Sala Precisa

O Sonho

A lareira crepitava lentamente em contraste com suas respirações aceleradas e pesadas e os gemidos entrecortados pelo estalar constante das bocas se abrindo e fechando sobre os lábios uma da outra, as línguas se entrelaçando, despertando nervos que ela nem sabia que tinha.

A pele dele era morna e macia sob seus dedos. Conseguia sentir todo e cada movimento dos músculos firmes dele sob a pele de alabastro enquanto as mãos de dedos longos passeavam por seu corpo nu, pressionando, roçando e agarrando. A boca dele deixava a sua apenas para explorar seu queixo, descer pelo pescoço, se fechar nos lóbulos de suas orelhas, o dentes roçando a pele.

Seu corpo todo formigava com o toque dele, como se ele tivesse muito mais do que um par de mãos tocando-a. Os dedos dele correram por sua perna, a mão se abrindo na parte interna da coxa antes de tocarem sua intimidade já bastante úmida.

Ele sorriu nos lábios dela, aquele sorriso malicioso que a fazia corar furiosamente e sentir-se extrema e deliciosamente vulnerável.

- Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom. - sussurrou ele contra a boca dela.

Um arrepio selvagem percorreu a coluna de Hermione e ela sentiu a rigidez dele entre suas pernas e entreabriu os olhos o suficiente para estremecer de prazer ao ver a expressão no rosto dele, as sobrancelhas retorcidas pela dor e prazer da excitação. Ele beijou seu pescoço, gemendo ao roçar contra a umidade dela. Draco sussurrou seu nome num pedido urgente por permissão e ela fechou os dedos entre as mechas do cabelo dele, puxando.

- Não hesite, Malfoy. - sussurrou ela sem esconder a ansiedade e a irritação.

Ele sorriu de novo, aquele mesmo sorriso, cheio de promessas perversas que ela aprendera a adorar.

As mãos dele passearam por seu corpo, os braços passando por baixo dos ombros dela, pressionando seus corpos juntos. Ele a beijou, unindo suas línguas enquanto as pernas dela envolviam sua cintura. Podia senti-lo completamente rígido ainda roçando nela, escorregando nela.

Ele inspirou e empurrou gentilmente e Hermione sentiu o ar faltar por um instante enquanto toda extensão dele a preenchia numa lentidão dolorosa.

Draco suspirou e ela o sentiu pulsar dentro dela, a magia escapando em ondas no ar.

Ele deixou sua boca, afundando a cabeça na curva de seu pescoço, inspirando seu cheiro profundamente antes de beija-la com tanto carinho que seus olhos se encheram de lágrimas.

- Eu amo você, Hermione. - ele confessou num sussurro rouco.

Ela o abraçou.

- Você é meu, Draco Malfoy. - sussurrou no ouvido dele, puxando seus cabelos possessivamente.

Ele riu baixo, o hálito quente e úmido contra a sua pele. E se moveu. E uma corrente elétrica percorreu todo o corpo dela quando ele o fez. E de novo. De novo. E de novo. Num ritmo constante. E ela gritou e arqueou o corpo sob o dele, cada célula sua implorando por mais. Mais. Mais. Mais.

Os móveis rangeram contra o piso ao serem empurrados para longe por uma força invisível, mas eles os ignoraram. Ele ainda se movia dentro dela com destreza, acertando todos os pontos certos e lançando ondas e ondas de prazer.

Ele aumentou gradualmente o ritmo até alcançar aquele desespero ardente, sedento. E ela arqueou o corpo, agarrando-se a ele, as unhas rasgando a pele de suas costas quando o sentiu pulsar. Tão forte e intenso que a sala toda tremeu. As estrelas chacoalharam no teto sobre eles.

Draco gemeu na orelha dela quando o climax o tomou também e então seus corpos se derreteram um no outro e os lábios dele estavam sobre os dela mais uma vez, gentis e carinhosos enquanto ele afastava seus cachos do rosto.