Os Malfoy

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Draco Malfoy sorriu com aprovação e orgulho enquanto seu filho dedilhava o famoso riff de uma de suas músicas trouxas favoritas, algo antigo e americano de uma banda chamada 'Nirvana' que ele aprendera a gostar ao longo dos anos.

- Muito bem, Scorp. – ele bagunçou os cabelos platinados do garoto quando ele terminou com um sorriso.

Scorpius Malfoy estava com 12 anos e tinha herdado todos os traços característicos de um Malfoy – para a alegria e o alívio de seus avós paternos –, ele tinha os cabelos platinados lisos, a pele clara, os olhos cinza e o sorriso petulante. Mas as sardas pardas, o nariz e o formato dos olhos vinham de sua mãe.

- Aprendi com o melhor. – ele sorriu, aquele sorriso sugestivo que herdara de seu pai.

Os olhos de Draco faiscaram de prazer e puro amor incondicional.

- Scorpius Hyperion Malfoy! – a voz da Sra. Malfoy ecoou pela casa.

Passos soaram apressados escadas a baixo.

- Mamãe está brava! – Lyra Malfoy cantarolou, correndo para os braços de seu pai com um sorriso – Scorp está encrencado! – ela soltou uma risadinha deliciosa.

Draco não conseguiu suprimir o sorriso em seus lábios. Sua filha era a garotinha mais linda na qual ele já pusera os olhos. Ela tinha herdado a cor dos cabelos dele, mas os cachos que cascateavam selvagemente ao redor de seu rosto só podiam ser de Hermione. Os olhos dela também eram claros, mas não o cinza prateado que Draco e Scorpius ostentavam, os olhos de Lyra eram de um azul acolhedor que só podia ter vindo de Jane Granger.

Scorpius suspirou.

- Vá ver o que sua mãe quer. – Draco instruiu.

O garoto pôs o violão de lado e se levantou, mas antes que ele pudesse dar um passo na direção das escadas, Hermione desceu apressadamente os degraus, obviamente irritada, o pequeno Leo Malfoy nos braços, as perninhas ao redor da cintura dela, os cabelos castanho-claros bagunçados, os olhos cor de caramelo faiscando de alegria ao avistarem seu pai.

- Por que, diabos, suas malas não estão prontas, Scorp? – esbravejou ela – Vamos sair em 15 minutos! Mandei arrumar tudo ontem à noite!

- Eu arrumei! – o garoto se defendeu, os olhos cinza se estreitando na direção da irmã – Lyra deve ter mexido nas minhas coisas! – acusou.

Os olhos de todos os Malfoy se voltaram para a garotinha nos braços do pai.

- Lyra? – Draco tentou não sorrir e soar repreendedor.

Os olhos azuis dela se ergueram para ele.

- Deve ter sido os narguilês. – disse ela inocentemente.

Draco tentou sufocar uma risada com uma crise de tosse e Hermione corou.

- Não ria, Draco! – ralhou ela.

- Alguém está passando tempo demais com os Scamander. – Draco beijou protetoramente os cabelos volumosos de sua filha – Talvez ela esteja certa, amor, você sabe como os narguilês estão sempre incomodando Luna... – debochou ele.

Hermione estreitou os olhos para ele.

- Lyra. – chamou, gesticulando para que a garotinha viesse até ela.

A garotinha de cinco anos saltou do colo do pai e agarrou a mão livre de Hermione.

- Eu estou encrencada, mamãe? – perguntou inocentemente com todo o carisma sedutor que herdara de seu pai.

Hermione suspirou enquanto Draco tentava conter outro assalto de risos.

- Aqui. Segure seu filho. – ela lhe passou Leo.

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