abdômen enquanto a outra se agarrava ao braço do marido. Ela estava preocupada a respeito do sexo do bebê. Desde que descobrira sobre a gravidez, alguns meses antes do casamento, Draco estava esperando ansiosamente por um menino – que ele até já nomeara. Fora difícil mantê-lo na linha para que ele não anunciasse aos quatro ventos sobre o bebê à caminho. Ela não queria olhos em sua barriga durante o casamento, não queria todos perguntando sobre seus mal-estares matinais e não queria compartilhar suas preocupações com os ajustes do vestido de noiva.

Ela se lembrava da madrugada em que descobrira, a madrugada em que Draco lhe perguntara docemente enquanto segurava os cabelos dela longe da privada, conforme ela vomitava até as tripas, se ela tinha se esquecido de tomar sua poção. Eles estavam morando juntos há dois anos então e viviam uma rotina tranquila, Draco aparatava para casa todo final de tarde e eles dormiam juntos todas as noites. Com o trabalho no ministério se tornando cada vez mais exigente, Hermione acabara se desorganizando e esquecendo das poções. Por sorte o casamento já estava marcado para o início do verão no mês seguinte e ela poderia facilmente esconder o fato até depois da lua-de-mel.

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